segunda-feira, junho 13, 2005

Cover de: Withered Leaves - Fim do Treino

Este post estúpido é uma adaptação de um post decente feito pelo Middnight que pode ser encontrado AQUI!
Obrigado, por isso, ao Middnight e ao seu Blog Withered Leaves por me terem inspirado a fazer este monte de nhanha, e me terem retirado uma noite para estudar para os exames. Como seria de esperar, recomendo o post original e não o meu.

NZL

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Fim do Treino


O caos estava instaurado na região de Vietus. Em Mireti gerara-se um clima de guerra, onde humanos lutavam contra humanos, flamingos e ursos num cenário tumultuoso: fauna e flora destruída, pobres aldeias eram cruelmente pilhadas, loiras com cabelos bonitos eram violadas repetidamente e ruivas viam os seus narizes prostituídos, mas tirando essas duas coisas, acreditem, até estava bastante mal.

Contudo, a esperança residia na capital Lazindur, pois era lá que se encontravam os melhores soldados do reino, treinados durante um ano por uma equipa de especialistas também chamada de Brigada Anti-Ursos. Entre os soldados, encontrava-se uma jovem guerreira loira, extremamente sensual, de seu nome Alexandra.

Finalmente chegara o dia da cerimónia que marcava o fim do treino de todos os recrutas. Reunidos no enorme quartel-general de Lazindur, grande o suficiente para albergar milhões de recrutas, encontravam-se os agora soldados, prontos para o reconhecimento formal da sua graduação.
No altar do centro da sala, a cerimónia era presidida pelos seis membros da BAU: o General Midd, o Arcebispo Rumba, o Alquimista Lunático, o Salteador Neoclipse e o Coreógrafo Abutre.

Rumba: E agora fazemos o quê?
Lunático: Coisas combinadas à última da hora, é nisto que dão.
Neoclipse: O Midd que pense nalguma coisa. Foi ele que teve a ideia desta cerimónia.
Rumba: Eu bem disse que o melhor era mandá-los logo para as suas mortes.
Abutre: E se os puséssemos já a dançar?
Lunático: Cala a boca, Abutre!
Midd: Já sei, vou inventar um juramento. Sigam o meu exemplo.
Neoclipse: O q--?
Midd (gritando): Alexandra Wolfrage!
Abutre (sussurrando): Aaaai... Alexandra... Alexandra...

De entre um aglomerado de gente, aparece uma peruca amarela flutuante, depois uma testa, depois um nariz, e finalmente o resto do corpo da bela jovem.

Midd (atrapalhado): Alexandra... hmm... tu que... ahm... treinaste com... dedicação...
Rumba: ... durante um ano inteiro e... e...
Abutre (com ar de pervertido): ... encontras-te aqui perante o papá...
Lunático: ... para prestar honras...
Neoclipse: ... e devoção...
Midd: ... e bodes, e pavões...
Abutre (sorrindo maliciosamente): ... a nós, teus superiores, a quem deves total obediência...
Midd: ... estás agora pronta para combater ao lado dos teus irmãos, contra a ameaça que atormenta o nosso reino!!
Alexandra: Sim, até aí já sabia.
Midd: Já? Pois já!
Abutre: Já sabias? Então queres que eu te ensine algo novo?
Alexandra: Como por exemplo?
Abutre (piscando o olho): Uma dança à volta da vara!
Lunático: Ahem... Rumba?
Alexandra (para o Abutre): Contigo?
Lunático: Rumba??
Abutre (para a Alexandra): Claro!
Lunático: Rumba?!?!?!
Alexandra (para o Abutre): Não me parece.
Lunático: Rumba!!! Pára de olhar para o decote da moça!
Rumba (acordando subitamente): Quero sexo!
Abutre (para a Alexandra): Mas tu ainda não viste a minha vara!
Alexandra: Sexo? Então tu não és Arcebisbo?
Abutre: A minha vara é enorme!
Neoclipse: Claro que é Arcebispo! Ele está só a brincar contigo...
Midd: E agora vai parar de brincar e vai continuar a cerimónia... não é assim Rumba?
Rumba: Sim, continuando... Alexandra... estás a pensar lutar como?
Alexandra: Com as mãos!
Abutre (esfregando as mãos): E ahem... vais segurar o quê nas mãos?
Alexandra: Vou segurar os chupas!

