quinta-feira, março 23, 2006

É preciso darmos uma…

Parte estúpida do post: (aka: parte sem piada)

“É preciso darmos uma volta, as glândulas precisam de fabricar aquele tremendo liquido outra vez, e nós precisamos de voltar á luta, contra ursos e outras criaturas de cérebros parecidos. O nosso tempo de repouso já passou, agora temos de seguir em frente para o humor mais estupendo deste pais, a hora é agora! Não ficaremos para trás! Esquecidos no tempo como outros blogs que foram para livro e que aquilo nem serve para limpar o ra”

Cass: mas queres que eu traga porno?
Midd: epah agora não! Não vez que estou a criar?
Cass: possa, já pareces aqueles cabeleireiros gays, tem lá calma. Não te ponhas ai a berrar que precisas de concentração para fazer a tua criação.
Midd: então o que sugeres?
Cass: põe a porcaria dos fones

E assim o faço pondo os fones nos ouvidos, uma súbita dose de inspiração corre pela minha narina a cima, assim como as fadas e as musas que também inspiram ou inspiração dão entram-me pela narina esquerda a cima, antes pela narina do que por outro lado… como o ouvido, é que podiam romper o tímpano e isso era uma beca chato, porque depois já não podia ouvir a musica e assim não tinha esta grande inspiração para escrever nada. No entanto não foi assim, a musa entrou mesmo pela narina esquerda, acho que o nome dela era Matilde e vive no rio douro, perto de uma gruta, agora não sei o tamanho da gruta, se calhar é só um buraquinho visto que não me custou assim tanto a meter a musa pelo nariz a dentro, a menos que ela seja claustrofobica, nesse caso precisa de uma grande. Isso dá-me uma ideia, já que os BAU matam ursos, podiam depois vender as cavernas ás musas e outras criaturas que gostam de habitar em cavernas, é que já é muita caverna desabitada, que estamos para ai a deixar, bem que usamos uma para fazer um churrasco mas isso foi uma, ainda há muitas ai e também deve haver muita musa, ninfa e outras criaturas com ar de pitas claustrofobicas que precisam de uma caverna daquele tamanho e também, com tanto artista ai que precisa de inspiração, acho que as musas precisam de espaço para deixar os planos, ou quem saiba para uma base de musas, onde elas decidem quem é que vai entrar para o nariz de quem e que ideias vai dar a esse individuo. Se elas fizerem isso, digo desde já que são umas porcas, porque vocês tiveram a ler isto tudo, isto nem se quer faz parte do post e não teve piada nenhuma.

Mas pronto, a inspiração que tive no momento não foi boa e então com os meus super poderes de narrador, enquanto escrevo a historia sem piada nenhuma, vou narrar os acontecimentos que se passam aqui neste pequeno escritório perdido no nada que é tudo tipo o sal que não salga e não se deixa salgar porque gosta é de azeite.

Narração propriamente dita. (AKA: parte ainda mais estúpida e igualmente sem piada)

Enquanto eu abusava freneticamente da musa para escrever algo de jeito, a Cassandra andava pela casa a limpar o pó [aparte]POIS É PORQUE MULHER QUE É MULHER LIMPA O PÓ! OU LIMPA O PÓ OU APANHA NOS CORNOS [/aparte] (claro que depois deste comentário eu fui violentamente agredido com um espanador no pó, tive de ir levar quatro pontos na cabeça e por um braço ao peito mas após isso continuei a historia).

Agora só com um braço disponível para escrever, comecei a escrever muito mais lentamente, assim que nem uma tartaruga fora de água, apesar se forem daquelas pequeninas, até conseguem ser muito rápidas, mas não era como essas, era como as gigantes, muito lentas e chatas……

E pronto, lá estávamos nós, ocupados com os nossos afazeres eu a escrever uma porcaria que não era esta, ela a lim… a fazer as coisas dela. Estamos ambos em harmonia, em paz e em amor… por acaso amor é uma coisa que falta, mas os outros dois neste momento existiam. Mas não por muito tempo, porque uma força aterradora capaz de destruir cosmos… que é a Cassandra, estava prestes a colidir com outra força também muito ela aterradora, mas por acaso eu……. Eu fazia……. Coisas…….

