domingo, agosto 24, 2008

L

Os passos ofegantes ouviam-se pelo meio da chuva que caia durante a noite, uma figura sinistra coberta de negro corria pela floresta. As roupas começavam a pesar-lhe e ele temia que o objecto que ele tentava salvaguardar não ficasse tão… salvaguardado.

Pelo breu da noite ele conseguiu observar a luz roxa da tocha que sinalizava o ponto de encontro.

Ao chegar perto da tocha verificou que se encontrava perto de uma caverna que estava com luz. “Já está lá gente” pensou ele apressando o passo até irromper da penumbra para a luz ofuscante da caverna. Na parede oposta á entrada estava um enorme LCD passando episódios das “donas de jardins algo alegres”, no centro da caverna encontrava-se uma mesa com vários indivíduos a discutirem e a jogarem ao peixinho. Ele avançou despindo o casaco negro pesado pela água, pegou no saco, que protegeu com tanto zelo da chuva e de outras criaturas menos agradáveis que se atravessaram no seu caminho, e com a respiração ofegante do cansaço e de achar a ruiva do LCD algo agradável colocou-o em cima da mesa causando um arrepiante silencio na caverna. As pessoas que estavam á volta da mesa entreolharam-se. Um deles pegou no saco, abriu-o e deixou cair o seu conteúdo dentro de uma taça e disse.

Neo: estava complicado de chegares aqui.
Varg: tivemos problemas, esquilos, e guaxinins.

O Varg pega numa caveira que guardava num dos bolsos do seu casaco e coloca-a em cima da mesa. A caveira começa a emitir uma luz amarelada e uma voz feminina emana dela.

Cass: mais um dia fechada aqui e obrigada a andar nos teus bolsos e eu mato-te!!
Varg: mantêm o volume baixo, pelo menos não apanhaste chuva enquanto foste buscar um único pacote de fritos.
Neo: eu disse que devíamos ter tido uma reunião num sítio mais civilizado, onde a mercearia fosse exactamente ao lado.
Varg: estás a queixar-te de quê? Foi a mim que calhou a palhinha mais pequena!
Neo: não posso estar solidário é?
Cass: viste… ele ao menos é simpático.

Varg calou-se e sentou-se desconfiado da excessiva solidariedade do seu colega de armas. No entanto tempo para desconfianças e partidas infantis tinha de parar, por mais que fosse divertido meter queijo como munição da minigun de Neo ou fazer grafitis na parede do castelo do Lunático, haviam coisas que tinham de ser travadas… como por exemplo, quem vestia incessantemente a Cassandra de freira, que era uma dor de cabeça para qualquer pessoa ou criatura num raio de 3 km.

Lunático: Então és tu que andas a estragar-me o castelo!
Varg: não leias o que estou a escrever porra! Isto é meu!
Lunático: tu tens a noção de quanto tempo eu e o Stuart gastamos para limpar aquilo? E ele não tinha produtos de limpeza… por alguma razão que ainda estou a tentar descobrir… quer dizer ele é o meu mordomo e não tem produtos de limpeza… o que é algo estranho…
Neo: Espera lá! Estás a escrever essas coisas? Deixa-me ler…
Varg: não! Isto é meu, não deixo!
Rumba: Zzzzz Caloriraaaaas!!! Zzz…. Mamas!.... Zzzz Caloiras!!!
Neo: aposto que fostes tu que me mandaste tomates podres ao bunker!
Lunático: não espera isso fui… Sim! Foi ele! A culpa é dele!

A tensão que nesta noite se tentaria desfazer começava a nublar as mentes dos presentes, excepto do Rumba que dormia quase pacificamente. A verdade é que todos tínhamos metido a pata na poça mas ninguém estava pronto a admitir tal coisa, quer fosse a evitar demónios e ursos de entrar nas nossas terras, a governar com pouca certeza, passar os dias a comer produtos com chocolate e dormir por todas as partes da casa, ir às compras, fazer grandes produções cinematográficas, todos ocupavam-se com algo que evitava o dialogo, a diplomacia e ao fim de muitas conversas falhadas e maus planeamentos é que conseguiram organizar este encontro.

