sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Rapto e Regresso

Enquanto eu e o Stuart deambulávamos pela cidade que nem uns Cesários Verdes para fugir às autoridades, fomos encurralados num beco durante uma tarde por uns indivíduos encapuçados. Meteram-nos numa carrinha e levaram-nos amordaçados para um farol pré-construído perto da Setgás de Vale de Fetal. Quando mal o vi disse para mim: “Que sítio estúpido para um farol! Quem é que teria assim uma ideia?” É óbvio que uma ideia tão idiota só poderia vir de uma mente ursa ou do Sr. Presidente da República. E não demorei muito a descobrir que tinha sido de ambos.

O urso Cláudio Ânus mais o Dr. Jorge Sempaio estavam numa sala com três cadeiras à nossa espera. Como estavam ambos sentados, a terceira cadeira deveria ser para um de nós. Eu e o Stuart olhámos um para o outro frontalmente e sem nos mexermos. Houve uns segundos de silêncio. O ambiente estava a começar a ficar pesado. O Stuart fez então menção de se sentar, puxando a cadeira para si, mas eu agarrei-lhe na mão a tempo e projectei-o para o chão. Quando pensava que já me podia sentar, ele faz me uma rasteira, levanta-se logo de seguida e atira-se contra mim estilo luta livre. Não me consegui desviar e ainda hoje me queixo de dores daquele choque. O meu mordomo pensava que já tinha o duelo ganho, mas enganou-se, pois eu tiro o meu chicote autografado pelo MacHarry Ford e atiro a ponta enrolando-a na cadeira, e puxo-a para mim. Levanto-me, mas ao tentar me sentar nela, ele começa a atirar-me com tapetes de rato. Um deles acertou-me na cara. “Aflito” e com as mãos sobre o olho esquerdo, gritava: “Argh! Aleijaste-me, maldito!” O Stuart aproximou-se arrependido devido à brutalidade do seu golpe. Porém, quando estava perto o suficiente, dou lhe um soco no estômago, mas quando me ia sentar na cadeira um dos ursos que nos raptou aponta-me a arma, manda-me parar e senta-se ele nela.
- Calma aí, amigo. Esta cadeira é para mim.
- É muito bem feito! - disse Stuart, rindo-se.
- Ah, cala-te! - ordenei, furioso.

Cláudio Ânus começou então a falar no seu jeito pouco másculo.
- Cavalheiros, espero que estejam todos confortáveis. Chamei-vos até mim para vos eliminar. O jovem Filipe é o imperialista que mais publica posts, o que não quer dizer que sejam alguma coisa de jeito, não é verdade?
- Sim. E…?
- Já desde o ano passado que venho criando este plano. Decidimos no princípio que mataríamos quem tivesse mais posts até o final do ano 2004. Um ano depois o próximo e assim sucessivamente.
- Xii! Que chatice! Anota aí no bloco de notas, Stuart: “Não postar tão frequentemente para a próxima vez não me meter em problemas”
- Com certeza, mestre.
- Não irá haver próxima vez!! - grita Cláudio numa voz aguda. - O meu plano é infalível. Jamais sobreviverás! Ih! Ih! Ih!
- O teu plano? Então qual é o papel do Presidente nisto tudo?
- Ahm… Aliás, o plano foi obra do Presidente. Eu só ajudei num pormenorzito ou outro, não é verdade, Jorginho?
- Claro, Cláudia.
- Cláudio!
- Sim, é isso… Olha, posso ir ali à casa de banho? É que já estou aflito há uma hora, pá.
- Vai, vai. Mas não me sujes o chão!
- Sim.
- Não uses a toalha!
- Sim, ok.
- E ai de ti que me pingues o tampo!
- Ok, tá descansada, pá.
- Descansado!
- Sim, é isso… - diz o Presidente já fora da sala.
- Que homenzinho irritante! - suspira Cláudio. - Ahm, quanto a vocês os dois…
- Eu tenho uma pergunta. - disse eu. - Porque é que raio é que vocês construíram aqui um farol.
- Para vos trazer para cá e vos prender, duh!
- Mas… porquê um farol? Não achas que é demasiado suspeito um farol nesta zona? E além do mais é muito dispendioso.
- Sim, claro. Seria muito mais em conta fazerem uma casinha com apenas duas, três divisões. - acompanhou o Stuart.
- Ou uma barraca de madeira.
- Ou então usarem aquela casa velha que ainda nem rebocada está, ali na Quinta do Bico.
- E depois, como tinham poupado dinheiro, poderiam-no usar noutras coisas. Como em armas, em veículos.
- Em belgas.
- Em oreos.
- Em Marias.
- Em integrais.
- Em moçambicanas.
- Em… hmm?
- Em norueguesas.
- Eu ‘tava a pensar que ‘tavas a falar de…
- Em Joanas.
- … bolachas.
- Em japonesas.
- Stuart, és um tarado!
- Em ruivas sardentas vestidas de colegial, com totós, um chupa em formato de coração preso pelos lábios carnudos e com corpos extremamente sexys.
- Ok, eu confesso!! - berra Cláudio Ânus na sua voz aguda assustando-nos. - Eu confesso. Eu sempre quis ser um faroleiro. Sempre foi o meu sonho desde criança! Portanto, mal tive oportunidade, mandei construir um imenso farol! Sim, foi por isso!
Agora sou dono dele! Eu, um faroleiro!
E então a mediática figura do jet set português comove-se e começa a chorar, mas sem desfazer o sorriso que tinha no semblante. O Presidente entra na sala novamente nesse momento.
- Outra vez a chorar? Nunca vi uma mulher tão sensível…
- Homem! Eu sou um homem!
- Claro, claro.
- Sr. Presidente - diz Cláudio, limpando as lágrimas a um lenço branco que tinha no bolso - porque não vai apanhar gambosinos lá para fora?
- Estamos na época deles?
- Com certeza. Leve duas vasilhas… na volta até será pouco. Olhe, leve antes três e vá até à Costa da Caparica. No caminho para lá é que se encontra maior parte deles.
- É para já, pá!