Três toques são ouvidos na porta, três fortes e pausados toques, como eu estava com os fones não os ouvi, mas graças aos poderes mágicos de super narrador do espaço cósmico astral sei que eles foram ouvidos, mas quem os ouviu realmente foi a Cassandra, que poisando o espanador e tabuada do ratinho dirige-se rapidamente á porta, com cuidado ela abre-a só para descobrir que não está ninguém do outro lado, intrigada ela volta a fechar a porta mas quando se afastava, ouve os três mesmos toques na porta, o seu coração dispara “será que é um fantasma” pensou ela “será que é um fantasma de uma gaja boa de cabelo rosa que vem ai” acrescentei eu. Então a Cassandra abre outra vez a porta e depara-se com uma beleza de cabelos loiros, olhos azuis, peitos tesudos e um rabo que já fez muito bom homem ser vaporizado por extraterrestres.

Cass: Alexandra…
Alex: Cassandra…

Um olhar de ódio é trocado entre as duas, quase conseguia-se sentir a tensão, faíscas davam-se no espaço onde os seus olhares se cruzavam os objectos em volta tremiam e coelhos, daqueles coelhos fofos com os olhos muito queridos…. Entravam em combustão instantânea, pássaros caíam do céu e até nas profundidades do inferno os demónios escondiam-se atrás de pedras com medo do que fosse acontecer de seguida.

O tempo em que as duas se olhavam em pleno ódio já era tão grande que uma mãe coelha gritava ao fundo “parem com essa merda! Estão a queimar-me os putos todos!!” e ouvindo isso, é ai que a Alex quebra o silencio.

Alex: pega.
Cass: prostituta.
Alex: meretriz
Cass: rameira.
Alex: menina da má vida
Cass: Profissional do sexo
Alex: Galderia só aos tempos úteis porque aos fins-de-semana vai para o milheiral fazer de padeira para concretizar as fantasias do Abutre.
Cass: tuchê

Outra vez o silêncio instala-se pois os olhares, diziam mais que as palavras e no meio do ódio todo instalado apenas se ouvia “OUTRA VEZ NÃO!!! AI OS MEUS FILHOS!!!” era claro que estas duas raparigas detestavam o coiro uma da outra, mas no entanto a Cassandra ainda tenta apaziguar a situação, em nome dos coelhinhos.

Cass: Então diz-me… o que queres?
Alex: vim aqui falar com o Midd e só com o Midd…
Cass: tudo o que lhe disseres podes dizer á minha frente… maaas, agora não pode ser.
Alex: e porque não pode ser?

A raiva contorcia-se na face delas conforme elas falavam, mas pelo menos os coelhos já não ardiam, mas com esta pergunta a Cassandra fica sorridente devido á grande noticia que tem para dar.

Cass: ele não pode, porque ele está a escrever para o Imperialium neste preciso momento.
Alex: hmmm.. está a inspirado outra vez não está

Responde a Alexandra sem parecer no mínimo interessada

Cass: está sim e agora não pode ser perturbado, porque este trabalho é muito importante e tem de estar acabado antes de dia 24 de Março
Alex: então quer dizer que ele está mesmo a tentar escrever humor.
Cass: sim!
Alex: deve ter sido do que eu lhe fiz ontem á noite…
Cass: do que... ah? Hmm? Ga…

A Cassandra fica estupefacta com a declaração de Alex, por todas as coisas que podiam ser ditas ela estava pronta, mas não esta. Ela fica a olhar para a sorridente Alexandra por mais uns instantes enquanto tentava tirar o olhar de choque da cara, virando-se lentamente a sua face começa a tomar uma expressão de ódio e raiva.

Para a cena seguinte preciso que imaginem a musica mais barulhenta que têm, a ser ouvida no máximo de volume nuns fones de boa qualidade, a placa de som também dava jeito ser boa, mas agora imaginem uma voz a passar por essa barulheira toda e a penetrar os vossos ouvidos, mais ou menos como a musa entrou pelo nariz, mas desta vez dói. Então isso foi o que aconteceu quando a Cassandra berrou um valente “MIDD!!!”, claro que sofri, mas sofri em silêncio, porque fosse o que fosse eu não queria ser chateado, não agora que com tanta inspiração eu estava para fazer um magnifico post! Mas no final das contas escrevi esta merda.

