quarta-feira, junho 23, 2004

Manual de Sobrevivência para a Humanidade

O título diz tudo. Neste post, o qual se tornará certamente num dos mais úteis da história dos Web-Logs, indicarei quais as medidas mais eficazes a tomar, para cada um dos potenciais cataclismos que se seguem, no caso de o Super-Homem não vir a existir nunca:

Invasão extra-terrestre
Toda a gente sabe que a primeira coisa que o extra-terrestre-mor pede quando chega a um soon-to-be-conquered-planet é que o levem ao líder desse planeta.. ora bem, se
a) mascararmos o líder do nosso planeta, seja ele o George Bush, a Angelina Jolie vestida de Lara Croft, ou até mesmo o Pinto da Costa, de Urso e
b) o ensinemos a falar extre-terrestrês, de modo a que possa ameaçar os homenzinhos verdes de serem devorados por nós, uma raça de "seres-ursanos", certamente conseguiremos afastar qualquer ameaça alienígena.

Vulcões
a) Estão a ver a fábrica de cortiça no Alentejo, ali junto a Santiago de Cacém? Lá fazem umas rolhas gigantes, preparadas para qualquer familiar do Etna! Por falar em Etna, os italianos na altura abominavam tudo o que é Made In Portugal, e por essa razão acabaram churrascados! Esperemos que tenham aprendido a lição.

Guerra Mundial
a) Mais vale prevenir que remediar, ou seja, é mais fácil evitar a guerra do que terminá-la depois de começada. Para evitar o começo de uma guerra mundial, umas quantas manifestações hippie e uns cravos ou rosas nos lança-mísseis resolverão o assunto.
b) No provável caso de a guerra ser começada, como consequência do seguimento das medidas da alínea a), basta arranjar uma Rita para sacar uma imperial ao presidente maldisposto. Depois da imperial sacada, o presidente perguntaria quanto tinha de pagar e a Rita, como sagrada zelosa da Paz, cobraria pelo bico um tratado de Paz para com o resto do mundo. Se o presidente tentasse fugir ao pagamento, a Rita invocaria o contrato por ele assinado antes da imperial, que certificava que o presidente teria de aceitar o pagamento, qualquer que este fosse.

Tsunamis, ondas gigantes, tempestades, cheias, chuvadas, derretimento do gelo dos pólos, banheiras grandes, chuveiros estragados, e outras coisas que envolvam muita água
a) Isto é tão simples que nem valia a pena estar aqui, mas como manual profissional que isto é, cá vai: Guarda-chuvas! Para que a humanidade sobreviva a uma catástrofe das acima mencionadas, basta que cada individuo saia à rua com o seu guarda-chuva aberto! Para isso será necessário um guarda-chuva para cada pessoa, solução somente possível se reabrirem a fábrica de chapéus-de-chuva do Funchal, encerrada depois de ser julgada como um local de tráfico de dicionários.
É claro que nesse caso, a sobrevivência da humanidade estaria dependente da língua portuguesa e dos tribunais, o que seria péssimo, pois não poderemos contar com nenhum destes.
b) No caso da medida acima falhar, podemos sempre recorrer a uma campânula ou uma muralha de esponja inteligente, que absorveria a água quando esta nos ameaçasse. Para isso basta-nos ir buscar a grande esponja perdida de Antlantida. Simples não?

Avalanches
Indícios de uma avalanche: “Ai a neve tãããããããão fofinha.. ai que neve tããããããão branquinha.. ai que eu gosto taaaaaaaanto de neve.. ‘peeeera lá………… ai que calhaus de gelo tão graaaaaaaandes a cair em cima de mim não tarda, fdx deixa cá fugir!! aaarrggghhh!!”
a) Colocar um aquecedor gigante em cada montanha. Com a neve derretida não há maneira de cair pedregulhos de gelo cá abaixo.. Como muita neve derretida gera muita água fria, a solução é construir viadutos gigantes para cada montanha, em direcção ao deserto do Sarah. O sol evaporaria a água. Depois havia muitas nuvens e choveria muito, portanto voltava tudo ao mesmo.. hmmm.. deixem-me pensar.. errr.. metia-se a água toda num foguetão-piscina e atirávamo-lo pilotado pelo Saddam contra o Sol. Víamo-nos livres da água e do terrorista.