E lá foi Jorge Sempaio, todo sorridente, dizendo em suspiros “Hoje vamos ter uma bela merenda! Oh lá, se vamos!”
Cláudio riu-se da idiotice do seu sócio e mandou os guardas levarem-nos para a sala que tinha nos sido destinada. A porta desta era blindada e portanto o arrombamento estava fora de questão. E lá ficámos umas duas horas trancados, cada um perdido nos seus pensamentos. Depois desse tempo a porta abre-se e um dos indivíduos que nos raptou atira com um pedaço de pão rançoso que tinha uma estranha mancha castanha na ponta e com aspecto de estar mais rijo que uma pedra. Este volta a fechar a porta e eu e o meu mordomo ficamos ambos a olhar um para o outro.
- Coma, mestre. Coma que lhe faz bem. - diz Stuart muito sério.
- Não, não. Agradeço-te muito mas ainda ‘tou meio embuchado da passa que comi pela manhã. Se quiseres comer aquela fatia de pão, ‘tás à vontade.
- Não senhor! O mestre é bastante mais importante que eu! Não quero que desmaie ou lhe dê aí uma fraqueza. Portanto vá, toca a comer isso.
- Oh, meu amigo Stuart, tu é que ainda ‘tás de jejum. Porque não fazes uma forcinha e não comes aquilo? Até tem bom aspecto!
- Você é o Lunático? - pergunta-me uma estranha personagem cuja presença naquela sala desconhecia.
- Uh! Ahm, sim sou. Quem é você e como raio apareceu aqui?
- Entrei quando aquele tipo abriu a porta para vos dar comida. Eu sou o Zacarias, o homem mais rápido do mundo! Provavelmente não sabe mas já apareci várias vezes na televisão!
- Ah sim?
- Pois com certeza! Eu trabalho no Preço Incerto. Sou eu que faço as pessoas rirem, correndo até elas e fazendo-lhes cócegas tão rapidamente que ninguém vê, de modo a pensarem que todos riem das piadas do Fernando Amêndoas.
- Bem me parecia que havia aí marosca! - exclamou o meu mordomo.
- Sim senhor. Então, e o que faz aqui? - perguntei eu.
- Fui contratado pelo Vizinho. Ele apercebeu-se que este farol só poderia ser coisa de ursos, portanto pagou-me para investigar isto. Hoje soube, ouvindo as conversas do Cláudio Ânus com o Dr. Jorge Sempaio, que você iria ser raptado, preso e, na mesma noite, executado em directo para toda a comunidade Ursa. A TVU ia fazer a cobertura da transmissão.
- Veio nos salvar então?
- Sim, vim. Mas o Vizinho só falou de um, portanto não estou para carregar os dois e correr à velocidade do som ao mesmo tempo, que não dá jeito. Qual de vocês é que vem comigo?

Foi um momento tenso. Eu e o Stuart ficámos a olhar um para o outro. Depois de dez segundos de silêncio, eu atiro me ao chão, agarro naquele pedaço de pão e atiro-lho. Ele desvia-se, e ambos vimos que o pão estava de facto rijíssimo, pois ao bater na testa do Zacarias, fez com que ele desmaiasse consecutivamente. No entanto, continuámos à tareia. O que ganhasse iria com aquele tipo. Depois de alguns rotativos, chutos e bofetadas, apercebemo-nos que não iríamos a lado nenhum enquanto ele estivesse desmaiado. Fizemos portanto uma pausa e esperámos que ele acordasse.

Porém, ele demorou a recuperar os sentidos e os guardas abriram a porta, trazendo armas, cordas e vendas. Devia ser o tal momento da execução. Tudo parecia estar perdido. Stuart tirou o seu terço satânico e começou a rezar à trindade infernal: Baal, Mephisto e Sheitan. Eu decidi não me render e lutar até ao fim, mas parei. Pareceu-me que tinha ouvido uma melodia. E estranhamente parecia ser o início do Super Mario Bross. Os ursos também devem ter notado, pois estacaram e pôde-se vislumbrar uma expressão de medo na cara deles. O farol começou a tremer e a parede ao meu lado esquerdo foi rebentada por um robot. Esse robot era quadrúpede, tinha duas asas azuis, o dorso amarelo e cabeça e patas verdes. Tinha dois olhos de cor verde clara e perto do esquerdo um ferro comprido da mesma cor. À frente da sua cabeça, duas presas de enorme tamanho metiam medo a qualquer um. A tal máquina assemelhava-se com uma mosca mas tinha o tamanho de um tanque. Reparei que vinha dela a melodia do Super Mario Bross. Ela pára por segundos, vira a cabeça ameaçadoramente para cada um de nós. Quando esperávamos um ataque vindo daquilo, aparece o Rumba com um ferro verde-claro na mão idêntico ao que estava no lado esquerdo da cabeça da “mosca”.
- Malditas antenas! ‘Tão sempre a cair! Qualquer dia tiro-as de vez… - suspirou o Rumba, encaixando o outro ferro no lado direito da cabeça do robot.

Foi aí que reparei que eram antenas e reconheci-o logo! Era o EARL! O grande robot assassino de ursos que construímos secretamente nos laboratórios do Doutor Victor Van Doom. Sim, porque, como já deu para reparar no último post do Midd, nós encontramo-nos e somos ajudados por heróis Marvel bastantes vezes. Continuando, ele recomeçou a tocar a música habitual e depois atacou todos os ursos que lhe apareceram à frente. Infelizmente reparei que o Cláudio Ânus conseguiu escapar, saindo a correr para o seu carro e arrancando dali para fora o mais rápido que pôde. Mas, o EARL, como vingança, deixou o seu farol em fanicos, pegou numa vassoura e numa pá gigantes e varreu aquilo tudo, portanto se estavam a pensar irem a Vale de Fetal procurarem o tal farol, já sabem que não valerá a pena, pois já nem há vestígios dele. Depois, o Zacarias acordou e, como éramos quatro, jogámos umas quantas suecadas. Logo que acabámos, cada um partiu para o seu destino: o Zacarias foi falar com o vizinho para lhe contar o que se tinha sucedido, o EARL disse que tinha de se ir arranjar, pois tinha um jantar marcado com uma tal de Dora e eu e o meu mordomo fomos para o meu castelo. Demorámos quase um mês até chegar lá, porque o sítio onde moro é deveras longe da Setgás! Mas é que é mesmo!

Bem, depois de chegar ao meu castelo, escrevi por todo o lado: “Não postar tão frequentemente”, pois não me quero envolver em mais sarilhos destes.

