domingo, maio 15, 2005

BAU Era 3 - O Novo Membro (Parte 1)

Esta história era para estar terminada hoje, mas devido a alguns problemas não a consegui concluir. Aqui está o que até agora foi feito.

2093, um ano de recuperação dos cataclismos naturais que duraram os nove anos antecedentes. Grande parte da humanidade sucumbiu perante um verdadeiro armagedão da mãe natureza. Felizmente, entre os poucos sobreviventes estavam os membros da Brigada Anti-Ursos, também conhecida por BAU. A BAU é formada por 5 membros descendentes dos originais, que viveram há cerca de dois séculos atrás. O objectivo deles é proteger o mundo humano contra os constantes ataques de ursos. E eles fazem-no pela honra de se ser humano, pelo ódio aos ursos e pelo amor ao próximo.

Abutre (enquanto escalava dificilmente uma montanha juntamente com os seus companheiros): Porra! Se não fosse a Enid ter me prometido uma queca depois disto tudo, não estaria aqui de certeza!
Neoclipse: Cala a boca, Abutre!
Rumba: Então o que supostamente estarias a fazer? Deitado no sofá a ver televisão? Jovem, não sei se já te apercebeste, mas depois de aquele vulcão no Tejo ter entrado em erupção e depois de aqueles sismos e maremotos que se seguiram, deixou de existir o lugar a que nós chamamos “casa”!!
Abutre: Isso sei eu! Mas sempre poderia estar no conforto do meu beco em vez de andar para aqui armado em alpinista…
Lunático: Mas, oh Abutre. Como é que tu tencionas dar uma queca com a Enid sendo ela um ho…
Neoclipse: Schut! Não lhe digas! Ainda nos vamos rir à custa de ele ainda não ter reparado nisso.
Mid: Ah pois vamos, eheh!
Abutre: Eu ouvi muito bem! Vocês pensam que ela é um homem, né? Desculpem lá que vos diga, mas com umas mamas daquelas não é homem de certeza!!
Todos os outros se riram, deixando o Abutre a pensar que lhe estavam a esconder algo.

Depois de terem alcançado o topo da montanha que até então escalavam, Mid fica apreensivo a olhar para o horizonte.
Neoclipse: O que foi? Vês alguma coisa?
Mid: Sim. Algo dirige-se a uma grande velocidade daqui, mas não dá para perceber o que é…
Neoclipse: Bem, eu não quero correr riscos. É melhor deixarmos aqui um explosivo de proximidade.
Lunático (tirando logo um da sua mochila): Concordo!
Mid: Espera! Eu não tenho a certeza se são ursos ou não! Desta distância não consigo distinguir.
Neoclipse: Whatever. Eu não quero arriscar.
Rumba: É melhor não minarmos isto. Eu não quero ser um dos responsáveis por uma possível morte humana.
Lunático (prestes a armadilhar o explosivo): Decidam-se…
Abutre: Eu tive uma ideia! E se deixássemos um aviso?
Neoclipse: Cala a boca, Abutre!
Abutre: Não, a sério! Tipo uma tabuleta a dizer: “Se for urso não leia a frase que se segue: afaste-se pois esta zona está minada!”
Lunático: Olha, não me parece má ideia. Eles, como são estúpidos como tudo, de certeza absoluta que se vão aproximar.
Rumba: De facto não é mal pensado.
Neoclipse: Ok… Se isso der certo, eu pago-te uma bebida no bar do Gil. Se não der, fico autorizado a esmurrar-te sempre que tiveres uma ideia estúpida! O que achas?
Abutre: Concordo! Eu sei que isto não irá falhar!

E então o Lunático armadilhou aquela zona com um explosivo de proximidade, enquanto o Abutre tratava da placa com o aviso. Depois prosseguiram viagem para Este, de modo a cumprirem a sua missão de busca de um artefacto lendário. Quando chegaram à zona que lhes tinha sido descrita, Mid pôs-se ao trabalho aplicando os seus conhecimentos de arqueólogo: segundo os mapas localizou a zona onde deveria ter sido enterrado o tal artefacto e calculou a altura de terra que este deveria ter por cima. Enquanto todos ajudavam nas escavações, ouviu se um estrondo distante parecido ao de uma explosão.
Abutre: Ahah! Já tenho uma bejeca ganha!
Neoclispe: Bah! Pior do que ter que te pagar uma bejeca, é não te poder espancar quando tens más ideias.

Pouco depois os nossos heróis encontraram o cofre onde supostamente estaria o artefacto que os ajudaria na sua demanda. Demoraram pouco mais de dois dias a fazerem o percurso de regresso ao seu quartel-general, que se situava numa caverna onde há um século atrás ficava a Escola Daniel Sempaio.
Ao entrarem dentro do seu quartel-general depararam-se com a estranha personagem que os tem comandado desde o início.
Enid Blyton: Trazem convosco o artefacto antigo que vos pedi?
Abutre (mostrando o cofre): Sim, minha querida! Está aqui mesmo!
Enid Blyton: Bravo! Agora ponham o código 2-1-21 no cadeado e abram-no.
Depois de o fazerem, os nossos heróis olharam estupefactos para o interior do cofre. Vendo que o tal artefacto não passava de um objecto vulgar, ficaram obviamente desiludidos.
Abutre: UAU! Um relógio! Que fixe!!!
Neoclipse: Cala a boca, Abutre!
Rumba (irritado): O que é que raio vamos nós fazer com um relógio? Dizer que horas são aos ursos até eles morrerem de tédio? Ou atacá-los com o som agudo do alarme?!
Mid (também irritado): Nah! Cá para mim ele serve é para estrangulá-los! Temos é de alargar um bocado a pulseira, pelos vistos!
Neoclipse: Com que então, Enid, este é que é o artefacto poderosíssimo que o escolhido irá usar para derrotar os ursos?
Enid Blyton: Exacto! Não subestimem o seu poder quando ainda nem o conhecem. Esse foi o relógio do 007. Ele dispara raios-laser, tem um elevado poder magnético, dá para ver as horas, consegue controlar sistemas electrónicos à distância de 1 km, detona explosivos programados e desfaz a cama ao urso mais próximo.