Neo: então… andamos com isto ou não?
Lunático (comendo fritos): é tudo o mesmo, não vamos sair daqui com nada resolvido.
Neo: mas então se vamos continuar com esta reunião…
Varg: sim… vamos esclarecer o nada que temos andado a discutir… o nada igual a este sitio todo.
Neo: o quê? Antes o nada do que coisas sem piada e nexo só porque o rapaz se sente inspirado para parvoíce.
Varg: como te atreves! Pelo menos alguma coisa tem sido feita.
Lunático: vá, vá! Apelo à razão e à calma!
Varg: calma nada! Chego aqui, com toda a minha sinceridade para fazer um acordo de paz e…
Cass: acordo de paz nada! Vamos é bater no abutre.

Faz-se silêncio, mas desta vez as faces dos Imperialistas já demonstrava alguma calma e ponderação enquanto o Rumba continuava a ressonar.

Neo: onde está o abutre?…
Lunático: boa questão… também quero saber o que ele andou a fazer-nos neste tempo.

Mastigando ruidosamente fritos, o Lunático levanta-se e deambula um pouco pela caverna pensativo

Lunático: É um assunto serio de facto! Quem sabe se ele virou para o lado dos ursos!
Varg: Ele nunca faria isso! Mais rápido se meteria em combate com um zorro de branco do que virar-se contra nós!
Neo: tenho de concordar…
Lunático: não levem isso assim! Ele pode muito bem trair-nos a qualquer momento e não sabemos de nada.
Cass: pfft! Acho que ele preferia andar a assassinar pessoas com telemóveis do que aliar-se aos ursos.

A campainha tocou metendo todos em alerta. Havia qualquer coisa estranha naquilo, especialmente pelo facto de não haver porta, quanto mais campainha, para alem do buraco da caverna havia pouco naquilo que lembraria uma casa. Os imperialistas, excluindo o Rumba que continuava a dormir e a Cassandra que continuava presa dentro da caveira, deslocaram-se até à entrada. Lá encontraram um esquilo, com uma campainha portátil e um grande saco.

Varg: o que vem a ser isto?
Esquilo: isto? Isto não é nada! Mas pode ser. Se os senhores assim o quiserem.

Os imperialistas entreolharam-se interrogados.

Esquilo: pois é! O que eu tenho aqui é uma oportunidade única! E oferecida só a vossas excelências.
Lunático: oferecida só a nós? Apesar de estarmos numa caverna escondida e que ninguém sabe dela.
Esquilo: paginas amarelas…
Neo: vês? eu disse para não montarmos telefone aqui!
Lunático: mas era preciso, imagina que o presidente telefonava.
Neo: qual presidente?
Lunático: ahmm…. O… o… aquele que nos telefonou da outra vez…
Esquilo: meus senhores, meus senhores! Não nos vamos afastar do assunto em questão!
Lunático: mais importante do que descobrir quem mais sabe da nossa localização? Eu não admito isso! Os ursos já poderão saber, os marroquinos! Podemos já estar a ser atacados por forças de outra dimensão!…

Enquanto Lunático continuou a divagar sobre os vários perigos do local de encontro secreto dos imperialistas ter sido descoberto os restantes continuaram a conversa.

Neo: mas então qual era o assunto?
Esquilo: pois bem… já alguma vez se questionaram de onde vem a galinha?
Varg: que pergunta estúpida, vem do ovo!
Esquilo: ahah! Isso é o que pensam! A verdade é muito mais extensa e doentia! e muitas mais verdades que os media escondem de nós podem-vos ser reveladas com a maravilhosa ensiclopedia: “Toda a verdade e não só!”
Lunático: … depois os marsupiais tentaculares magenta de Éris! Dizem que é o décimo planeta! Bah! Eu sei que é a sua nave mãe!...
Varg: isto tudo para nos vender uma enciclopédia?
Esquilo: não só! Para alem de receberem a maravilhosa enciclopédia também serão roubados de artefactos poderosos que os meus aliados ursos cobiçam…

Houve um silêncio parvo entre os quatro indivíduos, pois até o Lunático que continuava a divagar se calou ao ouvir as palavras que o roedor proferiu. Pouco tempo até o esquilo pôr-se em fuga e os Imperialistas o perseguirem até ele se esconder no topo de um árvore.