Ass.: Lunático

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

A prima do Gilberto

Descia eu pela a avenida ali de Corroios aquela que vira á esquerda, quando vejo uma coisa completamente chocante, não é um gato roxo, não é um insecto gigante a dar brócolos a uma prostituta, não é uma mulher a vender arbustos para consumo diário, nada disso, mas a nossa ocasional cena de pancadaria, eu a aproximar-me da porrada, reparo que são dois homens, bem vestidos a dar com as suas pastas em cima um do outro e a puxar as gravatas um do outro, para tentar resolver aquela grande barafunda peço aos homens para cessar a tareia e não é que eles param mesmo.

Midd: oh senhores, qual é a confusão
Homem 1: foi ele, ele roubou-me o meu atrcion men
Homem 2: não roubei nada, encontrei-o no chão.
Homem 1: mas ele é meu.
Midd: calma lá, esta discussão é toda por causa de um boneco?
Homem 2: não é um boneco, é uma action figure
Midd: wua??
Homem 2: sim é uma action figure que faz parte de uma vasta colectânea de super heróis
Homem 1: pois é, isto não é uma nenuco nem nada assim.
Midd: então uma sharbie, é uma action figure?
Homem 1: não é não, pois ela não entra em séries míticas.
Homem 2 (sussurrando): sempre há a “sharbie e o quebra biscoitos de cão”
Homem 1: ahh, então tu vistes isso!
Homem 2: ouvi falar, não vi, só ouvi falar… ouvi falar.
Homem 1: és um mentiroso, eu bem sei o que se passou.
Homem 2: não sabes não! Não tens provas
Homem 1: eu bem te vi com os colans de rede e o batom

Nesse momento vejo que a conversa está a ir para caminhos negros e perigosos, eu rapidamente afasto-me, numa retirada táctica para um bar, entro no bar, com o seu normal afluente de pessoas, com varias decorações nas paredes, cabeças de veados, troféus de caça, duas cabeças humanas, um besouro do tamanho de uma mesa, um preservativo usado e um anjo a matar um demonio com uma moto serra, por de traz do balcão uma foto da Virgem Maria na leitaria a ser comida pelo anjo.
Sento-me no meio de duas pessoas que não conheço de lado nenhum, mas vendo que uma delas está extremamente perturbada, eu tento falar com ela:

Midd: está tudo bem com você?
Pessoa verde e extremamente grande: eu estar chateado, por eu ser verde
Midd: tu não és o hulk pois não?
Hulk: eu ser hulk, eu estar com raiva de ser verde. Por isso não poder voltar ao normal
Pessoa no outro lado: isso não é muito esperto pois não
Midd: e você é.
Sócrates: Mainuxo Sócrates.
Midd: o filosofo?
Sócrates: não, o politico.
Midd: chamas-te Mainuxo?
Sócrates: yah, o outro nome é só para disfarçar, isto é, quem votaria num gajo chamado Mainuxo?
Hulk: eu, voto, porque Sócrates amigo
Sócrates: está calado seu inútil monte de musgo.
Midd: vocês tratam-se bem.
Sócrates: imagina o que é passar dias inteiros a apanhar com esta conversa de atrasado mental e para alem disso ter um gajo qualquer a dizer que eu sou morto nos discursos.
Midd: quem é que disse isso?
Sócrates: um palhaço qualquer da tvijklmnop
Hulk: tvijklmnop má, eu esmagar tvijklmnop
Sócrates: calma grandalhão e tu Midd, o que fazes aqui?
Midd: como sabes o meu nome???
Sócrates: está sempre antes de tu dizeres qualquer coisa, como queres que eu não saiba?
Midd: ah, ok, eu estava aqui a fugir de uns homens que estavam a lutar por causa de um atrcion men
Sócrates (levantando-se repentinamente): o meu atrcion men!! Então são aqueles malvados que o têm. – E então ele corre para fora do bar.

Passado um tempo tendo uma conversa sobre a condição do país e a direcção/condição dos estudos no Portugal de hoje em dia. Ficamos num daqueles silêncios em que repetitivamente dizemos “yup”, até que outra pessoa senta-se ao meu lado e começa a lamentar-se.

Pessoa encapuçada e vestida de negro: esta vida não corre bem, porcaria da demónio, estúpida de primeira.
Midd (em choque): Morte!!!
Morte (olhando para mim): Midd! O que fazes aqui?
Midd: queimar tempo e tu?
Morte: disseram-me que ia haver umas mortes por aqui, por isso eu aproveitei e vim aqui beber qualquer coisa
Midd: então? Ainda estas em greve.
Morte: em greve? Tu substituíste-me por aquela gaja só porque ela tinha um cu maior.
Midd: alguma vez? Não te substitui nada!
Morte: quando ela veio ocupar o meu lugar por estar em greve bem que pareceu isso.
Midd: deves estar a passar mal. Eu não te ia substituir, tu, é que decidistes fazer a greve
Morte: não tenho culpa que tu te interesses mais por uma cara bonita do que por talento!
Midd: eu não me interesso pela cara…
Morte: ok… pelos seios e as nádegas
Lunático (que curiosamente estava no canto do balcão a enfrascar-se em vinho do porto): Braços e mãos! Quais nádegas, quais seios.
Morte: então tu és desses? Que acha que um seio é um monte de gordura e prefere andar a chupar na mão da gaja.
Midd: chaval, cala-te! Eu tenho um interesse em seios, mais do que qualquer outra pessoa. Desde que sejam jeitosos
Morte: estas a chamar-me chavalo para que? Eu tenho idade para ser teu, muitas-gerações-atrás-avô.
Midd: e depois? Só porque andas ai todo divertido a matar pessoas e no hawai e coisas assim a engatar umas índias com fartas carnes, que dão vontade de comer de todas as maneiras possíveis, não quer dizer que possas armar-te mais que os outros.
Morte: tu queres levar isto lá fora?
Midd: agora queres andar a porrada é?
Morte: não, apenas já morreram as pessoas que eu devia vir buscar.

Saímos para rua onde está o Sócrates com os braços ensanguentados e os dois homens que lutavam pelo boneco estripados no chão, o Morte saca de um bloco de notas aproxima-se dos homens e começa a tirar apontamentos, o Sócrates pega no seu boneco e vai-se embora.

