quarta-feira, junho 15, 2005

BAU Era 3 – A Busca Pelo Earl (Parte 2)

Os nossos seis heróis continuaram o seu caminho em busca do robot lendário assassino de ursos naquela manhã enevoada. Passaram por prados, atravessaram pontes e caminharam por entre destroços de imensas cidades. Porém, durante toda esta viagem não encontraram vivalma. Talvez devido à solidão e à escuridão que se tinha instalado durante a noite, enquanto se aqueciam numa fogueira decidiram falar sobre os seus medos pessoais.

Lunático: A minha família sempre foi assombrada pela pior espécie de monstros: professoras de matemática. Elas escravizaram os meus antecessores e obrigaram-nos a resolver intermináveis exames nacionais enquanto os chicoteavam verbalmente.
Neoclipse: Chicoteavam verbalmente?!
Lunático: Sim. Diziam coisas que alimentavam o nosso ódio por elas como “Não trabalhes não que te lixas!” ou “Que matéria é que ‘tivemos a dar? É que tenho a impressão que tens estado mesmo à nora!” e o pior de tudo é… “Moral d…” Não! Não consigo dizer!
Abutre: “Moral da história”?

O Lunático fica fora de si e atira uma pedra ao Abutre.

Abutre (desviando-se por pouco): Hey! Que mal fiz eu?!
Lunático (novamente controlado): Desculpa… É que essa expressão irrita-me solenemente… Não me consegui controlar. A sério, peço desculpa…
Abutre: Deixa lá, pá. Eu também tenho horror a uma frase: “Agora não dá. Estou menstruada.” Nem queiras saber o medo que isso me mete.
Rumba: Eheh! Isso realmente é lixado, Abutre!
Abutre: Acredita, jovem!
Rumba: A mim o que me meteu realmente medo foi um sonho que tive há alguns anos atrás. Estava sozinho num quarto apenas iluminado pela luz da lua que entrava através duma janela. Tentei abrir a porta, mas ela estava trancada. Então a janela começou estranhamente a tremer. Os vidros partiram-se e entraram dois cães enormes com aspecto de assassinos. Um deles até trazia um livro que tinha como título “Como matar um árbitro bufo sem que ninguém suspeite de si” escrito pelo Pinto Acosta. Então os cães começaram a rosnar, saltaram para ao pé de mim, dançaram uma valsa, jogaram uma partida de xadrez, viram aqueles desenhos animados foleiros da Sick e depois atacaram-me. Foi aí que acordei…
Abutre: Porra! Que sonho horrível! Sabes, uma vez sonhei com colegiais de bundinha quente, garotas de uniforme e adolescentes marotas!
Neoclipse: Cala a boca, Abutre!
Midd (rindo-se): O que é que raio é que isso tem a ver com o sonho do Rumba?
Abutre: Realmente nem eu sei porque disse isto… Talvez tenha sido uma ideia do autor para fazer com que visitem mais o blog.
Rumba: Ah, sim, é possível.
Neoclipse: Pois. Nós estávamos a falar sobre?
Abutre: Freiras lésbicas fazendo amor em cima da capota dum furgão?
Neoclipse: Cala-te lá, pá! Não era nada disso.
Abutre: Mulatas de bumbum gordo fazendo motocross?
Lunático (olhando para cima): Porra do autor! Pára com isso de vez, meu! Na volta nem ninguém pesquisa por essas expressões!
Neoclipse: Jovem, o autor és tu…
Lunático: Sou? Ah, então peço desculpa.
Neoclipse: Falávamos do quê mesmo?
Midd: De coisas que nos assustam.
Neoclipse: Ah, sim. O que me mete mesmo medo são as pitas vestidas de cor-de-rosa que ExKrEvEm AxInhHe. Receio que uma delas um dia me salte para cima e me arranque a cartilagem tiróide à dentada dizendo simultaneamente “OlHa PoXu-T cOnHeXeRe?” enquanto me cega momentaneamente devido à cor das suas roupas.

Todos os outros se arrepiaram de medo só de pensar naquilo.

Midd: Eu penso que temo algo muito pior que isso tudo.
Rumba: Nãããããããããããooooo!!
Midd: Estou a falar a sério!
Lunático: Pior do que professoras de matemática?
Midd: Muito pior!
Neoclipse: Pior do que pitas que te arrancam a maçã-de-adão só para te chamarem à atenção?
Midd: Sem dúvida!
Abutre: Pior do que pornografia hardcore asiática?!
Midd: Lunático, pára lá com isso.
Lunático: Desculpem…
Midd: Tal como dizia, eu temo algo muito pior do que tudo o que acabaram de contar. O meu maior medo é a aliança militar entre bodes e pavões. Imaginem-nos unidos contra nós todos! Imaginem uma guerra em que os nossos inimigos seriam bodes e pavões a lutarem lado a lado. A raça humana iria ser dizimada. E provavelmente todos os outros seres vivos deste planeta também.
Rumba: Ok, isso de facto é arrepiante.

