domingo, outubro 09, 2005

"homens ficam grávidos"

Hail Imperialistas!

Vou usar um pouco das linhas antecedentes ao assunto de que trata este post para dar a entender qual o meu intento ao escrevê-lo. Agradeço desde já o tempo que dispensam ao virem ler os meus posts e também ao ler os posts deste grande BLOG, o IMPERIALIUM!!!
É verdade, trata-se de um sítio de culto onde as pessoas podem sempre ler as ideias expostas pelos imperialistas activos e vi-las debater sem qualquer medo de polémica a elas inerente.
Assim, após os breves tempos mortos de que disponho para pensar no que é a minha vida e a vida que a sociedade em geral, venho aqui expor um problema que apenas demonstra a embriaguez mental em que a nossa sociedade dita “futurista e dinâmica” vive, que afinal outras sociedades terão vivido, estamos claro a falar das civilizações Gregas, Romanas, ou até dos países contemporâneos como a França, Alemanha, EUA e tantos outros que já passaram pela mesma crise que estamos a passar, mas que trataram de arranjar uma solução para isso e não ficar na crise à espera que venha alguém para nos tirar dela…
Posso desde já dizer que este post não serve apenas para eu, _Ice_Mind_, vir expor a forma irónica de ver esta crise de valores e de pensamentos, não, tal como tenho feito anteriormente nos posts aqui expostos. Desta vez venho aqui apelar a opiniões e respostas que me ajudem a perceber o porquê da nossa posição e de que forma poderíamos resolver esta mentalidade estática e que faz questão de se embeber numa ignorância relacional e intelectual.
É também de referir que felizmente estas questões não afectam apenas a mente gelada, posso orgulhar-me de privar com pessoas cujas mentes também questionam o que anda à sua volta, qual o motivo da sua existência. Há que fazer as coisas com algum sentido e não apenas divagar… afinal, somos pessoas não inúteis, mas sim incompreendidas na sua realidade circundante e desconhecida, somos seres que vivem numa sociedade inadaptada e embebida numa ignorância relacional, intelectual e de valores, na qual as pessoas vivem como “cadáveres adiados que procriam” (F. Pessoa), procurando algo, mas que não sabem o que procuram. Estão “mascaradas por acções banais duma vida que elas próprias desconhecem!”.
Estamos a lutar por objectivos? Que objectivos? Que andamos a fazer? Talvez nem nós próprios saibamos qual é o nosso projecto de vida, mas cabe-nos lutar e procurar perceber qual é, temos de definir objectivos e lutar para alcançá-los, não se pode apenas viver por viver. Temo que seja este o maior fantasma que assombra a nossa sociedade e que apenas alguns tenham a oportunidade de o ter descoberto, outros estão ainda no caminho para o descobrir, mas a questão é: Será que o iremos descobrir a tempo? Estaremos na disposição de largar as inúmeras acções fúteis e inúteis que praticamos, apenas porque os outros praticam, ou estaremos predispostos a perceber qual o nosso sentido de existência?
Até hoje sempre procurei definir objectivos e alcançar projectos que estimulassem a mente gelada, e espero não ter sido demasiado ousado por isso. Se assim for, estou condenado à minha luta por uma existência vazia, mas o certo é que irei satisfeito por isso mesmo, porque defini o meu projecto de vida e recusei-me a viver nesta embriaguez que acima referi.
Penso que não fomos feitos para reagir, mas sim para agir, para reagir temos os nossos instintos de animais, não menosprezando, como é claro, os que o são. Mas, a verdade é que nós possuímos uma inteligência particular que deve ser aproveitada e explorada, ainda que corramos alguns riscos a fazê-lo. É importante fazê-lo e ainda mais importante perceber quando estamos a caminhar erradamente na nossa busca de satisfazer o nosso objectivo.


Após esta breve reflexão e, como não poderia deixar de ser, vem um episódio vivido pelo _Ice_Mind_ e o qual não poderia passar ao lado de ser alvo de especial atenção da mente gelada.


Como alguns sabem, o _Ice_Mind_ optou por ficar um ano a fazer melhorias e a lutar por entrar no curso que tanto ambiciona. Como tal, voltaram as aulas de Biologia, das quais vou contar uma em especial…
Nesta sexta-feira foi-me dado um documento que se trata da compilação de vários excertos de outros documentos entre os quais se encontrava um intitulado: “Os homens também ficam “grávidos”.
Escusado será de dizer que és este artigo que é alvo de grande parte da minha atenção e o qual eu vou explorar em conjunto com vocês. (Agora sim, a ironia e sarcasmo voltam à carga!).

Leiam então o breve excerto:


“Homens grávidos” é uma expressão usada para dizer que a sociedade “preocupa-se muito com a mulher e esquece-se do homem”. Os homens também podem ter uma depressão pós-parto, originada por: o ciúme em relação ao bebé – pois “a relação passou a ser a três e a relação mãe-bebé é sempre mais forte inicialmente” – o pai ser relegado para segundo plano. “Insegurança relativamente à capacidade de cuidar do bebé, na vida conjugal, medo de não cumprir a função de pai e as repercussões na vida social, familiar, e profissional” que surgem com a chegada de um bebé.

Além disso, “a mulher não está muito disponível, do ponto de vista sexual, após o parto”, estando “mais virada para a criança”, e o homem “tem de aturar uma mulher diferente”, “mais exigente e mais piegas”. A dinâmica relacional muda muito e é preciso estar a três".