Varg: sai daí! Só estás a atrasar o inevitável!
Esquilo: vocês não sabem o que falam! Eles virão! E vocês não poderão fazer nada em relação a isso!
Lunático: de vendedor de enciclopédias passas a pregador do apocalipse? Que falta de imaginação!
Esquilo: quem são vocês para criticar falta de imaginação! Tanto post que podia ter sido feito e vocês não fazem nada!!
Lunático: tens andado a dormir ultimamente! Até têm saído uns quantos e com piada!
Esquilo: tarde demais! Vocês estão condenados! Ahahahah!
Varg: vá lá! Deve haver algo que podemos fazer.
Lunático: que tal se te arranjar-mos nozes... seria bom para ti não?
Esquilo: quais nozes?
Lunático: bem… aquelas… de… AGORA!

Ao comando do Lunático, o Neo montado num dragão chinês gordo apareceu por detrás de uma pedra e comandou a majestosa besta a incinerar a árvore e o esquilo.

Enquanto ardia, o esquilo berrava pragas e maldições para os imperialistas, enquanto lhes lançava sem muito pouca pontaria as enciclopédias em chamas.

Dragão: portanto… deves-me uma…
Neo: sim… sim…
Dragão: a serio, porque se eu tiver à espera da Anuket para me apresentar dragoas no Hi5 tenho filhos sozinho antes que isso aconteça
Varg/Lunático: o quê?!
Neo: sim… vai-te lá embora, quero ver se despacho isto…
Dragão: espero que sim! Bem... vou voltar para a mala dela antes que dê por minha falta.

O dragão esvoaçou com dificuldade dali para fora com dificuldade devido ao peso e quando os ânimos começavam a acalmar ouve-se um grito vindo da caverna.

Cass: Rumba sua besta ignóbil! Acorda e ajuda-me!... Hey! Tira-me debaixo do teu sovaco! Isto é muito pouco sanitário!

Os imperialistas correram de volta para a caverna apenas para ver uma criatura peluda a puxar um saco pela janela.

Lunático: O Pai Natal!... quer dizer… Ursos!!
Varg: ou isso ou um Pai Natal urso
Neo: eu disse-te que não devias ter feito uma chaminé nesta caverna!
Lunático: estava com fome. E estar a cozinhar sem janela faz muito fumo.
Neo: mas tu estás a pensar em mudar-te para aqui?
Lunático: … talvez…
Varg: podemos deixar isto para outra altura? Eles levaram a Cassandra!
Neo: E OS FRITOS!!!

Todos olharam horrorizados para o local de onde a tigela de fritos tinha desaparecido. Um artefacto de tamanha importância e poder tinha sido roubado debaixo das suas barbas o que os lançou numa perseguição desenfreada aos ursos.

Os ursos já tinham vantagem no caminho, mas era noite e precisavam de ir dormir cedo e era nesse pormenor que os imperialistas contavam. Foram seguindo o rasto deixado por eles de embalagens bolicacau-com-nozes, pegadas e pastilhas apenas metade mastigadas, até que chegaram ao que parecia ser o acampamento montado por os ursos, mas um arrepio correu pela espinha dos Imperialistas havia algo de errado. Ao chegarem ao suposto acampamento encontraram uma grande pilha de corpos a arder e uma figura feminina carregando um machado com um lacinho rosa na ponta, carregava um corpo de um urso que posteriormente lançou para a pira de corpos já existente.