Calaram-se todos durante um momento. Esperaram um pouco para que Ash tomasse a iniciativa de contribuir na conversa.

Rumba: Então e tu, Ash? Não há nada que te ponha os cabelos em pé?
Ash (olhando com um ar superior): Eu não tenho medo de nada.
Rumba: Não? Ah, valente! Mas nunca te aconteceu algo realmente assustador que queiras partilhar connosco?
Ash:A mim? Nah… A minha vida tem sido muito pacata. Principalmente nestes últimos dias.

Não sabendo se ele estava a ser ou não irónico, os membros da BAU calaram-se e um por um adormeceram.


No dia seguinte, foram acordados por risos femininos estridentes. Duas mulheres abraçadas uma à outra rebolavam pelo chão enquanto se riam histericamente. O Abutre atraído pelo estranho “espectáculo” vai meter conversa com elas.

Abutre: Ora muitos bons dias!

Ambas se levantam e todos puderam ver as suas estranhas expressões malignas apesar de estarem sorridentes. Os olhos de ambas eram completamente brancos.

Mulher 1: Junta-te a nós, “Amélia”!
Abutre (sorrindo): Ohoh! Sua maluca! Esse convite era para mim, não era?
Ash (indo ter com ele rapidamente): Não te aproximes delas! Elas ‘tão possuídas!
Abutre: Ah pois ‘tão! Venham cá, suas doidas!

O Abutre, ao contrário do que estava a esperar, foi atacado violentamente por elas as duas. Enquanto elas o espancavam e riam no seu modo histérico, Ash sentiu-se revoltado ao ver a passividade dos outros membros BAU que assistiam a tudo.

Ash: Então?! Não ajudam o vosso amigo?!
Neoclipse: Amigo?
Ash: O Abutre! Elas vão no matar!!
Neoclipse: Vão nada. Para além do mais ele está se a divertir. Queres ajuda, Abutre?
Abutre: Não! Eu aguento-me bem com estas duas! Ouch! Arranjem umas para vocês! Ai! Aí não! Hey! Ui! Foda-se, sejam mais meigas!
Neoclipse: Estás a ver?

O Ash não aguentando mais ver aquilo tira a sua caçadeira da bolsa suspensa nas costas e mata uma das tais mulheres. A outra dá um enorme salto e tira a caçadeira das mãos deste nosso herói.

Mulher 2: Eu vou engolir a vossa alma e em seguida demonstrar-vos matematicamente que nunca existiram gigantes na Terra! Ahahahahah!
Ash (recuando): Vêm? Ela está possuída por um espírito Candariano.
Lunático (tremendo de medo): Pior do que isso… Ela é uma professora de matemática!!
Neoclipse (com a sua minigun nas mãos): Bah! Eu trato dela.

Mas a malvada professora de matemática possuída rapidamente tirou-lhe a arma. Com a caçadeira numa mão e a minigun na outra ela apontou-as para eles enquanto cantava o um-dó-li-tá provavelmente para decidir quem haveria de matar primeiro. Porém antes dela terminar um enorme pé esmaga-a. Era um gigante que devia ter uns 40 metros de altura.

Gigante: Mi gostar de matar cépticos!

E lá se foi embora deixando os nossos heróis boquiabertos. A mulherzinha tinha ficado em muito mau estado, mas as armas felizmente estavam intactas.

Abutre: Isto é indecente! Uma pessoa está muito bem a facturar com duas miúdas e o que acontece? Um cromo mata uma e um gigante dá cabo da outra! Dêem-me um bom motivo para não vos fulminar com raios laser através do meu relógio!
Midd: Hmm… Porque não sabes como se dispara isso?
Abutre: Raios!!


A Brigada continuou a sua viagem. Segundo o Midd, já não estavam muito longe de chegarem ao sítio onde o Earl estaria enterrado. Enquanto caminhavam, o Rumba meteu conversa com o quase sempre antipático Ash:

Rumba: Como é que sabias que aquelas duas mulheres estavam possuídas?
Ash: Porque já estou habituado a enfrentar monstros daqueles há algum tempo.
Rumba: Wow! Mas… Será que não há uma maneira de exorcizar as pessoas que são possuídas por aquele tipo de espíritos?
Ash: Há uma maneira de acabar com tudo. Mas é através do livro Necronomicom Ex-Mortis. E acredita em mim, é melhor nem procurarmos o livro para fazermos isso, pois ainda pioramos as coisas.
Rumba: Pioramos? Como assim?
Ash: Depois de ditas as tais palavras que estão escritas no livro, abre-se um portal espácio-temporal que arrasta tudo para ele. Percebes?
Rumba (sorrindo): Ahm… Nem por isso.
Ash: Caraças, pá! Tu não viste o Dead by Dawn?
Rumba: Por acaso ainda não.
Ash: Então vê que logo ficas a perceber.
Midd (interrompendo-os): Bem, pessoal, chegámos!
Neoclipse (que ia à frente): Abaixem-se! Rápido!
Ash: O que se passa?
Neoclipse: Olha ali.
Ash: Bosta! Mais ursos!
Midd: Nós vamos ter um problema!
Ash: Então?
Midd: Não sei se estão a reparar, mas está ali o mestre supremo dos ursos.
Neoclipse: Como é que sabes isso?
Midd: Lembrem-se, a hierarquia dos ursos é feita do maior para o menor. Portanto quanto mais pequeno ele for um maior cargo na sociedade ursa ele terá.
Neoclipse: Sim. E…?
Midd: E está ali um urso que deve ter no máximo uns 2 centímetros.
Ash: ‘Tás a gozar! Eu não vejo nada desta distância.
Midd: Mas vejo eu, e os meus olhos nunca me enganaram.
Ash: Ok, pronto. Eu acredito. Mas ainda não percebi uma coisa: qual é o problema em ele ser minúsculo.
Lunático (tirando um cocktail molotov da mala): É mais difícil de acertar. (olhando para o Abutre) E então, chefe, qual é o plano?
Abutre: Ahm… Hmmm…
Neoclipse (tomando a iniciativa): Atacamo-los com explosivos. Tenta-se matar primeiro a amostra de urso.
Abutre: Exacto! Era mesmo isso que ia a dizer.
Neoclipse: Já ‘tava à espera que dissesses isso…


O Lunático distribui então cocktails molotov por todos os companheiros e então começa o ataque à distância da Brigada contra aquele grupo de ursos malvados. Muitos falharam o alvo, mas também não foram poucos os ursos que tombaram. Os nossos heróis viram que entre os sobreviventes ao seu ataque explosivo estava o enorme urso do disco voador. Ele foi a correr até à sua viatura voadora com um estranho objecto nas mãos que mais parecia uma chave enorme.
Após terem a certeza que o caminho estava livre, os BAU foram averiguar a tal zona. Com as pernas presas debaixo de um urso matulão, estava o tal mestre supremo que o Midd tinha afirmado convictamente que o vira.

Midd: Estão a ver. Aqui está ele.
Rumba: Oh, que dia glorioso! Obrigado, Senhor por esta estrondosa vitória sobre a raça mais ímpia que existe!
Mestre Supremo dos Ursos (com uma voz ainda mais aguda que a do guarda-redes do Sporting): Não valerá de nada me matarem, imbecis!
Rumba: Wow! Este urso até nem parece ser tão estúpido como o resto da sua raça.
Mestre Supremo dos Ursos: Claro que não! Eu sou o Mestre Supremo! Logo sou mais inteligente! E, para além do mais, nós nem somos assim tão estúpidos! Costumamos ler diariamente a capa do jornal A Bola de Berlim!
Neoclipse: Que inteligentes que eles são! Pena que esse jornal não seja publicado há anos devido à grande catástrofe.
Mestre Supremo dos Ursos: Bem… De facto tem havido um decréscimo na nossa cultura geral devido a isso…
Neoclipse: Bah! Que desilusão. E eu que julgava que vocês fossem tão sábios.
Mestre Supremo dos Ursos: Vai gozando, vai. Enquanto estás aqui a gozar comigo, os nossos cientistas estão clonando o pior assassino da história ursa! O Ernesto!!
Neoclipse (impressionado, tal como os seus companheiros): O eterno inimigo do Earl?
Mestre Supremo dos Ursos: Esse mesmo!
Rumba: Aquele descrente sanguinário de inocentes?
Mestre Supremo dos Ursos: Sim!
Midd: Aquele monstro sem honra alguma que atacava os adversários quando estes estavam de costas?
Mestre Supremo dos Ursos: Sim!!
Lunático: Aquele urso que escravizava pinguins ortopedistas que sofriam da doença de Parkinson?
Mestre Supremo dos Ursos: Não tenho a certeza, mas acho que sim.
Abutre: Aquel…
Neoclipse: Cala a boca, Abutre! Já sabemos que é ele.
Mestre Supremo dos Ursos: E ele vai vos destruir, pois vocês não vão ter a protecção do vosso estúpido robot! Muahahahahahahah!
Ash (preparando-se para esmagar a miniatura de urso): Bem, desculpem interromper a conversa, mas tenho mais que fazer do que ouvir esta coisa feia a falar convosco.
Mestre Supremo dos Ursos: Esta coisa feia?! Por acaso estás a gozar comigo?!
Ash: Não. Estava mesmo a falar a sério.
Mestre Supremo dos Ursos: Ah! Acho bem!
Ash: Tens mais alguma coisa para dizer?
Mestre Supremo dos Ursos: Por acaso até tenho…
Ash (acabando com a vida do urso esmagando-o): Então vá, diz. Vá, estamos à espera. Não dizes nada? (não obtendo qualquer resposta do cadáver) Ok, tiveste a tua oportunidade.