Todos mudaram de opinião quanto ao relógio. O Lunático ficou, inclusivamente, bastante pensativo. Mesmo tendo ele alguns conhecimentos sobre electrónica, não conseguia entender como um objecto tão pequeno e insignificante poderia fazer coisas tão complexas.
Abutre: Eu sabia que poderíamos confiar em ti, minha linda!
Enid Blyton: Agente Alfa 1, aproxime-se.
Mid: Alfa 1? Raios, eu esqueço-me sempre qual sou…
Abutre: Eu também.
Neoclipse: Hmm. Acho que a ordem dos Alfas é feita alfabeticamente pelos nomes. Por exemplo, o Abutre é o Alfa 1, o Alfa 2 será o Lunático…
Lunático: Não, não. Eu sou o Alfa 3.
Neoclipse: Ah não és não. És o 2 pois isto é feito através de ordem alfabética.
Enid Blyton: Sim, a ordem dos Alfas é feita alfabeticamente pelos nomes dos respectivos agentes, mas o Lunático é mesmo o 3, pois falta um agente que terão de ir buscar mais tarde.
Neoclipse: Novo agente?! Wow! Dessa não sabia eu!
Enid Blyton: Eu já vos dou as instruções para a nova missão. Antes disso peço ao Alfa 1 que se aproxime.
O Abutre aproxima-se calmamente.
Enid Blyton: Nomeio-te líder desta equipa! És o escolhido para salvar a raça humana!
Ao contrário da reacção entusiasta do “escolhido”, o resto da Brigada Anti-Ursos ficou incrédula e sentiram-se todos injustiçados por ter sido feita tal escolha.
Rumba: Bah! Desde quando é que esse gajo tem responsabilidade ou competência para ser o nosso líder…
Abutre (ignorando a reacção dos companheiros): Obrigado, Enid! Adoro-te muito!
E dito isto, o Abutre tenta beijá-la, mas, estranhamente, o corpo dela parece-se desmaterializar e o escolhido atravessa-a indo bater com a cara contra uma parede.
Os outros depressa esqueceram aquela desilusão e, perante esta situação, atiraram-se todos ao chão a rir.
Neoclipse: Bahahahahahahaha!! Eu disse que isto ia acontecer!
Lunático (tentando infrutiferamente controlar o riso): Ah meu deus! Já não me ria assim há muito! Tipo, Abutre… Eu nem sei como nunca reparaste, mas a Enid é um holograma.
Abutre (ainda atarantado): Então mas… eu não lhe posso tocar?
Lunático: Não, pah! Ela é uma imagem a 3 dimensões projectada por aquele computador.
Abutre: Raios! Assim vai ser mais difícil… Mas ela pode-me tocar?
Lunático: Ela não passa de um facho de luz… Como é que poderia te tocar?
Abutre: Que chatice… Mas será que pelo menos pode se despir?

O holograma comandante da brigada ignorou a conversa e começou a falar de uma nova missão:
Enid Blyton: Agora é necessário irem despertar o robot assassino de ursos criado pelos vossos ascendentes. O seu nome é Earl e ele está localizado na Inglaterra.
Lunático: Ouvi dizer que o seu passatempo favorito era engatar gajas!
Eind Blyton (tentando falar): Mas atenção, voc-
Rumba: Nada disso, pah! O passatempo favorito dele era matar ursos e afins!
Mid: Eu ouvi dizer que ele entretia-se a jogar Teken.
Abutre: Qual quê! Ele era mesmo um engatatão! Até chegou a andar com a Solange!
Enid Blyton: Levem a nave mas car-
Neoclipse: Como é que ele andou com a Solange se ele não é desperto há mais de um século?! Enfim… A elevada inteligência do salvador da humanidade faz me parecer ínfimo…
Abutre: Bah! Tens é mas é inveja!
Lunático: Quem é que tem inveja?
Abutre: O Neo!
Enid Blyton: Ouçam-me-
Lunático: O Neoclipse tem inveja do Earl por causa da Solange?
Neoclipse: Não!!
Enid Blyton (gritando já enervada): Vocês são capazes de me ouvir?!!
O grupo calou-se finalmente.
Enid Blyton: Vão a Inglaterra através do Flying Mercedes V-3, estacionado ali naquele lado da gruta, e procurem o Earl. Ele deverá estar enterrado nas coordenadas assinaladas neste mapa.
É mostrado no monitor do computador um mapa que o Mid apressa-se a copiar para uma folha, onde o examina devidamente.
Enid Blyton: Numa montanha a uns 5 km a oeste do Big Ben irão encontrar o vosso próximo membro. Ele tem o nome de Astro e é descendente do Max, o cão que ajudou os BAU a resolverem diversos mistérios. Ele estará por lá, pois os corpos dos seus donos, os Jetsons, foram lá enterrados depois de terem morrido na Grande Catástrofe.
Rumba: Não tenho nada contra animais… Mas porque é que precisamos do cão?
Enid Blyton: Porque todos os bons grupos de cinco heróis precisam de um cão! Ora me essa, que pergunta mai’ estúpida!