A Cassandra avança furiosamente contra mim enquanto eu ainda me encontrava distraído a tentar fingir que não a ouvi, mas é interrompida assim que a Alex, depois de entrar, lhe dirige a palavra:

Alex: não vais querer que ele pare de escrever pois não? É que ele está a escrever para o imperialium! Após este tempo todo. Será possível? E será que ele vai ter inspiração suficiente para acabar.

A Cassandra olha para trás com um olhar feroz, os seus olhos brilhavam numa cor vermelha e outra vez o chão tremia, até conseguia ouvir “EU NÃO ACREDITO!! QUEM É QUE ESTÁ A PEGAR FOGO AOS MEUS FILHOS!!!”.

Cass: não me obrigues a por a historia do Midd sem personagem principal.
Alex: bah! Tu não conseguias nem que tentasses!
Cass: deves pensar que sou como os maricas daqueles gajos que andas a dar porrada.
Alex: para dizer a verdade, eu já apanhei mais porrada do que dei.
Cass: AHAH então está preparada para sofrer nas mãos da Cassandra! A poderosa incineradora de coelhos.
Alex: sabias que os coelhos daqui da zona são animais em vias de extinção?
Cass: são?
Alex: sim, saiu nas noticias á pouco tempo

Claro que ouvindo isso a Cassandra começa a berrar numa choradeira desenfreada daquelas de baba e ranho e com “o que é que eu fiz” por cada 5 soluços.

Alex: estás bem?... vá lá… tu estás bem?

Um telefone toca e a Alexandra vai rapidamente atende-lo como se tivesse em casa, do outro lado, uma voz desgastada diz:

Lunático: pergunta ai á Cassandra se ela está bem.
Alex: o jovem dos GEA pergunta se estás bem.
Lunático: Tu conheces os GEA???
Alex: claro que conheço.
Lunático: mas eu pensei que vivias noutro mundo.
Alex: sim, mas são bem conhecidos lá, até foi criado um culto em Mireti com base nessa banda e eu faço parte do Fan club.
Lunático: ai é? Já temos fans… ora bolas então isso…
Cass: EU ESTOU A SOFRER! NINGUEM ME LIGA NADA! BUAHAHAHAHHHHHH
Alex: peço desculpa, mas tenho de ir ali tratar dela, xau xau
Lunático: tratar dela? Posso ve…….
Alex: vá lá Cassandra, tu sabes que eu estava a brincar.
Cass: snif.. es-estavas?
Alex: estava sim…
Cass: AI ESTAVAS SUA PORCA? PÕES-ME AQUI TODA DESOLADA POR CAUSA DE NADA?
Alex: a sério eu nunca pensei que fosses daquelas que se importava por coelhos…
Cass: EU MATO-TE!

E assim ela tentou fazer, agarrou-se ao pescoço da Alexandra e tentou sufoca-la mas foi nessa altura que eu virei-me para traz, e observei estupefacto a situação que decorria e elas as duas, chocadas olhavam para mim como se tivessem visto um monstro. O silencio instala-se num momento um tanto ao quanto inquietante.

Midd: tu estás com a mão na mama dela?
Alex: NÃO! NÃO! Estou a tentar afasta-la!
Midd: ah!.... e tu estás a agarra-la para a beijar?
Cass: OH CUM CARAÇAS TIRA-ME ESSAS IDEIAS DA CABEÇA!
Midd: tá bom…. Então não vão fazer nada lésbico pois não
Alex/Cass: NÃO!
Midd: então podem parar de se matarem na minha casa? É que eu não quero limpar o sangue.

Lá se largam as duas e põem-se de cabeça para baixo com ar de arrependidas.

Midd: ora bem, então vocês as duas portaram-se muito mal… e agora vão ter de se castigar uma á outra
Alex/Cass: sim mestre.