Era Glaciar
Anos e anos de temperaturas geladas? Muito simples:
a) Assim que esta época gelada começar, toda a gente deverá correr à worten comprar uma torre igual à do meu computador e uma motherboard e fonte de alimentação idênticas também. Têm de ser o mais parecido possível devido à capacidade de ventilação desta máquina. Se toda a gente comprar pelo menos um conjunto desses, ficamos com pelo menos 6,4 biliões de aquecedores potentíssimos, que gerariam cerca de 25.600.000.000º C, o suficiente para aquecer qualquer tipo de planeta. É possível que existisse falta de electricidade a nível mundial. Mas não tenho nada a ver com isso, a culpa é deste mundo mal preparado!!

Seca ou Incêndios em massa
a) Vede as “Avalanches”. No sítio onde se lê “em direcção ao deserto do Sarah.”, deverá ler-se “em direcção ao local onde existe seca/incêndio.”. Caguem no que diz a seguir.
b) Se por acaso já gastaram o gelo como prevenção das avalanches, podem sempre viajar a Neptuno e fanar alguma água de lá, não se esqueçam é dos garrafões cá na Terra!
c) Caso se esqueçam mesmo dos garrafões, podem sempre usar um foguetão-piscina..

Tornados
a1) Pegar numa das irritantes carrinhas amarelas ao serviço da vigilância das praias em época balnear e percorrer toda a costa portuguesa com um mandato de captura de pára-ventos.
a2) Quando todos os pára-ventos forem reunidos, deverão ser colocados na formação táctica de aproximação ao distúrbio ventoso. Por outras palavras, façam um círculo à volta do dito tornado com eles.

Meteorito em rota de colisão com a Terra
Em todos os filmes em que vai haver um grande impacto de meteoro, a solução ideal é disparar um míssil contra este. Ou então, ainda mais audacioso, viajar até ao calhau em causa, e enterrar lá uma bomba catastrófica como maneira de dizer que nós cá na terra não gostamos de lixo espacial. Se acham que isto resolveria o assunto, enganam-se.
a) Quem iria fornecer o dito míssil ou a dita bomba.. hein?? ah pois.. devem pensar que os EUA têm muito material de guerra.. bem.. por acaso até têm.. mas há um pequeno senão.. se por acaso a.. Coreia sobrevivesse ao impacto do asteróide, que míssil é que os States mandavam para lá? Ah.. pois!! Está claro! Já não tinham míssil, porque foram idiotas ao ponto de desperdiçá-lo contra um calhau voador! O que é que os outros países diriam de tal atitude irreflectida??? Hein??
Ainda se fosse contra o gato da vizinha! Aquela velha irritante possuidora de árvores cujos ramos invadem a propriedade alheia sem dó nem piedade! Um deles inclusivamente entrou-me pela janela do quarto adentro, partindo-a, e ia-me acertando no olho. A sorte é que eu consegui utilizar um cd como escudo. Sorte é como quem diz, um ninho de pássaros que se encontrava pendurado numa folha da árvore conseguiu atravessar o cd pelo furo no centro e foi-me bater no braço, deixando-me uma marca.
Bem, pode ser que agora fique inteligente como o Pitágoras, basta que os meus pés cresçam um pouco. Seja como for, a porcaria do ninho doeu. Não há para aí um míssil guardado? O meteoro pode esperar.. para ver se o raio dos pardais aprendem!
b) (*afinal são duas alíneas) Estou mesmo a imaginar a discussão entre os EUA e a Coreia do Norte sobre quem disparava o míssil. Estava o meteoro a cair, prestes a transformar o planeta num lago de lava, a aniquilar toda a vida existente na Terra, enquanto os EUA e a Coreia debatiam sobre quem deveria atirar o míssil. Faltariam 2 minutos para o impacto e ainda estavam lá eles: "Pois, tu queres que eu destrua o cometa para não te poder atirar com o míssil depois!!!"; "É mentira! Tu queres é o petróleo transportado pelo rochedo!! Seus...... eunucos...... americanos!!!"
c) (*três, peço desculpa) É aqui que entra Portugal!! Faltariam cerca de 40 segundos para o impacto quando o governo decidira que era melhor mandar o nosso homem melhor qualificado num foguetão espacial para meter uma bomba no meteorito. Assim, foi dada uma fisga ao vizinho do Rumba e este foi posto num avião de papel em direcção ao rochedo. O rochedo ia em direcção do puto, que estava lixado, pois esquecera-se de trazer pedras para a fisga. No entanto, o meteorito acabava por bater no aviãozito que o desvia, fazendo-o bater contra Marte. A Terra ficaria salva, mas o puto morreria (YEAH! É o meu manual, eu é que sei!! Muahahah!..) e o impacto do meteoro em Marte destruiria as sondas dos EUA e também a Europeia, fazendo com que vários países por todo o mundo começassem uma guerra mundial contra Portugal! Aquelas máquinas fotográficas evoluídas foram caras!
d) (*quatro) (Hmmm… eu nunca disse quantas alíneas eram…) Com isto esqueci-me do que ia a escrever..