Os nossos heróis partiram então na tal nave voadora da Mercedes, conduzida pelo Rumba, que garantiu que não atropelava ninguém desta vez, visto também já não haver passadeiras. Durante o caminho eles estiveram a fazer planos para a aventura na terra de sua Ex-Majestade correr da melhor maneira:
Neoclipse: Eu proponho o seguinte: vamos primeiro buscar o cão, pois o Big Ben fica mais próximo, depois vamos desenterrar o Earl…
Mid (conferindo no mapa): Exacto!
Neoclipse: … aproveitamos e tentamo-lo ligar e atacar a base mundial dos ursos. O que acham?
Lunático: A base mundial dos ursos fica na Inglaterra?
Abutre: Acho mal!
Neoclipse: Fica.
Abutre: Acho má ideia!
Neoclipse: Tens uma melhor?
Abutre: É óbvio que tenho! Eu sou o escolhido, logo é a mim que compete fazer planos!
Os outros entreolharam-se algo irritados com o complexo de superioridade que o seu companheiro tinha adquirido desde que soubera que era o escolhido.
Neoclipse: Vá, estamos à espera de ouvir o teu estrondoso plano.
Abutre: Vamos buscar o Astro primeiro, pois ele está mais em caminho. Depois desenterramos o robot assassino de ursos e atacamos a base das malditas criaturas!
Ao ouvir isto, Rumba não conseguiu deixar de rir.
Rumba: Eheheh! ‘Tás lá, Abutre!
Mid: Eu não sei se reparaste… Mas foi exactamente o que o Neo disse!
Abutre: Foi nada!
Neoclipse: Enfim… Eu nem comento…
Lunático: Foi sim! Admite lá, pah!
Abutre: Não foi exactamente o que ele disse! Não venham cá com coisas!
Neoclipse: Pois não, pessoal! Pois não! Ele tem razão. Afinal ele é o escolhido, não é? Vamos antes seguir o plano dele, em vez do meu…

Ao entrarem no domínio Inglês, verificaram que as coisas ali não estavam muito melhores que em Portugal. Prédios desmoronados, pontes caídas e casas destruídas eram a paisagem predominante. A Grande Catástrofe afectou todas as partes do Mundo. Muitos acreditaram que fosse o Apocalipse profetizado na Bíblia Sagrada. A natureza não teve piedade alguma do ser humano e, através de sismos, maremotos e erupções vulcânicas em todo o Globo, destruiu quase por completo o Homem.
Não demorou muito até que os BAU chegassem à tal montanha onde supostamente estaria o seu novo membro, o cão Astro.
Lunático: Isto ainda é grande… Como é que vamos saber onde o bicho está?
Mid: Bem, para já esta não é a localização exacta. Portanto, ainda vamos ter de caminhar uns… 200 metros a direito, digo eu.
E lá caminharam eles, pouco convictos de que iriam encontrar algo. Mas, quando chegaram ao local exacto, segundo o Mid, viram um cão cinzento a andar na sua direcção.
Abutre: Sim senhor, belo animal. Aposto que ainda vai dar muito jeito no combate contra os ursos.
Rumba: O faro dele ainda nos vai ser muito útil, com certeza!
E então perante o olhar de todos aparece um enorme disco voador nos céus e cai em cima do Astro, esmagando-o. De dentro do disco voador desce uma escada rolante e por ela desce um enorme urso malvado.
Urso malvado do disco voador que esmaga animais alheios: Olhós góticós! Góticós!!!
Lunático: Porra! Vamos ter de recuar!
Neoclipse: Não, não vamos! O Abutre pode fulminá-lo com disparos laser através do seu relógio!
Abutre (carregando nuns botões à sorte): Ahm… Eu não sei…
Rumba: Eu não queria ser chato, pessoal… Mas aquele monstro está se a aproximar cada vez mais!!!
O Mid, corajosamente tenta um ataque corpo a corpo, mas o urso atira-o ao chão com um só golpe. No entanto ele não perde tempo com ele e continua a andar calmamente na direcção dos outros.
Rumba: És capaz de te despachar, Abutre!!
Abutre (gaguejando): ‘T-tou a tenta-ar…
Neoclipse: Mas que bem, hein? Podemos sempre confiar aqui no nosso líder! Ele desenrasca-se em qualquer situação!
O urso malvado estaca a meio do caminho, apercebe-se que os atacadores estão desatados e põe-se a atá-los.
Lunático: Aproveita agora, Abutre!!
Abutre (começando a fugir): É para já!
Neoclipse (conseguindo-o agarrar a tempo): Daqui não sais!
E então o Lunático tira o relógio ao Abutre e começa ele a experimentar carregar nos botões do relógio. Enquanto isso, Mid tenta novamente atacar o urso enquanto ele estava desprevenido a acabar de apertar os atacadores.
Urso malvado do disco voador que esmaga animais alheios (enquanto aplicava uma sova no Mid): Vai mas é cortar o cabelo, Góticó, que até o tens maior do que o da minha irmã!!
Neoclipse: Eu vou ajudá-lo! Não deixem o escolhido fugir!
Lunático (ainda de volta do relógio juntamente com o Rumba): Ok, vou tentar.
Enquanto os três lutavam, ouve-se um telemóvel a tocar. O urso pede uma pausa no combate, tira o telemóvel no bolso e atende.
Urso malvado do disco voador que esmaga animais alheios: Estou sim? Mãe?! Quantas vezes já te disse para não me telefonares quando estou de serviço? Já viste só a vergonha que estou a passar em frente aos meus inimigos?... Falo baixo? Os ursos malvados não falam baixo! Eu não sou nenhum ursinho de peluche cor-de-rosa!!... Ok, desculpa mãe… Desculpa, a sério… Então mas porque é que...? Deixei a cama por fazer? Mas eu fi-la!... Não pode ser… Ok, eu volto num instante. Até já, mãe.
Depois disto o uso malvado volta para o seu disco voador sem dizer nada e vai se embora.
Lunático: Bem, parece que descobrimos como se desfaz a cama de um urso através deste relógio.
Rumba: Yop!