Morte: eu vou-me embora por uns tempos.
Midd: vais para onde vais? Como será o mundo sem morte? Imagina um mundo onde ninguém morria? Imagina se o Hitler ainda estivesse vivo e entrasse em novelas brasileiras?
Morte: eu vou, porque a mãe pediu para eu ficar a tomar conta dos cães.
Midd (interrompendo-o): a Rita?!
Morte: não, a minha mãe, ela não percebe o quanto o meu trabalho é importante e está sempre a criticar, ela tem sorte de eu não ter escolhido ser nimpha, mas eu não queria desonrar o pai especialmente agora que ele está vivo, a minha mãe ficou mesmo destroçada quando ele renasceu.
Midd: podias parar de enrolar a conversa e ir ao assunto da morte neste mundo.
Morte: isso vou deixar para minha prima.
Midd: tu tens prima? E é boa?
Morte: é jeitosa sim, tem umas boas carnes… isto é a minha prima por amor de Rita, em que é que eu estou a pensar… e para alem do mais, porque é que tu estas tão interessado?
Midd: nada, mas ela não é esqueleto?
Morte: sabes… isso é um estereotipo dos piores, já na altura em que eu tinha a tua idade, também perguntavam porque é que eu não era esqueleto, é assim tão difícil de aceitar que nós, na família dos ceifadores de vidas também temos carne e nervos e músculos? Não somos só esqueletos cobertos em capas negras
Midd: pronto, deixa estar. Então isso quer dizer que ela pode ser.. tu sabe? – Começo a bater os braços que nem uma galinha, aos pulos pela rua, a dar cabeçadas em postes, e a rebolar pelo chão.
Morte: yah, pode. Mas tu não a tentes levar por maus caminhos, ela é uma rapariga decente e inexperiente, por isso não tentes nada com ela
Midd: achas que eu tentaria algo?
Morte: diz a outra também para se afastar!
Midd: a outra quem?
Morte: a outra, aquela que tem o cabelo loiro.
Midd: não estou a apanhar.
Morte: aquela que te perguntou da outra vez se ficaria bem de loiro.
Midd: e porque é que essa quereria aproximar-se da rapariga?
Morte: não, enganei-me, a loira mesmo
Midd: quem?
Morte: a que tem o fato vermelho e os cornos.
Midd: aquela maluca?
Morte: sim a que tem os piercing’s em sítios que ninguém quer ver?
Midd: já me perdi, quem?
Morte: a Cassandra.
Midd: aahhhhhhhhh…. Mas ela não tem piercing’s
Morte: tu é que ainda não vistes.
Midd: olha que já vi!
Morte: bem eu tenho de ir que já está na minha hora, daqui a uns minutos aparece ai a minha prima.
Midd: mas ela é agradável?
Morte: já passamos por isso.
Midd: estava a falar da dos piercing’s
Morte: vai-te matar.
Midd: tu não me fazes esse favor.
Morte: pois não faço. – O morte assobia e começa a aproximar-se algo
Midd: o que vem ai?
Morte: é o meu transporte.

Nesse momento ele lança-se com um grande salto para o meio da rua, só que a coisa que vinha ainda estava longe, mas passado uns segundos o que se via muito mal ao fundo passa a ser um camião em alta velocidade que leva o morte a sua frente estatelando-o contra o próprio camião e assim ele é arrastado para a casa da sua mãe.
Passado um tempo de andar a gritar “seios” e “nádegas” no meio da rua por razão nenhuma volto a entrar no bar e a sentar-me no sitio onde estava, mas agora nos lugares ao lado estavam duas pessoas estranhas, um homem com uma perna e um braço de pau e do outro lado uma rapariga com uma capa grande branca e o seu cabelo também branco. Ao sentar-me o homem salta do banco e apontando para mim diz.

Homem anormal relembrando um pirada oleoso: Meu rapaz, acabastes de anunciar a tua sentença de morte!
Midd: eu acabei de estar com ele por isso não mencione mais o nome dele por favor
Harupo: acabastes de estar com o Sentença? Eu pensei que ele estava de ferias
Midd: mas o que querias dizer com morrer e anuncia e golfinhos com metralhadoras
Harupo: eu não mencionei morrer, eu só disse que os golfinhos iam aprender a usar metralhadoras e iriam escravizar-nos a todos.
Mulher de manto branco: deixa estar, ele está assim porque tem um tumor no ânus
Midd: isso deve ser mau
Mdmb: eu disse para ele não se coçar com o braço de pau, as farpas infectaram e pronto, ele tem uns 7 minutos de vida.
Harupo: não tenho nada estou rijo que nem um pêro, podia mesmo agora caçar uma orca com as minhas próprias mãos.
Midd: ele parece bastante confiante.
Harupo: estas a ver, até este abacate falante concorda comigo.
Midd: abacate falante? Quer resolver isto lá fora?
Mdmb: não te chateies, ele está com alucinações, ele até confundiu-me com um frango.
Midd: e tem razão, já viu essas pernas, e esses peitos, dão mesmo vontade de, de, fazer uma loucura já mesmo aqui em cima do balcão
Mdmb: és um porco nojento, pensas que eu sou um pedaço de carne qualquer?........ Então vamos cometer essa loucura?
Midd (limpando o balcão): vamos!
Harupo (saltando para os braços da mulher): salva-me, os perus assassinos assados estão a querer comer-me vivo.
Mdmb: com a tua idade e com essa cara, devias aproveitar, sai de cima de mim!
Harupo: mas eles querem fazer papa de mim!
Mdmb: eu estive até agora na casa dos meus tios e tive de me comportar como uma pura de primeira, bem queria eu ser feita em papa nem que fosse por perus.
Midd: tu és estranha.
Mdmb: mas mesmo agora querias fazer uma loucura.
Midd: quem disse que já não quero?
Mdmb: chamastes-me estranha
Midd: e tu chamastes-me porco nojento.
Mdmb: estás-me a deixar-me tão quente com esta discussão.
Midd: então do que estamos a espera?
Harupo: estou a sentir-me quente
Midd: isso é um pouco desmotivante.
Mdmb: eu estava a espera disto.
Harupo: olha pássaros… mais pássaros.
Mdmb: isso vai ter com os pássaros.
Harupo: AHHHH!
Mdmb: o que se passa? – O homem esperneava e berrava nos braços dela. – O que se passa? Estas bem?
Midd: estas bem?
Lunático (que continuava no fundo da mesa a beber vinho do porto): estas bem?
Neo (que no fim das contas era o barman): tu estas bem?
Midd: estas bem?
Lunático: tu estas bem?
Neo: tu estas bem?
Midd: estas bem?
Lunático: tu estas bem?
Neo: tu estas bem?
Harupo: os pássaros estão a cagar-me em cima – depois disso tanto o Lunático como o Neoclipse voltam as suas vidas
Mdmb: oh, é só isso? – Pergunta ela enquanto passava a mão pela cabeça do velho.
Harupo: é!
Mdmb (para o barman): a garrafa mais pesada que estiver ai – o Neo passa-lhe uma garrafa para a mão e ela parte na cabeça do homem.
Neo: hei! Essas poucas-vergonhas no meu estabelecimento não! Podem fazer sexo na minha bancada mas matar homens a garrafada, isso é que não!
Mdmb: peço desculpa, eu vou levar isto lá fora.