E então elas agarram-se sedutoramente e….

Mensagem do vosso narrador favorito:

“Peço desculpa a repentina mudança de historia, mas é que já passou algum tempo e eu não quero mentir a ninguém, eu não tiro lésbicas da cabeça, se calhar a musa que me entrou pelo nariz era uma musa lésbica e está a dar-me estas vontades, já agora, as musas têm mesmo sexo? Ou eu já estou a inventar? É que eu nunca vi uma musa, neste caso um muso, musas há por ai aos pontapés agora um muso… terei de averiguar isso depois, agora prosseguindo com a historia”


Midd: expliquem-me o que raio é que está a passar-se aqui?
Alex: é que eu vinha aqui pedir 3 ovos e ela não deixou!
Cass: mas ela diz que te esteve a fazer coisas ontem á noite! E é mentira
Alex: e depois ela disse que queria saltar que nem uma menina malvada em cima de mim.
Midd: calma! CALMA!... já estamos a ir para as lesbiquices outra vez…
Mãe Coelha: com licença, esta porta estava aberta e eu preciso de ter uma conversa com a menina lorira
Alex/Cass: o que é que eu fiz?
Mãe Coelha: não é a girinha, é a que tem ar de rameira.
Alex: isso deixa-te a ti minha cara.
Midd: EI! Ela não vai a lado nenhum, a senhora não viu o poster?
Mãe coelha: raios! Mas bem… vale a pena tentar não?
Midd: sim, sim, mas vá-se lá embora agora. E em relação a vocês as duas. Cassandra leva a Alexandra á mercearia e aproveita e compra ovos para nós.
Alex: wow, poster’s que mexem-se, que coisa mais foleira
Cass: mas porque eu??? Porque é que eu tenho de ir com esta nojenta?
Alex: nhanhanha porque, porque, nhanhanhanha
Cass: ainda por cima ela cheira mal!
Alex: nhanha… EI eu não cheiro mal! Eu cheiro a um divinal perfume de rosas.
Midd: Param de empatar e vão?

E assim finalmente consigo ver-me livre delas, sento-me outra vez em frente do computador para continuar a escrever… mas há alguma coisa que me falta….

Merda, a musa fugiu…



Comentário do autor:

Desculpem, eu sei que foi mau, eu simplesmente não estou habituado a humor depois deste tempo todo, já não consigo ter piada, peço as minhas mais sinceras desculpas, argh isto está tão mau que até me dá vómitos, acho que podiam me entrar umas catorze musas pelo nariz a dentro que eu não escrevia nada de jeito, acho que essas catorze musas nem iriam querer entrar para o meu nariz porque seria uma perda de tempo, não tem piada estou sem humor… e este é possivelmente o meu pior post, isto é… sem contar com um ou dois que eu deixei para traz, isto é grande e não tem ponta por onde se pegue, não tem mesmo piada……….

Desculpem

A Visita ao Pandemónio - Capítulos 1 e 2

Those who dream by day are cognizant of many things
which escape those who dream only by night.


Edgar Allan Poe





Prólogo

Inútil é a realidade enquanto vivida por um sonho esquecido.

Com este pensamento em mente acordei para um dia que mudaria a minha vida. A tempestade da véspera dissipara-se com a luz emanada por um céu límpido que, infinitamente sereno, me observava de longe como a um estranho, inesperadamente saído de casa em direcção a lado nenhum.

Continuei o meu caminho erróneo durante alguns minutos. À minha volta, até o mais pequeno indício de vida parecia ter uma vontade sua, adquirindo por isso uma dimensão inatingível a partir do meu limitado alcance humano. A natureza elevava-se gloriosa e sublime perante mim, contrastando com a obscuridade do espírito que me possuía.

Por breves momentos parei. Parei para observar este mundo bizarro e constrangedor. Seria eu parte de um teatro ancestral? Seríamos todos nós, os autómatos de algo superior que nos controla a partir da escuridão? Ou, talvez, personagens de um livro épico, cujo autor morreu antes de a obra finalizar?

Ignorei as respostas, esqueci as perguntas.

O caminho acabou por me levar a um centro comercial quase deserto.