Apesar de terem levado a melhor contra aquele monstro, os nossos heróis não deixaram de ficar tristes ao verem que o agente Alfa 2, mesmo antes de ser intitulado como tal, tinha “batido a caçoleta”.
Abutre: Caguemos no cão e vamos mas é procurar o tal sítio onde o robot está enterrado.
Neoclipse: Cala a boca, Abutre!
Abutre: Hey! Tu não tens o direito de falar assim comigo! Afinal eu sou o escolhido!
Mid: Cala-te, pah! Tu ias dar de frosques e deixar-nos aqui sozinhos contra aquela besta! Que raio de escolhido faria isso?
Rumba: Ok, pessoal, tenham lá calma. O que interessa agora é que não temos Alfa 2. Será que a Enid vai ficar muito chateada?
Lunático: Ah pois vai! Lembram-se como ela ficou quando sem querer deixámos entrar um rato dentro da gruta?
Abutre: Xii! ‘Tou mesmo a ver! Ela ainda vai me responsabilizar disto tudo. Bolas! Assim não vou ter grandes hipóteses de ir para a cama com ela…
Lunático: Claro que tens! Basta lhe dizeres que gostas muito dela e que a proteges de qualquer Célcio Rijo que possa aparecer.
Neoclipse: Eheh! Bem, brincadeiras à parte, temos de arranjar um cão. Ela nunca irá desconfiar que ele não é o Astro.
Rumba: Ou se calhar até irá. O melhor mesmo é consultarmos o Livro Sagrado Anti-Ursista.
Mid: A bíblia BAU? Tem-la contigo?
Rumba (tirando o tal livro da sua mala): Yop! Eu tenho-a sempre comigo.
Depois de revirar umas quantas páginas, o Rumba encontrou exactamente o que procurava:
Rumba: Aqui está! Este excerto fala sobre todos os agentes Alfa. Deixa cá ver se encontro o Alfa 2… Hmmm… Vou recitar o que aqui diz:
“Alfa 2, antigo combatente do Mal
Habituado a desenrascar-se com êxito
Até a sua vida chegar ao final
Irá matar monstros e ursos a eito!”
Lunático: Filho da mãe do computador! Isto é o que dá terem posto elementos da personalidade da escritora dos Cinco nele! Agora anda-nos a mandar ir buscar cães enquanto temos de procurar um “antigo combatente do Mal”.
Abutre (furioso com o Lunático): Hey! Tem lá respeitinho, sim! Tu não falas assim da minha Enid!
Neoclipse: Já sei! Podemos voltar para Portugal e procurar o tal laboratório onde estão congelados e armazenados bastantes heróis. Talvez o Alfa 2 seja um deles.
Mid: Mas isso não foi destruído pela Grande Catástrofe?
Neoclipse: Ouvi dizer que sim, mas temos de arriscar. É a nossa única hipótese.

E então os membros da BAU regressaram para a nave, mas aperceberam-se que as baterias desta estavam gastas.
Rumba: Já nem sei o que hei de fazer… Se aquela estúpida nos tivesse dito que tínhamos de carregar as baterias agora poderíamos estar a caminho!
Abutre: Não lhe chames estúpida! Não te esqueças que ela ‘tava a tentar dizer qualquer coisa enquanto a interrompíamos!
Mid: Ele tem razão. Bem, agora só nos resta esquecer essa história toda do novo membro e vamos mas é buscar o Earl para atacarmos a base d-
O Mid é subitamente interrompido por um estranho grito vindo do ponto mais alto daquela montanha.
Rumba: O que terá sido isto? Terá sido um urso?
Abutre: Na volta…
Neoclipse: É melhor irmos ver. Há a hipótese de ser o tal Alfa 2
Abutre: Estás maluco? E se for um urso?
Neoclipse: Desfazemos lhe a cama através do teu relógio, tal como fizemos ao outro.
Lunático: Vamos ou não?
Neoclipse: Vamos!
Os nossos cinco heróis subiram a montanha até ao seu topo e depararam-se com um homem com um enorme cabelo e barba.
Homem desconhecido (apontando-lhes uma caçadeira): Quem são vocês?
Abutre: Nós somos os membros da BAU!
Homem desconhecido (baixado a caçadeira): BAU?
Abutre: Sim! Brigada Anti-Ursos! Nós protegemos a humanidade dos constantes ataques desses animais violentos e sem piada nenhuma!
Homem desconhecido (girando a caçadeira no dedo indicador): Há uma semana atrás consideraria isso estranho… Mas depois do que me tem acontecido, duvido que algo me surpreenda de novo.
Abutre: E tu quem és?
Homem desconhecido (tentando equilibrar a caçadeira na vertical só com um dedo): O meu nome é Ash.
Neoclipse: O que ‘tás aqui a fazer?
Ash: Nada que vos interesse. Vocês sabem se existe alguma maneira de se voltar atrás no tempo?
Lunático: Nã-
Neoclipse: Existe sim. Existe uma máquina de viagens espacio-temporais a uns quilómetros daqui. Nós levamos te até lá. Só existe um pequeno senão…
Ash: Então?
Neoclipse: O sítio está protegido por ursos. Terás que nos ajudar a enfrentá-los.
Ash: Ok, por mim tudo bem.
Os outros perceberam logo o que o seu companheiro tinha em mente ao ter mentido ao tal de Ash. Era sem dúvida uma boa ideia aproveitarem-se da ajuda de alguém armado e com cara de poucos amigos, contra os ursos.
Abutre (falando baixo para Neoclipse): Porque é que disseste àquele tipo que existia uma máquina do tempo?
Neoclipse: Para ele nos ajudar a destruir a base dos ursos… Duh!
Abutre: Ah! Eu, como líder, congratulo-te por teres tido tão boa ideia.
Neoclipse: Ok, agora cala-te antes que ele ouça e desconfie!

Ash: É impressão minha ou vocês não têm armas convosco?
Rumba: Temos apenas um relógio…
Lunático: Eu tenho explosivos.
Ash (franzindo o sobrolho): Um relógio? Ok, é melhor passarmos por uma loja S-Mart. Deve lá haver algo que vocês possam usar contra os vossos “amigos” ursos…
Mid (pesquisando no mapa): Loja S-Mart… Loja S-Mart…
Rumba: Mas é uma loja de armas?
Ash: Nop. É um supermercado.
Rumba: E vendem armas num supermercado?
Ash: Claro! Quer dizer, pelo menos no dos EUA vendiam.
Mid: Encontrei! É a uns vinte quilómetros daqui.
Abutre: ‘Bora lá então!
Os nossos heróis, acompanhados pelo seu novo companheiro, chegaram à tal loja só depois do sol se pôr.