Fez-se silêncio. Aparentemente toda a gente estava à espera de uma resposta diferente.

Neoclipse (sussurrando): Claro! Pôr o Abutre a ensinar as recrutas só podia dar nisto!
Lunático (quebrando o silêncio): E hmmm... qual é a tua cor favorita Alexandra?
Alexandra: Azul!
Lunático: Ok, podes ir.
Abutre: Não pode nada! Alexandra. Venha cá!
Midd: Abutre!!
Abutre: Agora põe-te de joelhos!
Rumba: Abutre!!!
Abutre: Agora o que é que pedes ao papá, como eu te ensinei?
Lunático: Abutre!!!!
Alexandra (de joelhos em frente ao Abutre): Quero sentir a glória da tua dádiva!
Neoclipse: Alexandra!!!!!
Abutre: MUAHAH! Observem e reconheçam o meu poder meros mortais!

Poderio que não durou muito tempo, pois logo a seguir todos os outros membros da BAU estavam a encher de porrada o Abutre, de forma desenfreada e maníaca.

Abutre (gemendo no meio do chão): Posso não sentir os braços ou as pernas, mas o sentimento de poder ninguém mo tira! Eheheh!

O Lunático tira da sua mochila um frasco de tranquilizante para aves e passa-o a Neoclipse, que o carrega na sua 9 mm modificada e o dispara na direcção da nuca do Abutre.

Abutre (agarrando-se à nuca): Au. Que foi isto? Estou a ver a luz! Wooooow!! Pessoal, estou a ver a Rita! E o Zé! E está lá a Zé também! E ela está em cima da Wilma! Lá está, acho que vou aprov--
Neoclipse:Ao menos factura nos sonhos...

Quando o Abutre adormeceu, as milhares de mulheres recrutas saltaram para cima dele ao pontapé e à cotovelada e o caos instalou-se na sala.

Rumba (muito calmo, no meio do caos): Bem, isto até nem correu assim tão mal.
Neoclipse (ainda mais calmo): Eu até diria que correu bastante bem.
Midd: E agora como é que nos vamos safar desta confusão?
Lunático: É simples, basta dizer ao pessoal que há bejeca de graça na sala ao lado.

Num momento, todos os presentes pararam olhando o Lunático. No momento a seguir, toda a gente se atropelou para sair da sala, e no outro momento a seguir a esses dois momentos instantâneos, a sala encontrava-se vazia, restando apenas os especialistas no altar. Ah, e o Abutre lá algures também.

Alguns minutos depois, os quatro membros da BAU, mais o Abutre que foi arrastado, encontravam-se no centro de uma enorme mesa repleta das mais raras e deliciosas iguarias, selvaticamente devoradas por recrutas como presas indefesas vítimas de predadores vorazes.

Rumba: Porra, há quanto tempo é que estes gajos não comiam?
Midd (tentando chamar a atenção): Pessoal?

Ninguém lhe ligou corno...

Midd (gritando): Hey!!

Todos os soldados continuaram a comer indiferentes.

Midd (elevando ainda mais a voz): Estão a ou--
Lunático: Por favor, deixa trabalhar os profissionais.
Midd: ?
Lunático (berrando como se não houvesse amanhã): POSSESSING MY SOUL TIL MY BODY’S ON FIREEEEEEEEE YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!

Toda a gente ficou especada de boca aberta a olhar para o Lunático.