Então a mulher troca de lugar com o Neoclipse e do outro lado ela espeta a sua mão no homem arrancando a uma figura fantasmagórica do corpo dele, que já parecia estar morto, essa figura desvanece na sua mão, depois de ver isso o Neo diz a mulher.

Neo: esse é o meu lugar!
Mdmb: e esse é o meu.

Eles voltam a trocar de lugar ela fica calada por um momento e depois volta a falar para mim.

Mdmb: então vamos cometer essa loucura?
Midd: é já! Mas espera? Depois daquilo ali atrás do balcão, tens alguma relação com o Gilberto Morte?
Mdmb: sou a prima dele

Tantatan taraaaaaan

Tan tararara tan tan

Tun Tun turun

Tunrurururan

Lunático: não pode!
Neo: não pode!
Midd: não pode!
Mdmb: mas tu conhece-lo?
Midd: eu sou amigo dele, ele falou-me de ti. Só que disse que eras mais, pura
Rita (que desce dos céus num raio de gloria): não pode!
Neo: já vens atrasada, oh gloriosa deusa!
Rita: raios e eu que pensei que ia ser original.
Lunático: misericórdia! Oh majestosa!
Rita: calma, parece que sou um elefante, mas por isso é que vocês são os meus escolhidos! – E então desaparece outra vez num raio de glória mas batendo com a cabeça no tecto.
Mdmb: podias repetir?
Midd: eu sou amigo dele, ele falou-me de ti. Só que disse que eras mais pura.
Mdmb: então eu não te falei da casa dos tios e tal?
Midd: pois sim, sim. Então quer dizer que já sabes o meu nome certo?
Mdmb: yah, está ai ao lado. O meu é Laura! Laura Morta
Midd: muito prazer. Agora podemos continuar o que estávamos a fazer?
Laura: agradecia.

Então salto para cima da suposta prima do Morte, mas antes que possa fazer algo oiço aquela voz que eu não esperei, uma voz que me encheu de medo e me fez arrepender do que eu estava a ir fazer.

Cass: então a mim não queres comer, mas uma estranha completa isso já não faz mal!
Midd: mas eu… mas… mas…
Cass: mas nada! Vai já para casa, já te divertistes o suficiente.
Midd: mas… mas…
Cass: ai, vai-te embora.

Eu começo a ir-me embora mas a Cassandra aproxima-se da Laura olha-a de cima a baixo e depois dá-lhe um cartão fazendo com a mão o sinal de “telefona-me”, mas ao tentar-se afastar, a Laura agarra-lhe a cabeça e no tronco e lança-lhe a língua ao encontro da boca dela, bem… fluidos trocam-se por uns bons cinco minutos enquanto eu o Neo e o Lunático olhávamos pasmados, mas passado cinco minutos de saliva e baba misturado com algo que parecia teias de aranha, eu decido afastar a Cassandra e começo a arrasta-la para casa.

Midd: então eu não me posso divertir, mas a menina já pode produsir teias de aranha com a boca
Cass: não eram teias de aranha, era supercola, nem sei como me tirastes dali
Laura: LIGUEM-ME!
Midd: estas a ver, ela está a querer-me a mim.
Cass: não, ela quer-me é a mim
Midd: não, é a mim que ela quer
Cass: a mim!
Midd: mim!
Cass: eu
Midd: nos teus sonhos. É a mim.
Cass: nos teus post’s!
Midd: tou-te a dizer, é a mim
Cass: não é nada

Fim…

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Hate post – A chamada Rant

Sinto-me com vontade de dizer merda, sobre mais merda, portanto há aqui algum pessoal que me vai ter de aturar neste ataque de fúria. Nem pensem em fugir! “we control your pc screen, we control de horisontal and we control.. bla, bla, bla” xpto e o camandro certo?

Bem estava eu a dizer merda já ali em cima e lembrei-me logo do que? De certos blogs que andam por ai, que até já lançaram um livro e que a meu ver, são uma merda, mais vale pegar numa metralhadora e furarmo-nos a nos próprios a ler aquele monte de lixo, o blog não tem conteúdo, não tem piada, é apenas um gajo a dizer muitas asneiras e a pensar que tem piada, eu pessoalmente acho nojento e fomentadores desse tipo de fast-humor, deviam ser punidos com a cremação das suas partes púbicas enquanto ainda vivos. O.K. talvez eu esteja a armar-me em parvo, mas francamente não estou não, o blog é um monte de esterco e só ganhou fama por causa daquela merda da comedia do Fernando Rocha (rocha faz lembrar outra pessoa que tem igualmente tanta piada ) “foda-se, ahahahahah ele disse foda-se o gajo tem piada, até estou em lágrimas” só acho que as lágrimas deviam ser causadas por um insecticida directamente colocado no cu dos gajos. Porra quem é que acha piada a um gajo que só sabe dizer aquelas piadas que toda a gente ouviu, mas com muitas asneiras? Para isso eu também me punha só a dizer asneiras durante este post todo e ganhávamos uma publicidade do caraças, já estou a ver as mentes putrefactas, todas “epah, já vistes? Aqueles gajos só dizem asneiras, que grande blog, depois de lermos e ficarmos desapontados porque eles têm piadas demasiado complexas para nós percebermos, vamos praticar sodomia com um martelo pneumático”.