Quando finalmente estavam lá dentro o Ash indicou-lhes onde estavam as armas que queriam:
Ash: Muito bem, pessoal, digam lá as armas que fazem o vosso estilo.
Mid: Eu cá gostaria de ter um machado de guerra, muito ao estilo viking!
Ash: Isso costumava ser um brinde vindo nos packs de seis gelados Epá. Vai lá ver nas caixas dos gelados, fica ali à direita.
Os outros pensaram que o seu ajudante estava a gozar com eles, mas depois do Mid aparecer com um enorme machado, ficaram surpreendidos.
Neoclipse: Wow! Por acaso vocês lá nos Estados Unidos vendiam Mini-Guns?
Ash: Claro! Elas costumavam ‘tar na prateleira ao lado das bolachas de água e sal.
Neoclipse (indo procurar na loja): Obrigado!
Ash (perguntando ao Rumba e ao Lunático): E vocês os dois? Não se vão equipar?
Lunático: Eu sempre me habituei a safar me com os meus explosivos, mas se me pudesses dizer onde estão as Cocaine Glues para eu fazer uns cocktails explosivos, agradecia-te.
Ash: Para quê demorares tempo a fazer isso se podes te servir de cocktails molotov que estão no corredor dos sumos que fica ali à frente?
Lunático: Fixe!
Rumba: Ash, por acaso sabes se vendiam armas sagradas?
Ash: Armas sagradas? Explica-te.
Rumba: Armas fabricadas apenas com o intuito de lutar pelo bem, como por exemplo a lendária Espada Sagrada de Equinoch.
Ash: Ah! Essas espadas costumam ser usadas no talho para cortar aquelas partes mais difíceis.
O Rumba e os outros dois chegaram devidamente equipados.
Rumba (rodando a espada com bastante perícia): Groovy!
Ash: Hey! Eu é que…
Urso malvado do disco voador que esmaga animais alheios (interrompendo a conversa gritando de fora de loja): Ahah! Aqui estão vocês! Rendam-se pois estão cercados!

Neoclipse: Se estamos mesmo cercados como ele diz só temos uma hipótese, atacá-los!
Abutre: Cala-te! O líder sou eu, eu é que tomo as decisões! Proponho que os ataquemos corajosamente!
Rumba: Se sairmos e os ignorarmos somos bem capazes de evitar um confronto desnecessário.
Mid (elevando o pesado machado): Bah! Eu cá não quero evitar confrontos! Partiremos para a vitória, companheiros!
Lunático: Eu voto em os evitarmos. Se eles tentarem um ataque acabamos com eles. Nós não precisamos de os vencer agora. Depois de despertar o Earl, eles vão acabar por sucumbir.
Neoclipse: Mas eles poderão nos trazer sarilhos mais tarde se não dermos cabo deles agora.
Lunático: Pois, isso é verdade…
Ash: Dass! Vocês são sempre assim desorganizados?
Abutre: Nem por isso. Mas eu ordeno que os ataquemos!
Resignados, Rumba e Lunático seguiram os outros para ajudarem no combate. Depois de atravessarem a porta viram a multidão de ursos que subitamente tinha se distanciado ao verem que os nossos heróis estavam armados. E, à medida que os BAU se aproximavam, eles iam se afastando cada vez mais.
Urso malvado do disco voador que esmaga animais alheios: Vá, venham cá! Devem estar com medo, não?!

Um dos ursos atira uma pedra, quase acertando no Ash.
Urso Estúpido 1: Oh “góticó”, devolve-me a pedra!! Atira-a para cá que eu quero-a de volta, ouviste?!
Ash: …
Urso Estúpido 1: É bom que te despaches, senão eu vou ter que ir aí!
Ash: De certeza que a queres de volta?
Urso Estúpido 1: Sim!
Ash: Ok…
Ash apanha a pedra do chão e atira-a violentamente contra um deles, acertando-o em cheio no olho.
Urso Estúpido 2 (com as mãos sobre o olho ferido): Ugh! Argh!
Urso Estúpido 1: Hey! Era para ser devagar! Agora anda cá apanhá-la e dar-ma à mão!
Ash: Com certeza, amigo.
O novo membro da Brigada vai ter com eles, agarra na pedra com toda a calma e fica a olhar para ele directamente.
Ash: Quere-la? Então tira-ma… se conseguires.
O urso, furioso, tenta atacar o Ash, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, ele dá-lhe um tiro de caçadeira na cabeça, matando-o. Os outros ursos tentam vingar o companheiro e atiram-se todos para cima do Ash. Este consegue-se defender, mas devido à desvantagem numérica depressa pede ajuda ao resto da Brigada:
Ash (extremamente irritado pela passividade dos companheiros): Sintam-se livres para agirem!!!
Neoclipse: Bah! Sai da frente e deixa os profissionais trabalharem.
Ash salta para o lado e o Neoclipse, sem dó nem piedade, dispara uma rajada de tiros, matando maior parte da multidão de ursos. Os poucos sobreviventes bateram em retirada, entre eles estava o urso gigante malvado que fugiu no seu disco voador.
Neoclipse (para Ash): Amador…
Ash (furioso): Amador uma ova! Eu já estava a ficar sem balas e eles eram mais que muitos!
Neoclipse: Desculpas…
Rumba: Ok, pessoal, deixem-se disso. Vamos mas é comemorar esta estrondosa vitória.