Terramotos
Já se questionaram por que razão o chão não tem tremido cá em Portugal nos últimos tempos? Porque temos a Michelle!! O chão quando vai pensar em tremer, vê o semáforo vermelho e PÁRA TUDO!, esquecendo-se daquilo que planeara fazer. O plano é o seguinte:
a1) O Nerzhul come o nariz à Michelle;
a2) Mascara-se a Michelle de ovelha;
a3) Coloca-se à volta do pescoço da Michelle uma placa a dizer Dolly II;
a4) Manda-se a “Micholly” para a Escócia;
a5) Espera-se uma semana;
a6) Captura-se e envia-se um Urso para a Escócia com um sinal colado na testa a dizer: “Se não clonam umas centenas de Micholly’s, e enviam um clone para cada país, eu ataco-vos a todos. Não se esqueçam de enviar a original para a Sobreda. E de comer muita sopa.”
a7) Espera-se um mês;
a8) Quando a Micholly chegar à Sobreda novamente, tira-se-lhe a máscara e a placa;
a9) O Nerzhul come o nariz à Michelle original várias vezes ininterruptamente;
Depois disto, cada país terá o seu semáforo ambulante, supressor profissional de terramotos.

Ataque de Ursos
a) Mandar um e-mail para aqui a pedir ajuda aos Brigada Anti-Ursos o mais depressa possível. No entanto, devido à burocracia, os BAU poderão tardar em chegar, pelo que enquanto estes chegam e não chegam, o melhor é tomar algumas precauções:

Ataque de Ursos por terra
a) Deverão ser vedadas todas as comunicações do chão natural com espaços verdes, tais como jardins, florestas, canteiros, etc.
b) Deverão ser minados e plantadas armadilhas para Ursos em todos os terrenos circundantes das zonas referidas em a).
c) Se não os conseguirmos vencer, juntemo-nos a eles. Toda a população humana deverá mascarar-se de Urso, para que os atacantes não nos consigam distinguir deles próprios. Contudo, no final das hostilidades, haverá um problema.. nós próprios não saberemos quem é quem. Se calhar o melhor é esquecerem esta alínea.

Ataque de Ursos por mar
a) Se vierem de navio-de-guerra, basta construir uma fisga gigante, colocar um iceberg em posição de disparo, e dispará-lo contra o navio de modo a afundá-lo. Quando este for ao fundo, os Ursos saltarão do barco e nadarão até à costa. Ver alíneas c).
b) Se vierem de submarino, contactem o jardim zoológico mais próximo e apelem pela MD: Máfia dos Delfins. Atenção: Os golfinhos só aceitam dólares americanos.
Em seguida, indiquem aos golfinhos o local da ameaça ursista e deixem-nos trabalhar!! Os golfinhos desactivarão o submarino com as suas mandíbulas, mas não conseguirão derrotar os Ursos por causa da sua retórica e dos seus invariáveis insultos: “Gó-ti-cós!”, de modo que estes sairão do inutilizável submarino e prosseguirão a nado. Ver alíneas c).
c1) Se vieram a nado, deverão ser colocadas metralhadoras em toda a costa do país em causa. As metralhadoras deverão ser disparadas assim que estes começarem a subir pela costa. Sabe-se que os Ursos usam capacetes e armaduras, portanto o melhor é apontar as armas às rótulas das bestas ferozes.
c2) Armadilhas para Ursos, MUITAS armadilhas para Ursos por todo o lado.
c3) Minas anti-pessoais enterradas nas praias também ajudarão. A ETA espanhola deverá ser contactada para esse efeito.
c4) No caso dos Ursos conseguirem entrar nas cidades, a melhor arma contra eles é não ligar nenhum ao que eles insinuam. Mas mesmo utilizando essa técnica, os Ursos são extremamente perigosos, pelo que a ajuda dos BAU será imprescindível.

Todas as catástrofes acima mencionadas, ao mesmo tempo
a1) Arranjar um bunker bem equipado.
a2) Não perder a calma.
b) Rezar.