Capítulo 1

Abordagem do Frequente Sonho Fugidio

No interior do centro comercial, as lojas estavam decoradas para uma festa qualquer que eu desconhecia. Ouvia-se o ressoar de um barulho de discoteca que atravessava as paredes e as fazia tremer num ritmo monótono e incessante.

Passei por uma papelaria onde estavam expostas diversas revistas com as mesmas pessoas nas capas. Numa delas, era possível ler, em letras garrafais, a lista que caracterizava uma dessas figuras: “Maltratada e violada em criança, apaixonada e casada com um marginal, presa durante dois anos, dedicou-se à prostituição, tentou suicidar-se por diversas vezes, mas acabou por se tornar uma diva do jet set francês”. Não consegui entender por que razão se estava ela a candidatar a um concurso estúpido quando, com um conjunto de feitos como aquele, podia concorrer directamente a presidente da república.

No balcão dessa mesma papelaria encontrava-se uma mulher ruiva, o seu rosto mergulhado numa escuridão intangível. Dei comigo a pensar que o mundo dela que eu criara em mim subsistia somente enquanto eu existisse. Era um mundo isolado que ela desconhecia apesar de ser centrado nela. Apercebi-me finalmente que esse mundo era tão real quanto a sua presença ilusória a dois metros de mim.

Nesse instante, ela saiu de trás do balcão, avançou na minha direcção e, sem parar, atravessou-me como a um fantasma. Olhei para trás, porém não a vi a ela, mas a uma figura encapuzada que chocou violentamente contra mim e me projectou disparado na direcção do balcão, deixando-me inconsciente durante o tempo suficiente para me poder roubar.

Fui acordado por uma escultural presença feminina a meu lado. Ela usava um longo vestido preto que lhe descobria os ombros, o seu cabelo negro era curto e ondulado e os seus olhos brilhavam uma profunda escuridão impenetrável. O seu sorriso audaz assinava o seu nome no ar, e foi através dele que a reconheci, apesar de nunca a ter visto pessoalmente.

– Anne! – exclamei eu perplexo enquanto me levantava.

– Não estava à espera que me reconhecesses. – disse ela, com a sua voz suave e melódica carregada de um sensual sotaque francês.

– Mas... tu existes?

– Convém... afinal de contas, foste tu próprio que me criaste.

– É verdade. És bem mais agradável pessoalmente do que naquele livro que comecei e...

– E nunca acabaste! – interrompeu ela ferozmente.

– Bem, uma vez que existes realmente, dou-te autorização para tu própria o acabares.

– Lamento, mas vou ter de recusar a proposta: tenho assuntos pessoais a atender. E tu próprio também deves ter.

– E tenho mesmo. Por acaso não viste o...

– O ladrão? Vi sim. Ele fugiu para o andar de cima. Ainda tentei ir atrás dele, mas estes sapatos de salto alto não foram feitos para correr.

– Muito obrigado. Vou andando então. Gostei de te... “conhecer”.

– Sim, eu também. – E uma sensação de déjà vu fez-me estremecer no momento em que ela terminou de pronunciar as palavras: – Toma cuidado.






Capítulo 2

O Delirante Vestígio de um Acordar Momentâneo


Saí da papelaria e olhei para cima.

Devido à existência de uma frondosa árvore, plantada uns quantos metros à minha frente, tinham deixado uma larga abertura nos pisos acima. Através dessa abertura, pela qual podiam passar pelo menos trinta árvores daquelas, pude observar o sítio onde me encontrava.

O edifício do centro comercial era invulgarmente alto, devendo possuir seis ou sete andares, assumindo que eu me encontrava no nível térreo. Cada andar, por sua vez, tinha altura suficiente para albergar um avião transportador de passageiros, ou um bonsai gigante.

Comecei a procurar uma escadaria rolante por onde pudesse subir ao primeiro andar, mas encontrei primeiro um elevador, por isso chamei-o e, passados apenas alguns segundos, as portas abriram-se, convidando-me para entrar.