Todos concordaram com Rumba e dirigiram-se de novo ao supermercado S-Mart onde emborcaram umas quantas garrafas de champanhe e de whisky. Não houve ninguém que tenha ficado sóbrio e o Mid, inclusivamente, pôs se a cantar uma música muito antiga que ele diz ter sido composta por um grupo de trolls finlandeses. Enquanto isso o Abutre confessou alguns dos seus fetiches.
Abutre: Sabem uma coisa? Eu tenho um fraquinho por aquela gaja da TV…
Lunático (bebendo por engano um cocktail molotov): Então? Quem é ela?
Abutre: É uma ruiva boazona chamada Wilma.
Lunático: Não ‘tou a ver quem é…
Abutre: É uma gaja casada com um estronço chamado Fred!!
Lunático: Hmm, isso não me é estranho…
Na manhã seguinte, apesar das fortes dores de cabeça e de estômago no caso do Lunático, partiram em busca da zona onde o robot lendário assassino de ursos estava enterrado. Os nossos heróis rapidamente se habituaram à presença do seu novo companheiro Ash, apesar deste ser um pouco arrogante, e aceitaram-no como um membro da Brigada.
Abutre (falando para si enquanto carregava nos botões do seu relógio ao acaso): Como é que será que isto dispara raios laser? Raios! Dava mesmo jeito agora dar cabo deste fanfarrão barbudo e desculpar-me dizendo que me enganei!


Agradeço ao Neoclipse e também aos outros membros da BAU actual pelas ideias que tiveram para esta história. Muitas delas serão aproveitadas na “prequela” também. Quanto à continuação desta aventura, será “postada” em princípio para a semana.

quarta-feira, maio 04, 2005

R.O.M.A.: Recurso Ocasional Mantido em Arquivo

Comunicado:

Na noite do dia 31 de Março de 2004, recebi uma carta sem remetente que dizia o seguinte:

“Yo! Vem ter connosco ou a gente destrói o Imperialium.”

Peguei no meu armamento e saí a correr do meu bunker, atravessando o Grande Pórtico para o mundo dos Ursos. Após um mês de batalhas sangrentas e de arrozes de cabidela, encontrei um Urso com um elevado cargo na hierarquia Ursista e torturei-o até ele me dizer algo sobre aquela carta. Ele disse-me que aquilo era uma brincadeira do dia das mentiras e pediu desculpa. Eu retribuí a brincadeira mutilando-lhe os braços e as pernas e deixando-o a apodrecer no meio do deserto. Contudo, não pedi desculpa.

Quando cheguei ao bunker, este tinha sido alvo de um ataque de uma equipa de Ursos jogadores de críquete feminino, que o profanou pintando as paredes com cruzes suásticas, pentagramas invertidos e estrelinhas coloridas.
Quando fui verificar os arquivos que guardo com os meus relatórios de segurança de entrada e saída do mundo Imperialium, estava tudo intacto, porém, a única coisa desaparecida tinha sido o post que eu acabara nesse dia sobre a cidade de Roma.

Recorri então ao meu arquivo de backup chamado de "Recurso Ocasional Mantido em Arquivo", através de um procedimento de alta segurança que demora um ano e envolve a introdução de uma password mega-secreta: "A Michelle é boua". Só hoje consegui obter a cópia de segurança que eu tinha feito e reparei que era de uma versão mais antiga e incompleta do post, pelo que seguidamente lerão essa versão e não a versão completa como eu tanto ansiava poder publicar.

Atentamente,
Nerzhul,

O demon-Buster.



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Inicio do backup 3165 do registo 6232:
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ROMA: Um post que tenta ser non-nonsense mas non-consegue.


Neste post:
- O comércio em Roma
- A língua romana
- A gastronomia
- A televisão
- Os Monumentos




O comércio em Roma

Em Roma, há dois tipos de comércio e curiosamente nenhum deles se aproveita.
Há o comércio à “larga” escala, caracterizado pelos pequenos centros comerciais que fecham 3 horas para almoço e encerram as portas às 17h00, funcionando 5 horas por dia; e pelos pequenos supermercados, dos quais o maior deles tem cerca de 1/3 do tamanho do Intermarché de Vale Fetal.

O comércio à pequena escala é caracterizado pelas pequenas feiras de “ciganos-conhecedores-de-jogadores-de-futebol-portugueses-que-querem-impingir-vegetais-não-identificados-à-força”. Aconselho-vos a utilizá-las só em caso de extrema necessidade e caso não haja outra alternativa. Apesar de tudo, estas têm uma vantagem em relação ao comércio de “larga” escala. Ao contrário dos “super”-mercados, nos mercados levantes não é preciso pagar por cada saco plástico que se leva.

Uma coisa muito interessante nos centros comerciais que acima referi, é que estes possuem escadas rolantes que se ligam sozinhas, de forma a tentar compensar pelo pouco tempo que estão abertos por dia.




A língua romana (não confundir com “A língua das romanas”)

Se pensam que a língua italiana é fácil de compreender, estão enganados. Quando um italiano começa a falar, percebem no máximo uma palavra por cada duas frases, e o mais certo é possuir um significado diferente do da língua portuguesa. Tal acontece ao contrário também: a não ser que apanhem pela frente um empregado de mesa que fale inglês, é preferível regressar a casa, porque ele não compreende (nem tenta compreender) estas grunhices que nós falamos. Só para dar um exemplo, quando tentei pedir uma colher ao Chico, empregado no “Ristorante Albino”, situado nas imediações de Roma, o diálogo foi o seguinte:

Eu: “OH CHICO! Traz lá uma colher para a gente ó faxavor!”
Ch: “Huh?”
Eu: “Colher, prego, hoje!”
Ch: “Sì!”

Tudo levava a crer que ele tinha percebido, mas 10 minutos depois ainda estava à espera da colher. Tive de me levantar e ir fanar uma colher a um carrinho que lá estava. Chegado a casa, fui ao dicionário e entendi a dificuldade do Chico. Colher escreve-se cogliere e lê-se “colhere”, e não “colher” como eu tinha dito no “Ristorante”.