O autor, aquele que espera que o manual seja de utilidade no futuro,
NZL

P.S.:
Apocalipse
a1) Tiro de Sniper na cabeça do Cristo.
a2) Tiro de Sniper na cabeça do Anti-Cristo.

terça-feira, junho 22, 2004

Pizzaria Filemon

Tiroteio Inicial

Estava eu, numa linda noite de sexta-feira, a vender Bíblias Satanistas de Lavei, quando vejo um tiroteio entre uns indivíduos, por detrás de um Onda preto, e um empregado de uma pizzaria. Assisti ao conflito com alguma precaução. Inclusivamente, pedi ao meu mordomo para comprar um colete à prova de bala à Mercearia do Zé. Dei-lhe uns trocos a mais para me trazer uns fritos e um sumo de laranja. Tirei da minha mala uma cadeira montável e sentei-me a assistir, mas com muito cuidado, sem fazer movimentos bruscos.
Atrás do Onda estavam três asiáticos, um tinha uma carabina, o segundo um lança-chamas e o terceiro uma bazuca. O entregador de pizas estava terrivelmente armado com uma caneta sem carga e papel. Bolas pequenas eram disparadas perigosamente contra os pobres dos asiáticos. Um deles dizia para o outro: “Eu bem te disse para trazermos mais armas, que isto ia ser difícil. Ninguém me dá ouvidos!”. Mas isto em inglês, claro! Toda a gente sabe que os asiáticos falam inglês uns com os outros, ou pelo menos é o que se aprende nos filmes.
E então, o que se mais esperava, aconteceu. O entregador de pizas dispara uma bola que acerta mesmo em cheio no olho do gajo da carabina. Este, aflito, dispara ao acaso e acerta no pé do companheiro, que deixa cair o lança-chamas. O lança-chamas ao cair dispara e sai uma labareda contra o indivíduo armado com a bazuca. Este, surpreso pelo ataque dos amigos, dispara a bazuca contra eles. A explosão matou os três e destruiu o carro.

Entrada na Máfia

Admirado, perante a técnica de combate do entregador de pizas, congratulei-o e perguntei-lhe se ele queria comprar uma Bíblia. Ele olhou para mim repugnado e disse “Bah! Se achas que ao vender Bíblias de Lavei és mau, é porque és um cromo do caraças!”. Eu, insultado, respondi: “Hey! Não me julgues mal! Eu costumo riscar os carros da bófia, espancar pedintes à porta do Incontinente, roubar carros na zona do Feijó, vender Cocaine Glue ao Ferro Rodrigo, violar freiras e matar Filisteus!”. Desta vez o “Piza Boy” olhou me com respeito. “Ah, sendo assim, peço desculpa. Quanto é que custa cada exemplar?”. “Vinte e cinco Euros, mas ainda levas um CD do Alice Cupa”.
E então, devido a esta pechincha, o “Piza Boy”, cujo nome era Luigi, achou que eu tinha jeito para o negócio e quis que eu fosse falar com o seu patrão, o sr. Filemon. Este, para além de ser o dono da pizzaria onde Luigi trabalhava, fazendo as suas entregas, era também cabecilha de um gang (se “gang” não for masculino, a culpa é do Word) denominado Filemon’s Gang. Este gang organizava-se nos estabelecimentos da pizzaria.
O Luigi falou da minha técnica para o tentar convencer a comprar a Bíblia de Lavei ao Filemon. Este não se mostrou muito impressionado, mas quando lhe contei que o suposto CD de Alice Cupa era de Tony Carteira, ele apreciou o meu jeito para negócios. O Luigi é que fez cara de poucos amigos…
E foi assim que entrei para a Máfia Italiana em Portugal, como Filemon’s Gangster. O chefe contratou-me de imediato para negociador e, mais tarde, para assassino, pois apercebeu-se que eu tinha jeito para disparar bolas de papel com caneta sem carga.