Entrei no elevador e, olhando para o painel de botões, verifiquei que o centro comercial possuía onze andares, estando três deles abaixo do chão e seis acima, os outros dois eram o piso térreo e um piso assinalado como sendo secreto.

Sem saber bem onde deveria carregar, pressionei no primeiro andar. As portas fecharam-se e o elevador começou a subir.

Por que será que puseram um sinal luminoso a apontar para este botão, se este andar supostamente é secreto?

– Boa pergunta! O sinal é meu e eu próprio não sei!

– Quem disse isso? – perguntei eu.

– Uma voz vinda do nada. – respondeu a voz vinda do nada.

Ok, estou a imaginar coisas. O melhor é ignorar.

– Isso! Ignora-me como toda a gente faz! – e a voz começou a soluçar – Toda a gente me pisa todos os dias e ninguém me agradece no final.

– O quê? És a carpete? – perguntei eu, levantando um pé e olhando para o sítio onde ele se encontrava antes.

– Achas? Eu sou o elevador! A carpete? Também não estou assim tão mal!

– Hey! – protestou a carpete.

– Tu também falas? – estranhei eu.

– Aqui toda a gente fala – respondeu a carpete – mas eu tenho de pagar ao elevador para falar, para além da taxa mensal do arrendamento desta co-propriedade.

– Isso é tirania. – obstei.

– Aí é que te enganas! Mas permite-me que me apresente: o meu nome é... – fez uma pausa para exprimir o seu orgulho – Zacarias! E sou o elevador mais rápido deste centro comercial. Consigo fritar três hambúrgueres em apenas quatro minutos! Consumo menos electricidade que um vaivém espacial e consigo adivinhar o pensamento de todos os ocupantes.

– Ah sim? Em que é que estou a pensar agora?

– Estás a pensar em "quem não deves".. ou seja na.......

– sim........?

– ........ Raios! O meu modelo é o WV174. Só a partir do modelo WV274 é que foi incluída a capacidade de desafiar narradores.

– Isso é uma desculpa muito fraca e um chavão da literatura nonsense.

– Mas é verdade, vê lá tu que o meu primo é um WV274 e consegue fritar quatro hambúrgueres, quatro ovos estrelados e uma lata de oito salsichas em apenas três minutos e meio. Uma vez, ele ameaçou um narrador de morte se ele não o metesse numa história de um tal de Louco e o gajo acabou por metê-lo mesmo! Ele actualmente está em full-time num restaurante do Feijó. Ganha mais que eu, o estupor.

– Pronto, ok.. convenceste-me.

– Bem, a partir deste local, a tarifa muda e passas a pagar mais. – disse o Zacarias ao fim de alguns minutos de silêncio.

– Pagar? Mas eu só queria ir para o primeiro andar. Já para não falar que está a demorar demais para um suposto elevador super-rápido.

– Eu nunca disse que era rápido a transportar pessoas. Eu sou rápido a cozinhar. Queres que te faça uma omoleta? Tenho aqui uma nova frigideira antiaderente de marca Teka que é uma maravilha!! Embora para eu a poder utilizar tens de pagar a taxa de aluguer do urinol. Ela é muito esquisita em relação aos sítios onde se alivia.

O número no mostrador mudou de “0,999999999” para “1” e as portas começaram a abrir-se vagarosamente.

– Não, não quero uma omoleta. – disse eu, preparando-me para sair – Até logo. Desculpa lá, mas eu pago-te noutra altura. Roubaram-me a carteira e tenho de ir à procura dela.

– Ah! Então foste tu o roubado!

– Como assim, “fui eu”?

– Eu tinha acabado de trazer para aqui uma pessoa e li-lhe no pensamento que ele tinha roubado uma carteira.

– Sabes para onde foi ele?

– Só te digo se prometeres que me fazes um favor.

– Prometo. – disse eu sem intenções de cumprir a promessa – Diz lá.

– Então pronto, o ladrão foi para a farmácia. Quanto ao...

– Ok! Tchau aí então.

– Espera! E o favor? – perguntou o Zacarias, começando a chorar – Tu prometeste! *sniff*!

– Diz lá depressa que eu tenho mais que fazer.

– Podias-me trazer comprimidos para a garganta? – pediu ele, parando de chorar instantaneamente.