Abutre (acordando): Que foi isto? Há algum ferido?
Lunático: ...ahem... Midd?
Midd: Err.. yah.... pessoal, é só para dizer que estão à vontade para se divertirem uma vez que só amanhã é que os vossos postos serão distribuídos. Podem continuar a comer.

Os soldados ficaram ainda a olhar para o Lunático com cara de pasmo durante mais alguns segundos, até que eventualmente retomaram todos a fúria do digerir, excepto a Alexandra que estava a seguir a dieta do Kellog’s All-bran, e se afastou timidamente da mesa, subindo a uma das torres do quartel-general.
De lá de cima possuía uma visão privilegiada para Lazindur, até à ténue linha do horizonte que separa o amor à armadura da frustração de não a poder usar. Contemplou o mercado, onde vendedores de todas as raças trocavam as suas primogénitas por bolo de framboesa, a escola de magia, onde as melhores feiticeiras dançarinas de cabaret de Vietus eram estimuladas, o palácio da linhagem de condes, onde existiam os melhores concertos de Black Metal da região, novamente aberto, após ter ardido durante cerca de 35 anos devido a um ritual com uma perdiz que correu menos bem e, para norte, a floresta de Hollywood, onde estava a ser gravado o novo filme com a outra actriz muito gira da qual a Alexandra de momento não se lembra do nome.

Nisto, um rapaz sobe as escadas silenciosamente, acabando por cair ruidosamente no último degrau, libertando a Alexandra dos seus pensamentos. Este rapaz chama-se Roel e é como um irmão mais novo para Alexandra, uma vez que é órfão desde tenra idade.
(No diálogo seguinte, vai ser perfeitamente visível a existência de um complexo de Édipo deveras acentuado no caso do rapaz, e também de um complexo de Electra na Alexandra, que se reflecte na suave manifestação de identificação maternal para com Roel. Atentem, porque é muito interessante.)

Alexandra: Olá Roel.
(Repararam como Freud tinha razão? Eu não disse que isto era interessante?)
Roel: Logo vi que estavas aqui. Por que é que te afastaste da festa?
Alexandra: Não me afastei, só gosto de olhar para o horizonte.
Roel: E eu gosto de olhar para ti.
Alexandra: Hein?
Roel: Acho que está frio aqui. Vamos para baixo.
Alexandra: Não quero. Eu prefiro ficar aqui em cima.
Roel: E eu só de te ver até fico com dores cá em baixo.
Alexandra: O quê?
Roel: Os trovadores já estão lá em baixo. – arrastando-a pela perna - Anda. Vamos dançar.

Assim foi. Dançaram uma música bem agarraditos, para grande felicidade do Roel, até que depois a Alexandra cansou-se e resolveu sentar-se.

Roel: Então?
Alexandra: Doem-me as pernas.
Roel: Mas eu quero dançar.
Alexandra: Procura outra rapariga com quem dançar.
Roel: Ok. Ciao então.
Alexandra: Vais ter com outra?
Roel: Ahm.. se calhar..
Alexandra: Ah, ok.
Roel: Porquê?
Alexandra: Nada, nada.
Roel: Ok, fui.
Alexandra: Quem disse que eu que estava com ciúmes?
Roel: Err.. ninguém.
Alexandra: Ah pensei...
Roel: Então vou mesmo.
Alexandra: Isso, vai divertir-te com a tua boneca insuflável e deixa-me aqui sozinha.
Roel: Mas tu queres dançar ou não?
Alexandra: Não.
Roel: Então vou-me embora.
Alexandra: Acho que fazes bem. Consigo passar muito bem sem ti.

E foi então que o Roel se afastou, deixando Alexandra com uma lágrima tímida no canto do seu olho azul.