Neoclipse: Midd, diz lá especificamente a zona onde o Earl está enterrado.
Midd: Mesmo debaixo de nós.
Rumba: Pessoal, eu tenho a impressão que eles também queriam desenterrar o Earl.
Neoclipse: Os ursos?
Rumba: Sim.
Neoclipse: Como é que sabes isso?
Rumba: Está aqui um saco cheio daquelas pás para os putos brincarem nas praias.
Ash: Bahaha! Eles não seriam assim tão estúpidos ao trazer essas pás minúsculas para desenterrar o vosso robot. (vendo toda a gente séria) Seriam…?
Abutre: Claro que seriam! Eles são ursos! E os ursos são a espécie mais estúpida que existe!
Neoclipse: Até chegam a ser mais estúpidos que o Abutre.
Abutre: Exacto! Até chegam a ser mais estúpidos do q… Hey!
Neoclipse: Pronto, ok, desculpa. Eles são menos estúpidos do que tu.
Abutre: Ah! Acho b… Hey!!
Neoclipse: O que é que foi?
Rumba: Vá pessoal deixem-se de brincadeiras. Vamos mas é começar a escavar para ver se encontrarmos o nosso robot ainda hoje.


Depois de muito suor derramado, os nossos heróis viram que os seus antecessores tinham guardado o Earl dentro de um cacifo gigante e só depois o enterrado.

Neoclipse: Devo afirmar que foi uma óptima ideia eles terem no guardado dentro de um cacifo. Assim ele fica mais seguro… O problema é que nós não temos a chave para abrir isto!
Rumba: Pois!
Neoclipse: Bem, sempre podemos explodir o cadeado.
Lunático: Não, não podemos.
Neoclipse: O quê?
Lunático: Se armadilharmos aquele cadeado existe o perigo de explodirmos também o robot.
Neoclipse: Mas não tens aí um explosivo de menor alcance ou mais fraco?
Lunático: Não.
Neoclipse (irritadíssimo): Cada vez melhor!!
Midd: Então sempre era uma chave aquele estranho objecto que o urso do disco voador levava.
Abutre (estalando os dedos e apontando para o Midd): Exacto!
Ash: Eu não queria vos chatear muito… Mas onde é que está a tal máquina do tempo?
Neoclipse: Na base dos ursos (cof cof). E também deve ter sido para lá que o urso do disco voador levou a chave.
Rumba: E também deve ser lá que o urso Ernesto está a ser clonado!
Abutre: E também deve ser lá que loiras atraentes doutoradas em advocacia se masturbam com cadáveres de guaxinins.
Neoclipse: Cala a boca, Ab… Aliás, pára lá com isso, Lunático.
Lunático: É pá, tem de se experimentar várias expressões para o pessoal depravado vir ter aqui através de motores de busca.
Rumba: Mas porque é que não pões antes expressões para o pessoal crente no Senhor vir ter cá?
Lunático: É uma ideia.
Abutre: Eu amo Deus e também amo servi-Lo! Deus ama-nos a todos, independentemente da nossa etnia, da nossa religião, e do dinheiro em nossa posse. Se bem que se tivermos mais dinheiro é melhor, pois podemos contribuir mais para a Sua Igreja.
Rumba: Pronto, tinhas de aparvalhar.
Ash (impaciente): Então?! Vamos à tal base dos ursos ou não?


Os membros da Brigada Anti-Ursos partiram, guiados pelo Midd, pois era ele quem tinha o mapa. Eles sabiam que nesta demanda iriam precisar de muita sorte. Nenhum ser humano tinha entrado na Base Mundial dos Ursos e sobrevivido até aquele dia. Mas estes valentes e corajosos guerreiros não temiam a morte, temiam sim a desonra, as professoras de matemática, a menstruação das suas parceiras sexuais, cães assassinos, pitas agressivas vestidas de cor-de-rosa e bodes e pavões juntos, mas a morte, a morte não temiam!

Abutre: Não será demasiado arriscado irmos até à base deles? Bolas, não me apetece arriscar a minha vida assim em vão!
Ash: Cala a boca, Abutre!
Abutre: Também tu, seu barbudo malcheiroso? Devo confessar que não vou nada com a tua cara!