– .......o quê?!

– Comprimidos para a garganta, se fazes favor.

– Pronto, ok.. eu trago.. – maldito elevador! pensei, quando comecei a sair.

– Hey! Eu ouvi isso! – gritou o elevador.

– Parece mal fazeres de conta que lês o pensamento dos outros. – repreendeu a carpete timidamente.

– Estás-me a desafiar Vítor Matias?

– Eu, eu... – gaguejou a carpete.

– Ai estás? Então hoje ficas sem jantar, só por causa de uma coisa! E é bem feita porque eu estava a pensar em fazer lasanha!

– Mas eu paguei pela semana toda...

– Não quero saber!

– Porra, vê-se logo que estás com a menstruação...

A discussão entre uma carpete esfomeada e um elevador monopolista continuou atrás das duas portas de metal, que se fecharam atrás de mim em silêncio.


NZL

Edit 1: Apesar de todos os planos que tinha para esta história há dois anos atrás, altura em que a comecei a escrever, não sei se farei a continuação num futuro próximo, ou se farei de todo.
Edit 2: Esta não é a última versão do texto. Algumas partes não têm o nível de qualidade mínimo que eu considero aceitável. Eu editarei o post caso encontre a última versão.
Edit 3: Odeio este post.
Edit 4: Odeio este post.
Edit 5: Odeio este post.
Edit 6: Este post é a demo version do verdadeiro post que virá um dia que o sol não nasça. Stay tunned.

PS: Link para os capítulos 3 e 4.

terça-feira, março 21, 2006

God’s Evil Army – Opiniões… e… coisas… eu nunca fui bom em títulos mesmo

Depois de três meses (foram mesmo três?) em gravações, o que será que cada elemento da banda pensa do seu líder, compositor e cantor, Flahur?


Selenia Yxes (guitarra rítmica):
Odeio-o! Odeio-o, odeio-o, odeio-o!! E sabem porquê?
Durante eras e eras as Yxes foram as vilãs mais temidas. Os heróis mais corajosos evitavam-nas. As donzelas caíam nuas nos seus colos vindas do firmamento. Grávidas e crianças cediam-lhes lugar no autocarro. Até a Osga Vilas apagava-lhes o quadro!
As bruxas Yxes não descendiam umas das outras. Elas nasciam graças a um ente superior, o Bandarra! Este, enquanto se fazia passar por Sebastianista só para descontar para a reforma, dedicava-se a fazer tricô! Também se dedicava a raptar mulheres na aldeia para fazer um ritual invocando Satanás, que as engravidava dando assim origem à futura Yxes. Mas as suas peças de tricô eram o que o mais caracterizava! E eu até perdia aqui bastantes minutos a falar sobre o tipo de tricô que ele fazia, mas prefiro-me despachar antes que o álcool acabe…

Uma vez, o dia fez-se noite, a Lua encobriu o sol, e aquele dia ameno tornou-se gélido, infernal! Satanás, devido ao frio, segundo reza a lenda, não obteve erecção. Envergonhado com isso, foi à casa de banho sorrateiramente e invocou Sammael, um amigo de infância. Este como era parecido com Satã, terminou o serviço por ele sem a miúda dar conta. Desta relação nasceu o primeiro Son of Sam(mael).

Sammael achou boa ideia imitar o seu amigo Satã e sabe-se que de 10 em 10 anos nasce um novo Sam Júnior. As mulheres são escolhidas pelo Fernando Pessoa, outro pseudo-Sebastianista.
Os Sons of Sam nascem com os mesmos poderes malévolos que as Yxes, mas como os SS são uma cambada de retardados, eles nunca os descobrem até que uma entidade demoníaca, chamada Sr. Morcela (ou algo idêntico… eu passei à frente nesta parte quando estudava demonologia) lhes ensina os primeiros passos no mundo da vilania.