Vamos então passar a analisar e também perceber o porque desta minha introdução reflexiva a este post:

a sociedade “preocupa-se muito com a mulher e esquece-se do homem” – meus senhores, desde quando é que o homem é passado para segundo plano, ele é e será sempre o primeiro plano. Ele foi à Lua, ele faz guerras, arranja amantes, adora estar no plano (se é que me entendem…) ele arranja é sempre forma é de nunca sair do plano!

o ciúme em relação ao bebé – Oh meus senhores, se ainda fossem ciúmes em relação à mulher do irmão, agora em relação à criança?! Não digo que devíamos rever a nossa forma de pensar e ligar menos ao caso da Casa pia?! Quer dizer, qualquer dia os turistas que tenham filhos não vêm cá! Sinceramente… é que não havia necessidade!

“a relação passou a ser a três” – Iupi! É o que qualquer homem que se preze diz! Até porque ele tem sempre a fantasia de arranjar mais uma mulher para a cama! Não me digam que nunca tiveram uma fantasia a três??? Que é feito do ménage à trois em que o homem delira na sua preversão?!
Além disso, se já existe uma criança em casa, então esta também já é uma para aturar as pieguices da mulher e as suas queixas! Há que ter tudo em família!

a relação mãe-bebé é sempre mais forte inicialmente”- Acho muito bem, assim, enquanto dão um pouco de descanso à cabeça de um gajo, estão ao mesmo tempo a preparar, s for um menino, um próximo homem que possa vir a ter lições com o pai para saber como arranjar uma gaja toda boa onde se “entreter”! E VIVA O CAFÉ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

o pai ser relegado para segundo plano – Ora aí está a grande oportunidade de um gajo trabalhar no sentido de arranjar o terceiro elemento para o “trabalhinho a três” acima referido! Como vêm, tudo na natureza está equilibrado para o homem!

“Insegurança relativamente à capacidade de cuidar do bebé – um gajo sabe sempre como cuidar de um bebé! Agora estamos aqui a armar-nos em mariquinhas ou o quê?! Toca lá a arregaçar as mangas porque o puto está a crescer e temos de lhe dar as belas lições sobre sexo e todos os tipos de desporto! Não queremos que o puto fique socialmente inadaptado!
Se for uma menina, há que meter-lhe medo com o sexo, assim já podemos dormir mais descansados ao fim do dia!

“a mulher não está muito disponível, do ponto de vista sexual, após o parto”- Isto é natureza a dar-nos mais uma vantagem! Ela está a recuperar-se e criar um apetite sexual voraz, assim, quando estiver boa, temos a vantagem de ter uma porca do sexo na cama! Além da amiga que tínhamos arranjado para a cena a três!

A dinâmica relacional muda muito e é preciso estar a três – A própria psicóloga, como esposa dedicada, reconhece que é preciso estar a três! Desmente que a proporção sejam de duas para um! Eu não digo?! Até a ciência, em conjunto com a natureza apoia o gajo!


Ser gajo não é excelente? Só por isso msm?

Hasta!

3 comentários:

Anónimo disse...

Oi ice mind, bonito post! É... grande, pausado... tem café! E mta perversão (que é o que a malta gosta).
Admito que a primeira parte não me entusiasmou muito, é muito pesado para os meus habitos de "leitura de sanita". Mas das poucas vezes que penso no assunto dou-te razão. O ser humano está muito mecanisado e já não vê muitas opções. Faz o que outros tb imitaram de posteriores.
Epa... mudando de tema. Axo que esse artigo é falso. Pelo menos quando penso nisso... ciumes do bebé? Até nos alivia um pouco! Já temos resposta para quando nos chatearem para passear, para ir às compras, para não as termos à perna durante o jogo do glorioso... Só vantagens, e se alguma vez nos sentirmos sozinhos podemos sempre confirmar que ha alguem com uma genitalia mais pequena que a nossa. E claro está, as idas demoradas para comprar fraldas com a melhor amiga da mulher!

Continua com os posts! Surpreendenos!
Fica bem ;)

Anónimo disse...

Icemind,

Espero que continues a dedicar-te a esta actividade que, não só ajuda a passar o tempo como também a desenvolver o intelecto e a apreender a escrita como forma de comunicação com os outros. Um bocadinho machista de mais para o meu gosto, já que sou gaja, mas como te conheço, sei que é mesmo assim :)) Não poderias dar nenhum braço a torcer de forma alguma... Neste tipo de assuntos, apenas posso dizer uma coisa: "cá calharás!" (depois haveremos de ver como é afinal, mais tarde...) A ironia é um bom recurso na escrita, mas não deixes que ela se perca nas repetições e redundâncias que cometes aqui e ali. São profundos os pensamentos da primeira parte, infelizmente raros nas pessoas da tua idade. E mais raros ainda nas acções, mesmo que passados à escrita. Não te envergonhes dos projectos e objectivos a que te propões e de para eles lutares. Esse é o sal da vida, e só perde quem nunca o provou. Força e "boa continuação" (esta é uma expressão deveras angolana... desculpa lá isto)

Nerzhul disse...

Eu tenho sido preguiçoso para comentar este post, mas agora vou comentar mesmo.

Quanto à primeira parte deste, devo dizer que fiquei surpreendido. Quando falaste na crise de valores, o cancro da sociedade de hoje, podia jurar que ias falar do hip-hop ou do rap e de todas as outras futilidades do (proveitoso) mundo da "música" que movem a nossa geração e a geração seguinte. Ou até mesmo da exploração de emoções que é feita nos meios da comunicação, ou da venda de lixo nestes. Ou até dos outros infinitos problemas da humanidade como uma civilização incivilizada.
Em vez disso, resolveste mostrar que aqui também se debatem outros temas existenciais mais profundos.

E fizeste bem porque foi uma boa introdução para o que disseste a seguir.

A segunda parte foi um belo contraste, e no total deu origem a um bom post!