O Ash, ao contrário do que o Abutre estava a pensar, não reagiu aos seus insultos. E ele lá continuou a provocá-lo infrutiferamente. Enquanto isso, uns poucos metros mais atrás Rumba ia desabafando:

Rumba: Quero sexo! Quero sentir nas minhas mãos duas nádegas redondinhas, de pele suave ou então dois enormes seios. Também me apetece trincar os mamilos de uma rapariga voluptuosa, acariciar-lhe os lábios com os meus e…
Lunático: Presumo que essas sejam as tais expressões que farão com que o pessoal crente em Deus nos encontre através de mdb’s.
Midd: Cá estamos!


Perante eles estava um imponente e majestoso buraco numa montanha. Era a caverna que conduzia à Base Mundial dos Ursos. Estranhando por não haver guardas por perto, os nossos heróis entraram cautelosamente. A gruta conduziu-os a um escritório deserto. Só tinha lá um computador suspenso numa secretária. Depois de todos terem entrado naquela estranha divisão, a porta fechou-se automaticamente. Eles tentaram abri-la novamente, mas não conseguiram através da força.

Neoclipse: Bem, talvez se usarmos o computador consigamos abrir essa porta.
Abutre (dirigindo-se para o computador): Exacto! É isso mesmo que ia a dizer! Agora com licença.
Neoclipse: Sai daí, pá! Tu não percebes um chavelho disso!
Abutre: Isso é o que tu pensas! Eu sou o líder desta equipa! Eu sou perito em tudo!
Neoclipse: Bah! Já estava a achar estranho o autor não te ter posto a dizer isso neste post.

Enquanto o Abutre carregava ao acaso nuns botões, o Lunático e o Midd repararam que estavam armas automáticas suspensas no tecto.

Lunático (apontando para elas): Jovens! Acho que estamos metidos em apuros!

Então as duas armas apontam repentinamente para o Midd e para o Lunático. Enquanto o Abutre escrevia, a tecla Enter abre-se e volta-se a fechar numa fracção de segundos, prendendo imediatamente o seu dedo mindinho. Este, cheio de dores, começa a chamar pela mãe. A porta que anteriormente se tinha fechado sai fora dos encaixes e começa a lutar contra o Ash e contra o Neoclipse. O monitor começa a passar imagens do rabo da rapariga cujo nome rima com o nome de um país do leste da Europa, o que absorveu toda a atenção do Rumba e ainda o pôs a fazer gestos obscenos contra o monitor, para grande desagrado do Abutre que estava logo ali atrás. As duas armas suspensas no tecto começaram a disparar fazendo com que o Lunático dançasse uma pachanga com um par imaginário e o Midd brake dance para se desviarem das balas.
De duas colunas que estavam instaladas no pc podia-se ouvir o responsável por aquilo tudo a rir-se espalhafatosamente.

Responsável pelo “assombro” do escritório: Ahahahahaha! Sua cambada de idiotas! Pensavam que entravam assim sem mais nem menos na Base Nº 1 dos Ursos? Ahahahaha! E agora o que vão fazer?

Para grande desagrado dele o Ash e o Neoclipse livram-se da porta facilmente com as suas armas de eleição. Depois destroem as metralhadoras suspensas no tecto e o monitor, livrando o Midd, o Lunático e o Rumba daquelas embaraçosas situações.

Responsável pelo “assombro” do escritório: Filhos da mãe! Pensam que vão conseguir tirar o vosso amigo Abutre daí?
Neoclipse: Amigo?
Responsável pelo “assombro” do escritório: Seja vosso amigo ou não, uma coisa é certa: se o tentarem tirar daí, o dedo mindinho dele é meu!
Abutre (chorando de dores e de medo): Buá! Não o deixem fazer isso!
Rumba: Ok, pá, tem calma.
Midd (tendo uma ideia): Abutre, diz nos aí as horas, se faz favor.
Abutre: Eu estou prestes a ficar com quatro dedos numa mão E TU QUERES SABER AS HORAS?!!!
Lunático: Deixa ‘tar eu vejo por ti, Abutre. (segura no seu relógio e começa a carregar nuns botões ao acaso) Onde é que se vê as horas nisto?

Subitamente a tecla Enter larga a dedo mindinho do líder dos BAU.

Responsável pelo “assombro” do escritório: Como é que raio vocês fizeram isso?...

A voz do estranho indivíduo dá lugar a silêncio pois são disparados dois raios laser através do relógio do pseudo-líder que destroem as colunas. Todos eles percebem finalmente que foi graças ao Lunático que o conseguiu através do relógio do Abutre.