Palavras importantes a conhecer caso vão a Itália:

“Grazie”, significa “Obrigado”.
Podem ouvir a mesma palavra dita das seguintes formas: “grazi”, “grazia” ou “grazias”. A última, ouvi várias vezes, talvez por pensarem que eu era espanhol.

“Prego” (a maravilhosa palavra multiusos), significa “De nada” e “Se faz favor”.
Serve também para comer no pão e para pendurar quadros. Não vos aconselho a usarem esta palavra para nos dois últimos sentidos, porque podem pensar que são anormais ou, pior ainda, espanhóis.

“Morbido” é uma palavra extremamente utilizada que significa, por incrível que pareça, “Macio”.
Podem ouvir falar em pão morbido, morbidizzante (amaciador da roupa) e, melhor de tudo, café morbido. Gostava de ver um italiano vir cá pedir um “caffé morbido”. Devem pensar que ele é fan de Holocausto Canibal, ou algo do género.

“Busta” significa “Saco”.
Se vos perguntarem “busta?” ou “buste?” na caixa de um super-mercado-pseudo-super e ficarem a olhar com cara de quem quer uma resposta, acenem não e levem as compras nas mãos, o vosso orçamento agradecer-vos-á.

“Burro” não serve para insultar italianos, mas para barrar no pão, pois significa “Manteiga”.

“Birra”, significa cerveja (depois perceberão por que razão é importante).

“Orso”, significa “Urso”. É muito, mas muito importante mesmo saberem isso. Por não saber, comecei a gritar por ajuda no meio do coliseu, quando vi a imagem de um urso numa sepultura, mas não houve nenhuma italiana boazona que me socorresse, visto nenhuma ter entendido o que eu dizia.




A gastronomia

A gastronomia italiana é variada dentro de pouca variedade, ou seja, só têm massa (La bella pasta!), mas têm uma enorme variedade desta. Entre as escolhas possíveis temos:

- Spaghetti à Bolonhesa;
- Spaghetti à Colosseo;
- Spaghetti à Zé do Pipo;
- Spaghetti à Brás;
- Spaghetti viscoso à moda do Chico;
- Spaghetti só (aka Spaghetti sem nada)
- Spaghetti com muitas almôndegas;
- Spaghetti com uma quantidade considerável de almôndegas;
- Spaghetti com algumas almôndegas;
- Spaghetti com poucas almôndegas;
- Spaghetti sem almôndegas;
- Spaghetti sem almôndegas, mas com sabor a almôndegas
- Spaghetti com espargos mal cozidos;
- Spaghetti no pão;
- Spaghetti na pizza;
- Spaghetti no forno a lenha;
- Spaghetti no forno a carvão;
- Spaghetti no forno eléctrico com electricidade oriunda da central eléctrica;
- Spaghetti no forno eléctrico com electricidade oriunda do gerador auxiliar;
- Spaghetti no forno eléctrico com este desligado da tomada;
- Spaghetti no prato;
- Spaghetti na chapa quente;
- Spaghetti na chapa morna;
- Spaghetti na chapa fria;
- Spaghetti sem chapa;
- Spaghetti sem prato;
- Spaghetti pré-cozinhado à moda da empregada boazona da camisa entreaberta;
- Spaghetti pré-invocado à moda do Zé Manel das Iscas;
- Spaghetti pré-martirizado à moda dos Ursos;
- Spaghetti pré-engolido à moda da Rita;
- Spaghetti com açorda alentejana;
- Spaghetti com açorda açoriana;
- Spaghetti com açorda italiana;
- Spaghetti com açorda da nacionalidade xpto-ana;
- Spaghetti com esparguete;
- Spaghetti sem esparguete;
- Spaghetti com molho de ostras;
- Spaghetti com molho de lubrificação vaginal;
- Spaghetti com ranho da Michelle;
- Spaghetti com rissóis;
- Spaghetti com ostras e cogumelos;
- Spaghetti com carne de Urso;
- Spaghetti com Bulachas à moda da Falta de Charme;
- Spaghetti com Café;
- Spaghetti com Fritos;
- Spaghetti com Bacalhau;
- Spaghetti com caldo verde;
- Spaghetti com caldo azul;
- Spaghetti com caldo burmeilho à moda da Michelle;
- Spaghetti com caldo vermelho sem ser à moda da Michelle;
- Spaghetti com narizinhos de bolacha em honra da Michelle;
- Spaghetti com narizinhos de carne à moda do Leproso-Cozinheiro-Potencial-Assassino-Involuntário-do-Papa-que-foi-vítima-de-engasgamento-durante-a-refeição-pseudo-santa-deste-com-uma-cartilagem-presa-na-garganta.
- Spaghetti com carne do recentemente assassinado Papa;
- ...

Apesar do esparguete estar, algumas vezes, um pouco cru para o meu gosto, comia-se bem o suficiente para afirmar que a culinária é, de facto, um dos pontos altos em Itália. Mas esqueçam as pizzas enquanto lá estiverem.

Os preços são também bastante apelativos. Uma refeição completa em forma de menu custa apenas €11. Contudo, o teorema do “Serviço de Restaurante”, uma transcendente teoria que desafia as leis da matemática para extorquir dinheiro a turistas esfomeados e desprevenidos, afirma que quatro menus a €11 cada um, custam nada mais, nada menos que €80!! Ou seja: Random(x), Total = 4 * 11 + x.

Esta matemática avançada é praticada por Chicas, empregadas em restaurantes, que dizem “Careful very háte!!!”, quando trazem os pratos de “Lasagna” aquecidos no forno. Para ser sincero a única coisa “hot” ali era a blusa dela semi-aberta.
Por outras palavras: Sim! eu apreciei a comida.. Sim! a lasanha estava morna.. Sim! ela era uma verdadeira brasa! (AI! Que eu lhe comia a lasanha toda!)