Primeira Missão

Como primeira missão, para testar as minhas qualidades como assassino, o chefe mandou-me verificar se um tal de Lin Chung estava mesmo morto, no seu funeral, ou se era fictício.
“Aquele gajo é um chato! Já fingiu ter morrido, pelo menos, umas 7 vezes nestes últimos 20 anos. Mas só que eu não sou parvo e desta vez quero ter a certeza”, disse Filemon. “Por acaso ele tem alguma coisa a ver com os asiáticos que disparavam contra o Luigi no outro dia?”, perguntei eu. “Claro! Eles pertencem à Máfia Chinesa em Portugal. E não reparaste no carro? Eles só usam Ondas. Eles só usam marcas do país deles”. “Mas a marca Onda não é japonesa?”, disse eu. “Então devem ser japoneses… Bah! Japoneses, chineses, tailandeses, dinamarqueses, é tudo farinha do mesmo saco!”. “Dinamarqueses? Mas a Dinamarca é um país Euro…”. “Vá! Cala-te e vai lá ao funeral ver se o chinês está morto!”, disse Filemon num modo autoritário.
A viagem foi rápida. Mas enquanto estávamos no carro, o Salvatore (mestre de assassinatos, que ia avaliar as minhas qualidades) reparou que tinha de se abastecer o carro. Jorge, o condutor, revoltado, disse: “Este país é uma vergonha! Agora vou ter que encher o depósito, gastando o meu dinheiro num carro que nem é meu! Os ladrões de automóveis são muito injustiçados. Mas eu vou lutar pelos meus direitos! Ah, se não vou! Vou lutar para que o governo dê um subsídio aos ladrões de automóveis, de modo a que possam pagar os abastecimentos necessários nas viaturas acabadas de furtar”. Um homem com ideias fortes, este Jorge.
Chegámos ao funeral do japonês mafioso e encontrámos, como seria de esperar, uma multidão de asiáticas “boazudas” a chorarem. O padre, pouco depois, iniciou o discurso em memória do suposto defunto.

Padre: Lin Chung era, como todos sabemos, um homem humilde e um pai e marido dedicado, nunca esquecendo a sua família…
Salvatore: Era um homem “humilde” com mais dinheiro que os descendentes do Champô Limão.
Jorge: Pois! E um pai que mandou matar o filho primogénito por este escolher ser polícia, mas que lá por isso não deixa de ser dedicado, claro!
Padre: (fingindo não ter ouvido) Um homem com grande coração, amigo dos seus amigos…
Salvatore: Sim, sim. Como prova da amizade dele pelo irmão, Tsu Zu Chung, mandou cortar lhe o polegar a sangue frio, só por que este lhe devia dinheiro.
Padre: (ignorando) Lin Chung fica eternamente no coração de todos nós como o bom homem que foi. Sem dúvida um bom exemplo da Sociedade Dinamarquesa em Portugal…
Salvatore: Ele não era Dinamarquês, mas sim Japonês…
Padre: Ok, já chega! Vocês têm estado a contrariar tudo o que eu digo desde que comecei e a ofender a alma do pobre defunto! Guardas, levem estes senhores daqui para fora.

Depois de a ordem ter sido dada, iniciou-se uma enorme confusão. Envolvemo-nos num tiroteio com os guardas, que não se mostravam nada importados em destruir a igreja, usando os seus canhões de plasma. No meio da confusão, o suposto defunto, “deu de frosques”, mais dois guardas, deixando-nos só com um. Esse último foi assassinado por mim, pois acertei com uma bola de papel em chamas no nariz do nosso adversário.
Quando regressámos à pizzaria e contámos ao chefe, ele despromoveu o Salvatore devido ao erro crasso deste ao corrigir a nacionalidade de Lin Chung ao padre. Promoveu me a mim para assassino principal, pelo meu desempenho satisfatório.
Mais notícias sobre o meu gang serão dadas dentro de muito em breve.

Ass.: Stupid Son of Sam

segunda-feira, junho 14, 2004

O Meu Futuro

Desde que soube que ia descer miseravelmente a Tecnologias que tenho pensado no meu futuro. Sim, aquele teste, que me correu pessimamente, traumatizou-me! Agora tenho pensado no que faria eu se tivesse de desistir dos estudos. A resposta seria: ia trabalhar. Mas no entanto permaneceria a duvida: para onde? É que se fossemos a avaliar as minhas capacidades psicotécnicas, eu acho que o resultado seria arrumador de Citro-N’s C3 no Inter ou segurança na Quinta dos Caracóis.
Como nenhuma destas profissões me agrada irei, de seguida, analisar como me correriam algumas outras profissões.