Lunático (continuando a carregar nuns botões à sorte): ONDE É QUE RAIO SE VÊ AS HORAS NISTO!! AAARGHH!!
Abutre (suspirando de alívio): É nesse botão superior esquerdo.
Lunático: Ah, ok, obrigado. Pronto, são 19:32.
Abutre: Tu libertaste-me de propósito ou só estavas a tentar ver as horas no meu relógio?
Lunático (pouco convincente): Estava… a tentar fazer as duas coisas.
Midd: Jovem, aquilo das horas foi só para aquele gajo não entender o que estávamos a fazer.
Lunático: Ah! Ok!
Neoclipse: Com licença. Dêem lá espaço para eu detectar o controlador deste escritório.
Abutre: Eu faço isso…
Todos os outros em uníssono: Cala a boca, Abutre!


Depois do Neoclipse descobrir onde estava o responsável por aquela emboscada aos nossos heróis, eles dirigiram-se à sala onde ele estava. Após abrirem a porta não esperavam ver um robot com uns três metros de altura com uma cabeça humana.

Cabeça Humana: Ahah! Por esta não esperavam vocês!
Rumba: O autor já tinha dito isso…
Cabeça Humana: O autor é um de vocês?
Lunático: Sim, sou eu.
Cabeça Humana: Então o autor que se vá lixar!

E então o robot levanta um braço que era composto por uma metralhadora de fita, mas, surpreendentemente, não acontece nada.

Cabeça Humana: O que é que raio se passa?
Lunático: Eu, como autor, acabei de avariar a tua maquineta.
Cabeça Humana: Hey! Isso é injusto!
Lunático: Não tinhas nada que me insultar.
Cabeça Humana (desencaixando-se do robot e atirando-se para o chão): Nenhum de vocês me conseguirá matar!
Ash: Hmm… Matar conseguimos de certeza, mas decapitar ‘tá fora de questão.
Lunático: Devias ter pensado que poderia acontecer isso, antes de me teres mandado “ir lixar”.
Neoclipse: Pois! Realmente devias dedicar mais tempo a pensar, visto ser uma das poucas coisas que podes fazer.
Cabeça Humana: Bah! Não gozem comigo! Nem vos passa pela cabeça o trabalho que tive com este estúpido robot!! Rebolei para cá e para lá, trouxe cada peça à boca e eu próprio as montei!
Lunático: Se calhar até é por isso que não funciona bem… digo eu.
Cabeça Humana (irritada): Mas ‘tás me a chamar incompetente, seu idiota!? Eu sei muito bem que foste tu!! Seu autor de posts de segunda!
A cabeça salta para cima do Lunático tentando arrancar o seu nariz à dentada.
Ash (agarrando descontraidamente na cabeça): Tenham calma que eu sou experiente neste tipo de situações.

Em seguida atira-a ao ar e não lhe dando tempo sequer para reagir alveja-a. Os seus miolos espalharam-se por toda a sala.

Midd: Jovens, este deve ser o Ernesto.


O Midd estava-se a referir a um enorme urso aparentemente adormecido que estava dentro de uma cápsula de vidro cheia de um líquido verde. Inesperadamente os seus olhos totalmente brancos abrem-se e forma-se um sorriso maligno na sua cara. Todos se assustam com esta mudança de expressão e com um violento golpe, o enorme ser parte a cápsula fazendo todo aquele estranho líquido sair em jacto derrubando os nossos heróis.

Urso Ernesto (com uma voz cavernosa): Góticos, a vossa alma irá sofrer eternamente em minha posse!
Ash (começando a ficar assustado): Oh que merda! Acho que o vosso “amigo” urso está possuído por um espírito Candariano.
Rumba: Mas como? Como é que é possível?
Ash: Alguém deve ter lido as passagens do Necronomicon em voz alta e agora estes espíritos andam por aí à solta a invadir pessoas ao acaso…
Urso Ernesto: Errado! Os nossos historiadores encontraram uma maneira de controlar estes espíritos malignos para nosso bel-prazer! Aquelas duas professoras de matemática possuídas que vos atacaram foram mandadas por nós!
Abutre: Como é que sabes isso tudo se tiveste esse tempo todo dentro daquela cápsula a seres clonado?
Urso Ernesto: Porque eu sou dotado de super-velocidade graças a este espírito maligno e, enquanto o Rumba e o Ash falavam, fui num instante ver o guião.

Os nossos heróis rapidamente perceberam que ele não estava a mentir, pois todas as suas armas desapareceram de suas bolsas e apareceram nas mãos do vilão malvado.

Rumba: Isto está-me a fazer lembrar o que aconteceu de manhã…
Neoclipse: Olha, pois é… Diz-nos lá, Ernesto, por acaso acreditas em gigantes?
Urso Ernesto: Nem por isso. Mas porque é que raio estás me a fazer essa pergunta?

Uma parede daquele laboratório é então furada e de lá entra uma menina gigante que rapidamente se agarra ao urso Ernesto.