E falando em martelos pneumáticos, vamos falar de pornografia, quem é que de vocês já viu daquelas cenas que nem acontece ao menino Jesus, ela telefona para o canalizador, depois começa a falar o quanto se sente sozinha depois do marido se ter ido embora e apôs isso repara que o canalizador está a tirar as calças, epah, perdoem-me a minha franqueza, Yah eu quero comer uma gaja, melhor, EU QUERO COMER UMA GAJA, mas se eu baixa-se as calças na casa de uma perfeita desconhecida, eu não a tinha logo a gaja a atirar-se a mim, a menos que fosse uma ninfomaníaca, as pessoas que pensam neste tipo de merda deviam enfiar um escaravelho pela garganta para ver o resultado, era mais fácil começar logo o filme com ela a fazer o oral, acabar com os tiros depois chegar lá um gajo, dar um tiro nos dois actores e estava feito. E depois ainda mais chocante, os gajos a aguentarem uma boa hora, ali na boa, se aquilo não tivesse cortes eu ainda achava mais chocante, não há homem que aguenta assim tanto, a menos que enfie um vigara pelo cu a dentro para ver se perde o prazer sexual, é estúpido, pornografia é uma das coisas mais estúpidas que existe. “Ahhh vou ver pornografia e imaginar que sou eu a come-la“ depois está o gajo a tentar divertir-se e quando olha para o gajo que está a come-la apanha um choque e perde tudo. Para alem do mais, deve ser uma auto estima, depois de acabar a sua masturbação olhar para o televisor, “hmmm acabei de me vir com imagens” e ver lá o outro gajo todo divertido a ter, algo que o outro queria ter… SEXO!
Sempre melhor do que aqueles pedófilos que andam por ai, qual é o gozo de comer uma criança? Ah vou partir-te todo/toda (porque sim, a maioria dos pedófilos são gay’s), o que? Deve ser muita auto estima também, dar prazer a uma pessoa que não tem resistência nenhuma e se são gays, deixem os miúdos em paz e vão enfiar um poste de bandeira pelo cu adentro para ver se ele sai pela outra extremidade.
[aparte] como descobrir se um homem é um mentiroso, perguntar se ele alguma vez matrubou. Se a resposta for não, ai têm um aldrabão de primeira, ou um puritano, de qualquer maneira, fora da cama ou dentro da cama, é muito provável que desaponte [/aparte]

Para alem do mais, o que me tem deixado mesmo com nervos, são aqueles gajos, que dizem que outros não fazem nada, mas depois tão sempre a pedir aos outros para fazer tudo por eles, são esse tipo de pessoas que degeneram a sociedade, não sabem fazer nada, por eles e querem sempre fazer com que os outros façam, coisas que eles simplesmente podiam aprender, coisas simples, coisas que… são estupidamente mais fáceis do que se agarrarem a um tronco de pinheiro e coçarem o cu lá, por favor façam um favor ao mundo, peguem numa nove milímetros e cavem uma gruta no vosso crânio, não deve haver muito para estragar

Resumindo, aprendam a apreciar o humor decente, não se sintam atraídos por pedofilia, seus viciados em pornografia que não sabem fazer nada por vocês a baixo.

Despeço-me com um abraço e com um tiro na cabeça de todos os possíveis anormais que me estão a chamar nomes neste momento por notarem que são uma escumalha nojenta da sociedade que apenas querem apanhar no cu por serem uns idiotas de primeira

Ass: Midd

P.s.: Obrigado pai, vai arder no inferno.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

ODE NASAL! ®

Ornamento vivo de adoração
Possuidor de possantes poderes;
Inocente objecto da tentação
Oriunda de carnais prazeres.

Amargo, insípido, talvez doce
Fulgindo sob o rubro cabelo teu,
Assaz me atrai como se fosse
Mais que vero no seu apogeu.

A maior pureza na luxúria dorme,
Criando um belo desejo romântico
Fruto duma vontade feia, disforme
Que se manifesta, sublime, num cântico.

Um Hino grandioso a eleva,
Estranha Ode à paixão e ao esplendor;
Régia cartilagem de Eva
Ostentadora do poder do Senhor.

É o Nariz que eu quero comer!,
Fruto da bela criatura maquilhada;
Altruísta para quem o quer ver,
Comia-o todo duma só dentada!

Celebraríamos ardentemente o pecado,
Partilhando juntos o nosso prazer.
Com sangue e muito ranho derramado,
Unidos veríamos o sol nascer.

Seríamos para além de dois: um só!
A estrela seria a nossa guardiã.
Reconciliados sem pena ou dó,
Acordaríamos juntos de manhã

Em comunhão com a tua imperfeita
E aparente beleza que me fascina;
Que me hipnotiza de forma contrafeita
Fomentando esta paixão que me domina.


(Porém, oh!, pensar tal imaginação extraordinária,
Atenuando a realidade tão cruel e sanguinária,
Tal como a expectativa que o mundo que há-de vir
Realize finalmente o meu sonho de existir
Integrando na minha paixão o meu ser total e absoluto,
Cingindo nela o obscuro manto de eterno luto,
Indiferente aos ódios de um mundo decadente
Alheia eternamente a esta vida inexistente!)


Por mim passa esta doença de paixão febril
Como uma insignificante brisa primaveril…

Como senhor desta paixão impero,
Gerando uma provocadora nostalgia
Dentro do meu bravo coração austero
Uma sensação intensa de melancolia.

Paradoxais sentimentos erróneos
Causados pelo seu cabelo Infernal;
Sussurram-me aos ouvidos os demónios
Habitantes desse Paraíso irreal.

Recitam-me poemas de sedução,
Trovas repletas de luz e magia;
Impérios caíram com tal ovação
Alvos desta tétrica feitiçaria.

Atravessando os tempos ecoam
Seus milenários tentadores gemidos,
No ar, fúnebres marchas ressoam
Por grandes semideuses combalidos.

Mas perante todas as adversidades,
Pelo Nariz eu me aventurarei
Fazendo frente a quaisquer atrocidades
Por Ele o impossível farei!
Pois nas redes me vi emaranhado
Deste ornamento vivo de adoração
Num suposto futuro condenado,
Será a causa da minha perdição!