Ajudante de Jardineiro

Uma situação que poderia ocorrer nesta profissão seria a seguinte:
Jardineiro: Vai lá abrir a torneira da mangueira que eu rego.
SSS: Ok (diz, abrindo a torneira). Está bom assim?
Jardineiro: Abre mais um “niquinho”.
SSS: Certo.
Jardineiro: É muito! Fecha lá mais um bocado.
SSS: Assim…?
Jardineiro: Fecha mais!
SSS: Pronto, assim deve estar bom.
Jardineiro: Não, não está! Fecha mais.
SSS: Mais? Ok, se tu o dizes… (fecha a torneira por completo)
Jardineiro: Continua a ser muito!
SSS: Muito? Impossível!
Jardineiro: Fecha.
SSS: Mas ela está completamente fechada…
Jardineiro: Fecha mais, pah!
SSS: Ela está comp…
Jardineiro: Porra, não sabe fazer nada. Queres ver que tenho de ir aí? (diz, dirigindo-se ao ajudante) Estás a mastigar alguma coisa?
SSS: Eu não.
Jardineiro: Estás sim! Não me digas que tiraste uma ameixa… Abre a boca! Hmmm… Seu filho da mãe! Tens o caroço debaixo da língua! Peraí… Qué isso entre os dentes? Uma laranja? Andas me a roubar a fruta, ah, seu cabrão! Entre a bochecha esquerda e os molares está o que eu estou a pensar, não é? Pois! Bem me parecia! Uma pêra abacate! E do outro lado tens alguma coisa? Uma abóbora!! Tu sabes o prejuízo que eu vou ter por causa disso?
SSS: Não… Mas sinto-me realmente arrependido.
Jardineiro: Tens mais alguma coisa na boca? Seu… seu… (aplica um golpe seco no estômago do ajudante) Ahah! Um caixo de uvas que já devias estar prestes a engolir! Vou reduzir o teu salário 50 por cento! E agora passa-me já a enxada antes que eu te ponha na rua, seu larápio!
SSS: Mas a enxada está mesmo ao teu lado…
Jardineiro: Queres ser despedido?!

Algo me diz que esta profissão não iria dar certo.

Cantor

Bem, para seguir esta carreira teria de saber cantar. Ok, talvez não fosse preciso saber cantar, toda a gente grava um disco hoje em dia. Mas nos concertos iria desafinar… a menos que fizesse playback. Nah! Duvido que me deixassem fazer playback num concerto. Só se eu satisfizesse os prazeres sexuais das organizadoras do espectáculo tal como fez a Britna, para “não esforçar a voz em vão”. Ou sempre podia dar a desculpa da amigdalite, como fez a Emy Li dos Heaven’s Jencia.
Bem, podia nem actuar ao vivo, mas uma coisa é certa, teria de arranjar bons músicos, porque eu não quero cantar Hip Hop (perdão, o Hip Hop tem bons músicos, como o DJ Alicio). Pensando nos LP, nem era preciso me preocupar com os músicos. Bastava que eles soubessem arranhar a guitarra, dar traulitadas no baixo e pancadas nos pratos da bateria.
Mas o mais importante é o visual. Já sei que se nós nos vestirmos de preto, os videoclips só passam no Hatebangers Wall, portanto teremos de usar roupa com várias cores. Quanto ao penteado, tem que ser algo fora do comum. Ora, algo fora do comum hoje em dia é as pessoas estarem bem penteadas, portanto vou seguir esse exemplo.
Outro factor importante é a capa do CD. Está muito na moda o pessoal pôr pentagramas, portanto seguirei esse exemplo. Outra coisa que ele deverá ter é o nome do álbum, que será “Eu não comprava!”. O carácter anti-comercial do título exigirá um slogan bem mais apelativo. “Regresso às origens” fará com que as pessoas me olhem com respeito. Estou mesmo a ver:
Pessoa1: Olha o SSS editou um novo álbum em que se diz que ele voltou às origens.
Pessoa2: Quem é esse?
Pessoa1: Também não sei. Mas como voltou às origens deve ter um som bacano.
Depois precisaria de um boato estúpido para me tornar famoso e ser considerado uma estrela chocante. Algo como “o SSS arrancou o rim direito para chupar o dedo mindinho do pé esquerdo” resolverá este assunto.

Mas, pensando bem, desisto desta ideia, porque sei que depois do 3º CD, os meus fãs convertiam-se para uma banda recente de Nu Metal e esqueciam-se de mim, indo eu à falência.