Menina gigante (levando o Ernesto com ela): Ai, tão querido que este ursinho é! Vou te chamar Fluffy!
Urso Ernesto (ouvindo-se o seu grito de longe): NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!!! EU VINGAR-ME-EI!!!
Neoclipse: Bem, por enquanto não vamos ter problemas com este. Agora só precisamos de procurar a chave do cacifo onde está o Earl.
Ash: E a máquina do tempo.
Neoclipse: Pois… E isso.


A Brigada Anti-Ursos não demorou muito a encontrar a tal chave. Estava num cofre semi-aberto uns dois laboratórios à frente do onde enfrentaram o urso Ernesto. Depois perto da saída uma importante discussão impediu que continuassem.

Lunático: Já comia qualquer coisinha!
Rumba: Olha, eu também!
Ash: Porra! Estamos lixados de vez! Devem estar umas dezenas de possuídos lá fora!
Abutre (verificando que era verdade): Meu Deus! Vamos todos morrer!
Lunático: Então o que é que estão a pensar em jantar hoje?
Neoclipse: Eu já tinha em mente ir ali a um talho comprar enchidos para fazer um cozido à portuguesa.
Midd: Não… não… Isso é muito pesado para depois deste dia. Eu proponho comermos algo mais leve.
Ash: Bah! Vamos lá. Nós damos cabo deles todos!
Abutre: Estás mas é maluco?
Ash: O quê? Não me digas que estás com medo, “grande líder”?
Neoclipse: Mais leve? Como o quê, por exemplo?
Midd: Ovos mexidos.
Neoclipse: Ovos mexidos?
Abutre: Eu não estou com medo! Simplesmente estou com receio… E para além do mais tu também não ‘tás com muita confiança em ti próprio.
Ash: Não estou com confiança em mim próprio uma ova! Eu era capaz de ir ali e matá-los a todos enquanto vocês continuavam aqui a falar de comida!
Abutre: Sim, sim.
Midd: Sim, ovos mexidos. Comem-se bem e são fáceis de fazer.
Rumba: Concordo contigo!
Ash: Por acaso ‘tás a insinuar que não sou capaz!
Abutre: ‘Tou!
Midd: Não és capaz de fazer ovos mexidos?
Ash: Cala a boca, Ab… hmm… Como é que te chamas mesmo?
Midd: Midd.
Ash: Assim não vai ser a mesma coisa. Posso te chamar Abutre num instante?
Midd: Podes…
Ash: Cala a boca, Abutre! Deve estar ali uma centena de possuídos e tu e os teus amigos só sabem é falar de comida! Deviam sentir vergonha!!
Lunático (depois de esperar uns segundos): O que é que ‘tás a pensar em jantar, Ash?
Ash: Um salmão grelhado talvez.
Rumba: Olha é mesmo isso que eu também vou comer!
Ash: Também gostas?
Rumba: Se gosto! Só não consigo é pôr azeite por cima. Fica muito gorduroso.
Ash: Olha, eu também não.
Abutre (enervado com a situação): Vocês são capazes de se calar com isso?! Vamos atacá-los! Nem que seja a última coisa que façamos!!

Todos ficaram impressionados devido à iniciativa e espírito de líder que o Abutre tinha tomado naquele momento.

Abutre: Lunático, ensina-me como se dispara lasers nesta coisa. Fazemos assim, tu armadilhas o interior desse edifício. Vamos explodir com essa porcaria toda! Eu, o Ash e o Neo vamos à frente para abrir caminho com as nossas armas contra os possuídos. O Rumba e o Midd são a segunda vaga de ataque e dão cabo dos restos com as suas armas de curto alcance.
Neoclipse: Bem, devo admitir que desta vez surpreendeste-me, jovem.
Ash: A mim também! Não estava nada à espera de ouvir isso de ti…
Abutre: Ok, deixem-se disso e vamos mas é acabar com a raça daquela gente feiosa, antes que eu me arrependa.