Miguel Martins


A pergunta à qual não obtenho resposta é a seguinte:

Será o poeta um "fingidor"?

NZL

Sessão a dois - Parte 2

Passado um mês a Cassandra volta com um pacote de pipocas cheia de arranhões e toda chamuscada e a balançar de um lado de fraqueza, ao ver aquela figura eu dou um salto para trás bato com a cabeça no candeeiro e espeto-me de costas em cima da mesa partindo-a ao meio. Ao ver esse teatro todo a Cassandra com uma voz murcha e trémula pergunta-me.

Cass: queres que eu vá comprar uma mesa também?
Midd (levantando-me): nah, deixa estar
Cass: ok – após dizer isso ela cai mesmo de cara no chão
Midd: estás bem? – Ela não responde nada por isso eu preocupado volto a perguntar-lhe. - Mas tu estas bem?

Vendo que ela está mesmo desmaiada, porque após perguntar umas dez vezes se ela estava bem sem obter resposta, ela deve estar mesmo mal, pego nos seus braços e arrasto-a para dentro da casa, agarrando nela ao colo meto-a no sofá, após isso vou-lhe preparar algo para ela comer, passam umas horas e ela recupera os sentidos, ponho-lhe o tabuleiro com almoço a frente ela olha para o tabuleiro sorri, agarra nele, senta-se normalmente e começa a comer.

Midd: espero que gostes.
Cass: depois do que eu passei, até me podias servir estrume.
Midd: e se for estrume?
Cass (olha para mim com um ar assustada até deixa cair um bocado da comida pela boca abaixo): bem… posso dizer que é o melhor pedaço de merda que eu alguma vez comi.
Midd: ainda bem que gostas e só um aviso, não é estrume. Quero ver-te bem
Cass: então podias-me fazer um favor.
Midd: claro
Cass: podias… - ao tentar dizer o resto a Cassandra desmaia e bate com a cabeça do tabuleiro, depois de a bater, cai para o chão batendo outra vez com a cabeça a isso acontecer, o Lunático aparece pela janela pergunta.

Lunático: mas tu estas bem?
Midd: estas bem Cassandra?
Lunático: mas tu estas bem?
Midd: estas bem?
Lunático: Cassandra, estas bem?
Midd: o que é que estas aqui a fazer?
Lunático: não sei, eu ia fazer algo mais importante, mas esqueci-me o que era, por isso passei por aqui para fazer nada.
Midd: esse algo tinha a ver com Leonor?
Lunático: AH, yah, lembrei-me. – E então lança-se outra vez pela janela de volta para a rua

Passadas mais umas horas já tinha eu preparado as pipocas, devo dizer que faço umas pipocas do melhor que há por ai, espero um bocado fecho as janelas faço um pouco de nada até que ela acorda outra vez. Ao ver uma taça de pipocas, ela pega na taça e afunda a sua cabeça nela fazendo um ruído esquisito ao mastigar, afasta a tigela da sua cara dá um momento para respirar e depois volta a enfiar a cabeça na taça mas desta vez já com a taça mais vazia ela bate com a cabeça na tigela partindo-a no impacto, após isso cai para o chão de cabeça. Nesse momento o Lunático aparece outra vez pela janela mas desta vez como eu a tinha a janela fechada ele bate contra o vidro, cai para o chão e passado um bocado volta a bater a porta, eu vou abri-la e ao entrar ele diz:

Lunático: mas tu estas bem?
Midd: pois…
Lunático: estas bem?
Midd: pois…
Lunático: estas bem?
Cass( ganhando consciencia): pois…
Lunático: mas tu estas bem?
Cass: poooois….
Midd: poooiiisss…
Lunático: certo
Midd: estas bem?
Cass: pois
Midd: Pois
Lunático: hmm
Cass: pooooiiiissss
Midd: poissss
Lunático: hmmmmmm
Cass: certo
Midd: yah
Lunático: sim
Cass: pois
Midd: hmmm
Lunático: certo.

O Lunático fecha a porta e vai-se embora e logo após isso a Cassandra perde os sentidos outra vez cai no chão rebola até a mesa onde se encontrava a televisão e bate nela violentamente, mas a mesa não se mexe, eu volto a pegar nela e a pô-la no sofá, mas achando que afinal ela está demasiado desconfortável ali, ou o sofá está amaldiçoado e por isso é que ela acaba sempre com os cornos no chão, de qualquer das maneiras deito-a na minha cama. Passado umas horas ela acorda e ao olhar onde está sorri para mim e pergunta-me:

Cass: queres mesmo que eu me cure?
Midd: sim
Cass: queres mesmo que eu fique bem?
Midd: Sim
Cass: queres mesmo, mesmo, mesmo que eu me cure?
Midd: Sim
Cass: posso andar nua pela casa?
Midd: si.... NÃO!
Cass: só para testar.
Midd: Não tentes te esticar mais
Cass: ah, mas devo dizer, sabe bem ser assim tratada, sabe mesmo bem. Acaricia-me.
Midd: o que?
Cass: não perguntes o que, tu é que estas a tratar tão bem de mim. Diverte-te comigo.
Midd: tu estas a dar nas vistas.
Cass (rindo-se): dando nas vistas? Oh o que é que estas a falar. Possui-me.
Midd: Não está a ter piada
Cass: o que? Eu só estou a dizer que estou a gostar muito da atenção que estas a ter por mim. Come-me
Midd: para com isso.
Cass: oh tu estas parvo agora ou que? Viola-me

Eu pego num taco de baseball que costumo ter ao lado da minha cama e dou uma mocada na cabeça da Cassandra, após isso oiço outra vez alguém a bater-me a porta, corro para ir ver quem era, mas era só o Neoclipse, que pergunta-me logo que eu abro a porta.