Comentador de Futebol

SSS: (durante uma simulação para saber se fica com o emprego) E aí vai Tó Zé, passa directamente a Tonanha. Este varia do flanco esquerdo para o direito com uma passe a rasgar. A bola vai para Roberto António, mas atenção! A Letónia recupera! Sveinz inicia o contra ataque.
Analisador: Não, não, não! Está tudo mal! Não te enganaste no nome de nenhum jogador e nem sequer hesitaste. Isto não pode ser assim, jovem.
SSS: Mas quer que eu me engane?
Analisador: Claro! Que pergunta…
SSS: Ok, ok. Sveinz passa a Leinz e o mesmo passa a João Pito… err… Perdão, passa a Yeinz.
Analisador: Jovem, assim as pessoas vão pensar que és amador.
SSS: Eu sei. Exagerei um bocado, não devia ter dito um nome português…
Analisador: Não é isso! Até podias lhe chamar “Assobio” (palavras sábias). Devias era ter demonstrado hesitação e engasgares-te ao dizer o nome!
SSS: Como?
Analisador: Ah, esta juventude desinteressada. Vá, continua lá o relato.
SSS: Certo. Pteinz rouba a bola ao colega e começa uma jogada individual. Mas, Idealonso corta a bola. O esférico vai parar a Limão, que faz a diagonal e…
Analisador: Jovem… E o “aaaahhhhh” que é como que uma pausa para pensar?
SSS: Mas eu tenho que dizer “aaaahhhh”?
Analisador: Se tu tens? Já viste algum comentador do desporto rei que não o dissesse?
SSS: Mas nunca pensei que fosse de propósito…
Analisador: Cala a boca e relata lá isso como deve ser!
SSS: Limão simula, faz uma finta, protege a bola e, aaaahhhh, varia surpreendentemente de velocidade deixando, aaahhhh, Keinz para trás.
Analisador: Não!! O “aaaahhhh” devia demorar, pelo menos, um quarto de hora!
SSS: Um quarto de hora??! Deve estar a brincar… Ninguém diz “aaaahhh’s” de um quarto de hora!
Analisador: O António Sem Medo disse vinte e seis quando relatava na Rádio Renascente! E se não te aguentas dizer “aaahhhh” durante um quarto de hora, jamais conseguirás gritar “Gooooooooo…” durante vinte minutos!!
SSS: Mas eu nunca pensei que fosse preciso fazer isso. Além do mais, estou aqui para comentar os jogos da selecção. Porque me havia eu de preocupar em gritar “Goooo…” se sei que durante os jogos não vou ter oportunidade de o fazer? A menos que queira que eu o faça quando são os nossos adversários a marcarem…
Analisador: Sacrilégio!! Blasfémia!! Põe te já fora daqui, seu pecador! Não queremos anti-patriotas como tu! Além do mais não nasceste para isto! Topei te logo quando entraste!

Não… Não fui feito para isto. Nem vou perder mais tempo a analisar esta profissão.

Messias

Para exercer esta carreira, com sucesso, é necessário ser crucificado no fim, o que é uma chatice. Mas fora isso, nem tudo é muito mau. Dá se umas quecas com uma prostituta, proíbe se o pessoal de apedrejar alguém. E como actualmente não existem apedrejamentos, terei menos trabalho neste ponto, eheh!
Também terei que curar um ou dois leprosos. Conto, claro está, com a ajuda do Antilepral, mas peço ao Sô Doutor Carlos de Almada para me passar antes o genérico, que eu não sou rico!
Terei também de andar sobre a água, portanto começo a treinar Surf já amanhã pela madrugada, que eu não quero fazer figura de parvo em frente aos meus apóstolos. Por falar disso, tenho de arranjar apóstolos, ou seja, onze palhaços que acreditem cegamente em mim. Para isso tenho de começar a pregar por aí. Claro que me vou inspirar no livro de Cyril, tentando explicar ao mundo que tempos difíceis virão e que nós não conseguíramos encontrar aquelas coisas pequenas com uma espécie de palha e um encaixe e teremos de… Raios! Esqueci-me da outra! Tenho de ver mais vezes o Life of Brian para ver se decoro isto.
Também tenho de ter postura de líder e dizer coisas bonitas, como “Respeita o próximo”, “Perdoa e serás perdoado”, “Não julgues se não quiseres ser julgado” e “O que é isso Rita? No outro dia só me pediste 25 cêntimos pelo serviço!”.
Fora a crucificação, ser Messias é canja! Hmmm, pensando bem, talvez não seja bem assim. Os Cristãos defensores que o verdadeiro Messias foi Jesus, os Judeus crentes na vinda de um outro Messias (que tarda em aparecer) e os crentes em Brian de Nazaré vão me cair em cima! Posso até ser julgado herege e acusado de ser o Anti-Cristo, o que seria chato, pois o Mançom processava-me por plágio e tinha de lhe pagar rios de dinheiro. Na realidade, ser Messias hoje em dia deve ser complicado. Agora começo a perceber porque deus mandou o seu filho para cá naquela altura. Não quis que o puto fosse processado pelo Mançom, pois não deve ter dinheiro para a indemnização. Deus é esperto!
Bem, como não estou para ser perseguido por Cristãos Fanáticos e deixar dívidas aos meus netos, não me vou meter nisto.