Abutre: Estás a chorar?
Alexandra (limpando os olhos e o nariz): De onde é que tu saíste?
Abutre: Do teu coração...
Alexandra: ...
Abutre: Estás a gostar da festa?
Alexandra: Não.
Abutre: E de mim?
Alexandra: Também não.
Sozand (aparecendo em cena do nada): E de mim?
Alexandra: Ai o cara--
Abutre: Gostas mais dele do que de mim?
Alexandra: Não.
Abutre: Então gostas mais de mim do que dele!
Alexandra: Gosto tanto dos dois como de elfos com caganeira.
Abutre: Bem, já não é mau.
Sozand: Meu, os elfos têm sempre os intestinos limpos.
Abutre: Ah...
Alexandra: Estão a ver como são espertos? Vá! Agora vão-se embora, seus animais.
Abutre: Mas eu...

Alexandra apontou-lhe uma obra niilista com aspecto ameaçador e conseguiu afastá-los.
Acabaram por ir os dois juntos embora, com o objectivo de tentar galar a Solange, que é aquela gaja que aparece em todo o lado, mas que nunca ninguém sabe quem ela é.

Vendo-se sozinha, Alexandra procura Roel com os olhos, entre os pares que dançavam ao som das baladas. Quando o encontrou, este sorriu-lhe. “Sorrir? Depois do que este filho da mãe me fez ainda tem o descaramento de sorrir? Eu ria-me era se fizesses esse sorriso brilhante na cama...eheh” pensou, e deu consigo a sorrir também.

Como estava a ficar tarde, Alexandra decidiu retirar-se para os dormitórios femininos, onde as raparigas se pavoneavam em justos vestidos de noite que modelavam suavemente as curvas dos seus carnudos corpos sensuais. Por outras palavras,

Rumba: OH BOUAS! VENHAM CÁ OH BOUAS!

Alexandra resolveu deitar-se rapidamente, tendo ainda tempo de ouvir a excitação das suas companheiras sobre o que se passaria nessa noite, algo que tinha a ver com o “Arcebispo do ceptro grande”.
Concentrou-se, limpou a mente de todas as imagens depravadas e adormeceu tranquilamente.


No dia seguinte, foi acordada pelos gritos do general que parecia o gajo do Full Metal Jacket e dirigiu-se rapidamente para o pátio.

Midd: Soldados! Um mensageiro chegou da cidade de Farion. Parece que lá estão a oferecer azeitonas gratuitas para fazer saladas! Mas nem tudo é bom! Ao que parece as azeitonas estavam meio estragadas e por causa disso, alguns soldados resolveram conquistar Mireti em sinal de protesto, tendo 679,248/954 dos soldados, que é aproximadamente............ 71,2222222223%, segundo a regra das probabilidades de Laplace, resolvido revoltar-se. Portanto, o terceiro e quarto pelotões, vão hoje reforçar as defesas de Farion e planear um assalto a Mireti. Podem levar o Jipe TT, mas não o de 2005 porque eu quero ir dar uma voltinha nele ainda. Quanto ao primeiro pelotão, pode ir brincar com arcos, para defendermos Lazindur. O segundo pelotão vai se dirigir à aldeia de Cliffthorn, onde os ursos têm atacado as velhinhas com pistolas de pressão de ar. Até já mataram uma vizinha da minha tia. Espero que estejam conscientes que vamos enfrentar guerra de duas frentes. Já fizemos um pacto de não agressão com os elfos, em princípio podemos confiar neles, caso contrário, cortávamos-lhes as orelhas, pintávamo-las de amarelo e vendíamo-las no mercado de Lazindur como post-its!! Quanto aos membros da BAU, vamos analisar a situação e ponderar a melhor maneira de agir. Têm as vossas ordens. Pisguem-se!


Alexandra e Roel encontravam-se no segundo pelotão, e prepararam por isso a caminhada de um dia até Cliffthorn. Alexandra concentrava-se no desejo de fazer justiça aos traidores de Mireti, enquanto Roel, que a observava por detrás apaixonadamente, concentrava-se no desejo de fazer justiça à alcunha que tem desde a primária: “Roel, o Roedor de Rabos Redondos.”
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NZL

História original por: Middnight

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