Pronto, agora vou resumir este último combate e só dizer o mais importante:
O Lunático ensinou ao Abutre como se disparava os raios laser através do seu relógio e armadilhou todas as divisões dentro da base dos ursos com explosivos programados por tempo. Estranhamente a base estava completamente deserta. Os ursos tinham previsto o ataque dos BAU e tinham se retirado antes, ou então devia ser dia de jogo da selecção e eles estavam no café do Zé Mauzão a ver na Support TV.
O Abutre não matou um único possuído pelos espíritos Candarianos mas feriu uns quantos com os seus raios laser. Também não sofreu nenhum dano graças à sua agilidade elevada.
O Ash matou 23 possuídos com a sua caçadeira e pontapeou uns 14. Mas devido à falta de cartuchos repentina teve de se desembaraçar só com as mãos e devido a isso ficou gravemente ferido.
O Neoclipse graças à sua mortífera minigun bateu o recorde e matou 54. Não feriu um único que não tivesse matado e também não sofreu um único arranhão.
O Midd decepou 7 cabeças, cortou três braços e matou 15 possuídos ao todo com o seu machado. E não! Não fiz mal a conta! Houve uns que ele matou e que não mutilou nem a cabeça e nem o braço! O Midd também foi ferido, mas foram só uns arranhões ligeiros no braço esquerdo.
O Rumba não mutilou ninguém, mas também matou 15 deles com a ajuda da sua espada sagrada de Equinoch. Salvou a vida ao Ash que depois de ter ficado sem cartuchos ficou encurralado de deadites (possuídos). O Rumba também não sofreu ferimentos graves. Aposto que não foi na igreja que este nosso herói aprendeu a lutar assim!
O Lunático, depois de regressar de dentro da base, deu pontapés nuns quantos cadáveres e ficou ligeiramente ferido ao sem querer pontapear uma rocha.

Depois do combate ter terminado, os membros da Brigada Anti-Ursos carregaram o Ash para longe dali e esperaram ouvir o estrondo final da Base Ursa que não se fez esperar. O nosso herói barbudo é que não parecia estar em muito bom estado.

Ash (tossindo de vez em quando): Bem, parece-me que a máquina do tempo não vai ser precisa.
Neoclipse: Ash… Nós menti… Aliás, esqueceste-te de ir buscar a máquina do tempo à base dos ursos. Agora está tudo explodido. Mesmo que sobrevivesses, não poderias voltar para o teu tempo.
Ash: Hey! Eu ainda não estou morto, ok! Ainda posso sobreviver!
Neoclipse: Ah, ok, pronto. Peço desculpa.
Ash: Bem, mas como nunca se sabe… Desejo-vos boa sorte na continuação da vossa demanda contra os ursos.
Os outros todos (dizendo desordenadamente, uns ao mesmo tempo que os outros): Obrigado, pá.
Ash (falando mais lentamente):… V… vocês mentiram-me em relação à máquina do tempo, não me mentiram?
Neoclipse: Bem… para falar a verdade… sim.
Ash: Seus filhos de uma grandessíssima p…!

Estas foram as últimas palavras do nobre guerreiro. Todos se mostraram tristes, apesar de não se terem dado totalmente bem com ele.

Abutre: Xii! É lixado! Se ele não tivesse gasto fôlego a dizer “grandessíssima” teria acabado a frase, eheh!
Ash (levantando a cabeça repentinamente): Cala a boca, Abutre!
Abutre (assustando-se): Wow! Afinal não morreste?
Ash: Não. Estou à espera da deixa final do Rumba.
Rumba: Ah, ok. Desculpa lá. Já me esquecia… Descansa em paz, agente Alfa 2. Jamais te esqueceremos, amigo.

E então Ash fecha os olhos pela última vez e agora é mesmo a última!

Midd: Ficaste mesmo convicto que ele era o lendário Alfa 2?
Rumba: Sem dúvida! Ele veio do passado e desde aí já combatia o mal. Para além disso ele morreu em batalha e tal como diz o poema:
“Alfa 2, antigo combatente do Mal
Habituado a desenrascar-se com êxito
Até a sua vida chegar ao final
Irá matar monstros e ursos a eito!”
Midd: Sim. Deves ter razão.


Após terem enterrado o Ash, os nossos heróis passaram a noite ao relento. Depois daquele combate final não temiam nada. No dia seguinte começaram a viagem de regresso ao local onde estava o cacifo do Earl enterrado. Depois de chegarem abriram-no e com algum esforço tiraram o robot assassino de ursos para fora. E lá regressaram eles para a Pátria Mãe, graças ao Rumba, que o conseguiu programar para voar uns dias depois de o terem tirado. Earl e BAU juntos novamente! Os ursos já pensarão duas vezes antes de gritarem “Góticó!”. E tal como diz na bíblia BAU:

“Num dia enevoado se separaram
Após muitos Ursos terem sucumbido.
Num dia enevoado se reencontrarão
E será ganho todo o tempo perdido.
EARL és o nosso Dom Sebastião,
O salvador da Pátria e de todo o Mundo.
Qualquer Urso que se opuser a ti
Após te ver não passará de um defunto!

EARL e BAU juntos novamente
E desta vez para sempre!
Ursos, nem vale a pena tentarem se esconder na torre Oria
Pois nenhum de vocês sobreviverá para contar a história!”



Dedico este post ao falecido Earl e aos outros membros da BAU pelas fantásticas ideias que me deram! Já agora a personagem Ash pode também ser encontrada na trilogia Evil Dead.

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