Ao ver os imperialistas a chegar ela cravou o machado no chão e aproximou-se deles. Afastou os seus longos cabelos encaracolados da cara mostrando os seus olhos, um deles com um sinistro brilho vermelho, e sorriu para os imperialistas.

Mulher: Boa noite senhores, achei que estava um pouco escura portanto decidi iluminar um pouco as coisas. O que acham desde espectáculo?

Os imperialistas ficaram a olhar em choque e admiração para a criatura que estava perante deles. À muito tempo que não viam tamanha atitude pró-activa e tamanho bem estar em relação a isso. Os ursos mortos eram muitos dando-lhe estatuto de B.A.U., mas ninguém a conhecia e a sua presença enigmática.

Mulher: já agora, chamem-me L.

quarta-feira, agosto 20, 2008

JAVA 8.0: O louco do mar

Final do Capítulo 6.0: O petisco de Gre~Ay


A batalha terminara e Gre~Ay mastigava violentamente os seus tremoços com os dentes da frente, com os lábios bem abertos, tentando fazer-me inveja e salpicar-me. “Não-te-dô-u! Não-te-dô-u! Lava a cara com chulô...u!” cantarolava ele com a boca cheia e ar triunfante.

“SILÊNCIO!”, gritou-me ele apesar de eu não ter dito nada. “Espera até eu passar aos torresmos”, disse do lado de lá do bufete, junto à zona dos petiscos.

“Quero lá saber, nem gosto de torresmos...”, berrei da minha gaiola.

A criatura engravatada parou o que estava a fazer e voou na minha direcção com o pé em riste, desferindo-me uma patada violenta na cara. O meu sangue espalhou-se pelo refeitório do zigurate, transformando arrozes à valenciana em arrozes de cabidela.

“Isto....” disse ele, puxando lustre à bota e levantando-se repentinamente, “é um atacador!”

Quando ergueu o atacador eu abri a boca de pasmo. Era de facto um atacador grandioso em belíssimo estado. Aquela bota é sem dúvida abençoada, porque atacadores como aqueles não se encontram em qualquer lado. Maravilhei-me com aquele atacador durante alguns segundos, segundos esses em que até o mais ínfimo pensamento se limpou da minha mente, e eu fiquei uns centímetros mais próximo da pureza de espírito. Viva o atacador!!



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JAVA 8.0: O louco do mar


Com Gre~Ay a correr no nosso enlace, fechámos os olhos e atirámo-nos do topo da cascata. Caímos durante longos segundos até ao nível do mar e demos à praia inconscientes. Quando acordei, Éspe jazia a meu lado com o pescoço partido, as suas cordas seguravam-lhe o seu último fio de via como… cordas e ele murmurou para mim baixinho: “Não poderás prosseguir continuando a carregar-me como um peso morto. Terás de continuar sem mim.”

“Não, ” disse eu contendo as lágrimas. “sem ti não será o mesmo!”

“Vai, talvez nos encontremos um dia que voltes ao teu mundo. Não te esqueças, usa a colher.” disse enigmaticamente, e com um último powerchord em Dó, despediu-se.

Chorando, esfreguei a colher de pau que roubara do zigurate de Gre~Ay. Esta colher de pau, qual boné do Mighty Max, teletransportou-me para um sítio onde eu nunca antes estivera. Estava agora dentro de uma cave bolorenta que se abanava e rangia ao som das ondas. No ar misturava-se o cheiro a sal com o cheiro a bolor e pólvora seca.



Subi as escadas e cheguei ao convés de um barco pirata. Três piratas que aparentemente estavam a grelhar salsichas do tipo frankfurt pararam o que estavam a fazer e olharam para mim estupefactos. Um deles dirigiu-se a mim.

“Olá, o meu nome é Fernão de Magalhães! Bem vindo ao meu cruzeiro intercontinental! Espero que a viagem esteja do seu agrado e se precisar de alguma coisa, disponha sempre!”

“E que tal um batido de caju?”

Magalhães estala os dedos e um dos piratas que estava a grelhar as salsichas desapareceu rapidamente da nossa vista, para trás do balcão de um bar.