Depois de estas análises, deduzi que não tenho jeito para nada, ou pelo menos para as profissões aqui apresentadas. Vou, mas é, seguir os estudos, mas com muita mais dedicação e empenho da minha parte, pois não quero chumbar para me meter em profissões que não “condizem comigo”.

Ass.: Stupid Son of Sam

sexta-feira, junho 11, 2004

O Post que foi "postado" por mim mas que nao é de minha autoria

O jovem, quase universitário, Rui escreveu um belo poema, mas como não tinha tempo para o "postar" devido aos exames nacionais, pediu-me para o fazer.
Trata-se de um texto em verso dedicado a uma amiga dele chamada Sara. Cá vai:

O Sonho dos Meus Sonhos

Tocam 5 badaladas
E é hora de pra vida acordar
Mas sinto-me meio atordoada
Pois no candeeiro
Uma cabeçada acabei de dar

Nem sei porque daqui
Me estou a tentar levantar
Volta e meia
Dou por mim no chão deitada
E parece que a qualquer momento
A minha cabeça vai rebentar

Pareço uma dorminhoca
Como uma velhota que ao fim demora a chegar
Nem quero saber daquilo que está escrito na minha testa
Mas fala, porque enquanto falas
Eu estou a sonhar

Enquanto durmo o corpo aquece,
A alma arrefece
E o pensamento se esquece
Não durmo para te apagar dentro de mim
Durmo sim, porque gosto de sonhar
Sonhar que até em sonhos tu podes estar aqui!

A dormida não é como o álcool
Que por horas te deixa sem a realidade ver
Não é como os dias drogados
Que te elucidam e a vida fazem perder
Muito menos é o cigarro
Que consome a sabedoria da verdade entender
É sim, como se nadasse num lago
Mesmo quando na realidade não o sabes fazer!

E digam lá meus amigos,
Se não é melhor dormir
Para erros não cometer
Pois em sonhos
Os dias são coloridos
E nem os problemas estão cá
Para a tua paciência encher

Abismos, tubarões
Sangue, ou até mesmo eu aos trambolhões
São tudo canções
Que podes viver numa outra vida
Uma outra vida disfarçada
Eu sei que enquanto se dorme
Não se vê que se está enganada
Mas calma, não passa tudo de emoções atrapalhadas
Isto não é nada, de nada!
Irás acordar de repente
E verás que nos sonhos
A minha verdade não está assim tão errada
Mas será que sou eu que estou enganada?
Não acordes,
A vida lá fora é complicada

Mas porque estou eu aqui
Se nem um pé arredei da cama
E já estou a divagar tanto assim
Mor, escrevo esta letra todinha só para ti
Pois és um dos únicos
Que até fora dos meus sonhos
Eu lutaria até ao fim!

A tv tento ligar
Mas sempre que o faço
Logo se vê a imagem de todos os dias
A passar!
Ou são bonecos que caiem no chão
E que estão sempre a ressuscitar
Ou é a Maria do pé descalço
que viu o marido a pôr-lhe os cornos
E quando reparou a grana já estava a bazar
Mesmo antes de se desculpar!

Até poderia ir à janela
Para ver um novo dia
Com luzes e carros a apitar
Sente-se o stress, ouves a D.Maria?
Da poluição ela se está a queixar
Mas o aroma dos teus lábios
É o único poluente que me polui
Mas que nem gosto de limpar!

Acidentes há aos molhos
Ninguém tem calma,
Passam a vida a guerrear
Se não é do dinheiro perdido
É porque a pizza já não está a validar
Mas desde quando
Alguma coisa neste ambiente
Em bom estado pode ficar?!

Realmente parece
Que ando aqui, só por andar
Não é bem assim,
Porque mesmo que na morte
Os sonhos venham a acabar
Tu me irás acordar!
Pois acredita que até nesta vida de merda
Matar-me por ti
Era o sonho que mais queria concretizar
Mas como a tua vida foi ao ar
Mato-me por ti a duplicar
Xiuuuu, apaga luz…
Vamos dormir..
Quero sonhar!

Ass: Ruy