Neo: dissestes michelle?
Midd: não, disse não!
Neo: dissestes sim! Estas a enganar-me para que?
Midd: mas eu…
Neo: não me tentes enganar! Tu estas obcecado por ela!
Midd: mas eu não disse nada, tu estas a inventar!
Neo: não estou não, tu é que estas obcecado!
Midd: mas eu… mas… mas…
Neo: Es parvo
Lunático (que estava a passar por ali a caça de um comboio para ir para o porto): eih! Eu sou o parvo.
Neo (corrigindo-se enquanto o Lunático se ia embora): ok, ele é o parvo, tu és estúpido!
Midd: não sou nada *sniff*
Neo: o que? Agora vais chorar?
Midd: acho que sim?
Neo: ai é? Ai é? – Começando a soluçar – Olha que eu choro também.
Midd: epah… tu é que fizestes-me chorar.
Neo: não fiz nada! – Ao dizer isto ele foge a chorar deixando-me sozinho igualmente a chorar.

Após me recompor, eu entro outra vez no meu quarto para ver como é que a Cassandra se encontra, ela já estava de pé e parecia bem, especialmente por já não ter um trapo a frente do seu corpo, eu ao vê-la assim fecho rapidamente a porta, ela ao ver isso diz:

Cass: epah, se não me queres ver assim, tens de parar de te fechar dentro do quarto também
Midd: eu sei, eu estou estúpido
Cass: Não és estúpido, és um rapaz extremamente esperto e simpático. – Ela aproxima-se de mim e agarra-me nas mãos. – És uma pessoa boa e não te devias estar a massacrar sempre por coisas que, acontecem a qualquer um.
Midd: até acreditava nisso, mas o facto de estar completamente nua tira a credibilidade toda a isto.
Cass: uh, tens razão esquece o que eu disse, és estúpido mesmo.
Midd: obrigado pela consideração. – Respirando fundo preparo-me para dizer algo sério. – Vai-te vestir
Cass: ei! Eu gosto de andar assim.
Midd: eu não. – Repensando. – Até gosto. – Repensando outra vez – eu não gosto, sou comprometido – repensando outra vez. – O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia.
Cass: o que?
Midd: não ligues.
Cass: mas pois bem, eu vou vestir qualquer coisa. Depois vai ser a nossa sessão de televisão certo?
Midd: claro que sim, está tudo pronto, só que… tu… já cometes as pipocas todas.
Cass: caga para as pipocas, arranja-se outra coisa.

E então saio do quarto e vou arranjar qualquer coisa para roer, pois finalmente depois disto tudo a nossa sessão de televisão vai começar.

Continua…

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Deusa que desceste do teu paraíso
És portadora de uma beleza inigualável
Não somos merecedores da tua divina presença
A tua perfeição é admirável!

E admirável é o teu nome, Leonor!
Um nome místico, superior e nobre.
Seis letras, seis simples letras que fazem com que
O nome das grandes deidades pareça pobre.

As deidades mais belas te invejam.
Nenhuma delas é tão linda
Como tu, e só tu, o és. Quanto à
Lista que não fizeste ainda

Aquela lista onde supostamente viriam
Nomes de mulheres que pensas serem mais bonitas,
Mesmo que ponhas as divindades mais solenes
Comparadas a ti não passam de parasitas!

E parasitas são a Hera, a Freyja, a Afrodite,
A Ísis, a Ishtar, a Deméter, a Selénia e a Ashtart.
E só tu és merecedora de culto, de veneração
De amor, de paixão: de tudo o que estou a dar-te!

Mereces tu tudo isto e até muito mais
Mas dado por alguém melhor que eu.
És a única mulher no Mundo que me honro
Ao dizer que o meu coração é teu!

E teu é o Mundo onde a minha mente vive
Nomeio-te Rainha do meu Reino imaginário
Lá serão construídos templos em tua honra,
Majestosos palácios e um imponente santuário.

Os habitantes serão chicoteados até te venerarem!
Quem blasfemar contra o teu nome será executado!
As crianças considerar-te-ão a sua única heroína!
Todos os domingos o teu nome será louvado!

Louvado e bendito seja o amor que sinto por ti!
Selado está o meu coração neste momento.
Eu próprio o fechei depois de teres entrado nele.
Leonor, morrerei contigo no meu pensamento!

É no meu pensamento onde habitas.
Das catorze ou quinze horas em que estou desperto
Não há um único minuto que não pense em ti
E quando não me dás notícias sinto-me num aperto.

E num aperto me sinto por não poder estar contigo.
Rezo aos deuses para que Agosto chegue rapidamente
Para te tomar nos meus braços, sentir-te com as minhas mãos
E com os meus lábios acariciar os teus ardentemente!

Ardente de paixão me sinto sempre que te vejo
Lindíssima naquela fotografia que me enviaste.
Permite-me que faça um aparte e diga a mim mesmo que:
“Filipe, esta rapariga superou tudo o que sonhaste!”

E com muito sonhei eu, mas nada que se assemelhe a ti.
Tu foste sem dúvida alguma o melhor de tudo na minha vida!
Mataria e morreria por ti se fosse preciso!
Se depender de mim nunca me afastarei de ti, minha querida!

E ai de Jeová ou Satã que nos tentem afastar!
Eu próprio assassinarei um por um dos seus crentes!
Incendiarei todos os templos onde lhes prestam culto!
Nem os sacerdotes da minha vingança sairão isentes!

Isente de ciúmes não consegui ficar
Quando disseste à minha frente que a tal de Guida amavas.
Inseguro no meu pensamento senti raiva, inveja
Mesmo sabendo que no fundo brincavas.

No fundo sou apenas um indivíduo com uma mente fraca.
Não entendo como tu, sendo a Divindade que és
És capaz de gostar de alguém inferior como eu.
Eu devia era ser obrigado a ajoelhar-me a teus pés.

E é com certeza a primeira coisa que farei
Quando te vir, minha eterna amada!
Uma mais que merecida vénia e até umas palavras doces.
Tudo farei para te deixar corada!

A mim me deixaste espantado
Quando pela primeira vez disseste:
“Gosto muito de ti.” Continuo sem perceber
Como uma grande admiração por mim fizeste.

Com uma grande admiração tenho andado a ver
As nossas primeiras conversas. É curioso como tudo começou!
E incrível é o facto de nem sequer ainda teres me visto
E já teres me dito coisas mais belas que alguma outra rapariga ousou.

Ousados são os sonhos que tenho contigo!
E tu és a mulher mais linda que existiu até agora!

Ao contrário de todas as paixões que até agora tive
Nesta não tenho sentido sofrimento ou dor.
És sem dúvida a mulher da minha vida!
Amo-te mais do que tudo, Leonor!