“Então e de onde vem, caro visitante?”

Contei-lhe rapidamente a minha história. Ele ficou maravilhado ao saber que eu provavelmente viajara no tempo para chegar ali, mas nenhum de nós sabia muito bem como teria sido isso possível. Foi somente após algum tempo que ele me perguntou se sabia qual seria o resultado da sua viagem. Lembrei-me então das aulas de programação do Grande Mestre J~Ap e contei-as a Magalhães.

“Bem, se bem me lembro, a sua viagem será a primeira a circum-navegar o globo terrestre.”

“A sério? Mas eu não tenho vontade nenhuma de fazer isso...”

Nisto, aparece o outro pirata com o meu batido.

“Pois,” continuei eu entre golos de batido “ acontece que você vai morrer numa batalha, e quem vai acabar a viagem é aquele personagem efeminado que está ali a maquilhar-se... Ele provavelmente achou que seria popular lá na terra dele se fizesse isso no lugar de um português...”

“Então é mesmo verdade. HANS! Trata daquele homem!”

Um calmeirão chamado Hans passa por mim e agarra em Elcano, atirando-o à água repleta de tubarões.

“Mas... mas...”

Vendo aquilo acontecer, todos os piratas começaram a cantar uma música piratesca, com a melodia da Raspa Mexicana.

“Se não confiares nas algas
Em que poderás confiar?

Se não confiares nas algas
Em ninguém poderás confiar...”

Fui a correr para o muro de madeira que separa o barco do horizonte e felizmente não vi tubarões. Infelizmente, após alguns instantes, vi Elcano a transformar-se numa cenoura gigante e a aparecer um gigante tubarão-coelho do fundo do mar, que o deglutiu de uma só vez.

Magalhães explicou-me que já andavam boatos no ar que diziam que Elcano era o fantasma de um canibal extraterrestre que estava amaldiçoado por ter destruído o coração de uma princesa zombie e a única maneira de quebrar a maldição era matando Magalhães para dar a volta ao globo com o barco dele e ficar com a fama toda.

“Eu compreendo, mas matá-lo vai alterar a História toda e não sabemos que consequências isso poderá ter! Podemos todos transformar-nos em bichos verdes viscosos escamosos feiosos com pés mal cheirosos!”, disse eu lembrando-me do som do trovão.

Magalhães deixara de prestar atenção à minha frase a meio desta. Via no horizonte um barco da marinha inglesa e mandava agora içar a bandeira pirata. Vinha a caminho mais uma fortuna para os cofres portugueses.

“Magalhães... O grande mestre J~Ap preveniu-me para isto. Ele disse-me que o bom programador nunca deve atacar barcos ingleses em busca de despojos porque eles podem virar-se contra nós e morder-nos os tornozelos! Em vez disso, deve estudar todos os dias a API do J.A.V.A. e ser alguém na vida.”

Magalhães olhou para mim com ar desconfiado. Seria eu mais um enviado do inimigo para sabotar a missão dele de pilhar todos os navios ingleses? Seria eu um associado do Elcano? Seria eu o anticristo enviado pela besta para provocar o Apocalipse? Ou, pior ainda, seria eu um amigo do Engenheiro José Sócrates?

“HANS! Trata daquele homem!”

Hans dirigiu-se a mim com uma garrafa de vidro, material ainda não inventado na altura, esperou uns minutos para que eu acabasse de beber o meu suminho de caju, e ferrou-me um golpe na cabeça que me deixou a ver navios.

“Ouça,” disse eu com a cabeça a andar à roda “se me quer deixar inconsciente, aconselho-o a bater-me antes na nuca.”

“Onde?”

“Aqui assim.” apontei “E dê uma inclinação à garrafa de cerca de 135º.... Mais para a esquerda......... Isso, assim. Tente lá ago--”

...

Quando recuperei os sentidos estava em frente a um modesto palácio rodeado por estranhas árvores que pareciam algas gigantes. Estava submerso.