A televisão

Como devem calcular, como turista que fui, não estive o tempo todo em casa a ver televisão. Contudo, e apesar de não entender italiano, cheguei à conclusão que a televisão de lá não varia muito da nossa: possuem canais generalistas, em que passam desde filmes (dos quais 100% são dobrados em italiano), jogos de futebol (caracterizados pelos pequenos anúncios de publicidade irritantes que espreitam entre cada jogada ao espectador desprevenido) até concursos (idênticos aos portugueses, mas com efeitos especiais bem mais interessantes).

No entanto, há excepções. Entre elas, temos o canal de venda exclusivamente de tapetes! Leram bem!!.. Tapetes!!!! Mas não eram tapetes comuns, eram tapetes persas, da mais fina qualidade. Estes tapetes que se encontravam numa sala vazia de ornamentos, eram 24 horas por dia sacudidos e arrastados de um lado para o outro e exibidos por um monhé que, volta não volta, mandava vir violentamente com os seus dois ajudantes, uma dos quais ia sendo agredida em directo. Este monhé devia falar bem italiano, pois eu percebia pouco ou nada do que ele dizia e possuía um vocabulário limitado na adjectivação dos seus tapetes, repetindo incessantemente a palavra “fantastico”. Porém, a cara por ele feita quando contemplava lentamente a textura, os contornos, a qualidade do tecido.. parecia até querer saltar para cima das tapeçarias e violá-las, tanta observação não poderia ser senão à procura de um buraco…… Ou seja, “OHHHH!!! QUE FANTÁSTICOS TAPETES!!!! AHHHHNNN!!! SIIIIIIII!!!!!!! ESTOU-ME A VIR!!!! SIIIIIIIIIMMMMM!!!!”.
Por outras palavras, o gajo era um Chico-Tapetófilo, sortudo o suficiente para ter um canal na televisão, pois os seus “primos” portugueses têm de se contentar com uma miserável mesa de madeira bolorenta no meio de uma feira de ciganos.
Sortudo, qual actor de filmes pornográficos, por poder estar numa sala, praticamente sozinho, rodeado de tantos tapetes sensuais e desnudos.. ohhhhh.. siii, alcatifa-mos!!

Outro grande canal televisivo de lá é a MTV italiana, caracterizada por não passar música. Leram bem!! A “Music Television” Italiana não passou um único videoclip durante a altura em que eu estava a ver. Em vez disso, passa umas séries de comédia, que duram tardes inteiras. Como eram faladas em italiano, para não variar, não posso dizer se compensavam pelos clips da música horrorosa que a MTV portuguesa passa.

Finalmente, é de referir que a televisão passa umas meninas com muito calor à noite. Por outras palavras, aparecem umas gajas a despir-se em público, por volta das 22:00!!, hora italiana, 21:00 cá em Portugal, embora escusam de procurá-lo nas vossas televisões, porque o canal, possivelmente francês, denominado de “Las Ibizionistes” (ou algo assim, o francês não é o meu forte) não consta da grelha da TvCabo. Este canal é a razão do sucesso da televisão por cabo entre os italianos, e somente entre os italianos, pois entre os chicos-monhés-imigrantes, o canal dos tapetes é o único afrodisíaco das relações conjugais. Por outras palavras.. Putos-Hinduístas, agradeçam a vossa existência e venerem por isso aqueles onde limpam os pés!!!!.. por muito divinais que as vacas possam ser, não foram elas que deram tusa aos vossos papás............. e daí não sei.. as vacas também andam nuas.. a fantasia dos indianos e das indianas deve ser uma vaca enrolada num tapete.. e depois quando começa a sair o leite.. "ui ca bom.. ai o tapete molhadinhooooo..... ai que eu tou-me a vir pra cima da vaquinha........"
Ok.. isto está a ficar porco, mudemos de assunto..




Os Monumentos

É aqui que a Itália se excede. Como já disse, só estive em Roma, mas não precisei de ir mais longe para ver os mais bonitos monumentos que já alguma vez vira.

Entre eles está o Coliseu, o local dos gladiadores romanos que obteve o seu nome após a estátua colossal do Imperador Nero, aka “Mauzão”. História à parte, é um “ganda padaço de monumento” (para quem está a ler, mas não está a prestar atenção: NÃO!, não estava a falar da Michelle).
Bastante mais bonito (e deserto) de noite do que de dia, o Coliseu é um “mastodonte gigantesco” de proporções épicas, cujo valor estético é somente comparável ao histórico.
Como não sou crítico de arte arquitectónica, resta-me dizer que é um local muito agradável para se estar, e recomendo que lhe prestem uma visita, caso visitem Roma.
Nesta fotografia tirada por mim, pode-se ver o interior do coliseu. Naquela zona no centro da arena, outrora revestida em madeira e coberta por areia, podem ver o túmulo de um urso, que provavelmente morreu numa sangrenta batalha contra um dos ancestrais membros dos BAU. Não estão a ver? Está ali junto àquele rochedo! Mais para a esquerda…… aí mesmo.. é essa coisa castanha.
Para terem uma noção do tamanho deste “bichinho”, atentem no tamanho das pessoas em comparação com as paredezorras, que têm quase 2000 anos.


No final da “Via del Colosseo”, quem vem do lado do Coliseu, temos o Palácio de Victorio Emmanuel II, que é outro gigantesco local para visitar, possuidor de estátuas colossais e das características colunas enormes e espessas, de mármore maciça. Nós, portugueses, também temos umas colunas parecidas cá em Portugal, mas são ligeiramente mais pequenas e mais ocas.. ok.. talvez não sejam parecidas.. mas também têm a mesma forma cilíndrica que as italianas, o que já não é mau.

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Fim de backup.
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Eu sei que sabe a pouco, mas é melhor que nada. Outros posts de outros imperialistas vêm a caminho.
Após quase dois meses parado, o Imperialium vive novamente!

NZL