As Yxes passaram a odiar os SS pela inteligência que estes não tinham e pelo facto de Satanás também lhes enviar uma prenda pelo Natal (que por vezes até é de melhor qualidade das que ele manda as próprias filhas!).
O ódio que sinto pelo “Flower”, é o mesmo ódio que as minhas antecedentes sentiam pelos outros SS! É algo que não posso evitar! Portanto, eu quero envergonhá-lo e provar que sou melhor do que ele em tudo! É esse o meu objectivo!
Quando o finalmente o conseguir aos olhos de todos, inclusivamente do papá… Continuarei a odiá-lo!! E irei trabalhar como educadora de infância, ou assim...


Lord Staeb (bateria):
Tem boa pinta. Acho que percebe daquilo. A música não é má, apesar de ser muito barulhenta. As letras, segundo ele, não vão ter asneiras e não vão rebaixar o George Bush… Acho mal! Afinal somos uma banda de metal! Há que dizer as coisas com convicção! Há que dizer asneiras quando é preciso! Tipo, “fuck the society!”, “kill God... shit!”, “stop the war, you fucks!”, “don’t kill all the iraqi people, they don’t deserve it, assholes!”. Está bem que somos uma banda cristã. Eu inclusivamente amo Jesus, mas há que criticar o mundo, a política, a religião, enfim!

Por este caminho só cotas como a minha mãe se vão relacionar com estas letras, entendem? Eu quero ir para os concertos e ver uma carrada de miúdos ao mosh, com camisolas de outras grandes bandas com musica e letras brutais, como Slipknot, Papa Roach, Marilyn Manson, Sistem of A Dawn, Lacuna Coil, Green Day… Percebem? Por mais pesada que seja a nossa música, as letras vão atrair o público do Olá Portugal.
As asneiras e a crítica à sociedade são fundamentais!

Ah… E a maquilhagem também! Nem sei porque o resto da banda, tirando a miúda, não quer usar… Eu tenho impressão que assim nem no MTV Video Awards pomos os pés.


Torturer (baixo):
O Flahur é um gajo fixe mas… A música dele é horrível! É rápida, irritante, muito focada na guitarra. Nem sei como se vai adicionar vocalidades àquilo. A bateria às vezes está tão exagerada que se assemelha a uma metralhadora… De qualquer modo vai ser giro actuar ao vivo. Eu aposto que vamos ver muita malta marada no público. Quem gostará deste tipo de música com certeza dispensará uma boa noite no HK para fazer sessões espíritas no esgoto, ou esconderem-se nos becos e atacarem a primeira moça que virem.

É me difícil dizer isto, mas… Eu vou ter medo das sessões de autógrafos! Estou mesmo a ver os putos sat… err… cristãos extremistas a pedirem-me para autografar o seu falecido gato ou a convidarem-nos para uma noite de necrofilia num cemitério.
Eu até já sonhei que uma miúda trazia os restos mortais da avó vestidos com uma camisola a dizer “God’s Evil Army Rules!” para um concerto nosso.


(e o novo elemento da banda) Colossus (guitarra principal):
Muito lento! Muuuuito lento! Em tudo! A criar as músicas, a ir pôr o lixo ao contentor, a afinar a guitarra, a fazer as letras (que por sinal, ainda praticamente nada está feito), a insultar o Staeb, a engatar a Selenia! Até a música é lenta! As partituras da guitarra devem ser quatro acordes por compasso 4/4 em tempo 20. Acho que já ouvi musicas de Doom Metal com mais velocidade que aquilo! O que safa é que aquilo não soa assim tão mal…
E sinceramente estou contra haver sintetizadores e paneleirices dessas! O Kriomn que desapareça ou que se dedique só à guitarra!

Padre Kriomn (sintetizadores, guitarra adicional):
Não estou certo se o Flahur era a pessoa indicada para a liderança da banda. As músicas que ele compõe estão a sair um tudo nada alegres... Elas rápidas são, mas pesadas nem tanto. Eu estava à espera de algo mais obscuro, tipo Mayhem na época do Dead e do Euronymous, mas está a sair algo demasiado colorido para sermos levados a sério logo à primeira. Está bem que as bandas pesadas de outrora começaram assim, com ritmos mais “Party Rock”. Talvez ele tencione ainda preparar o ouvinte para o caos que poderá vir. Se este for o caso, ele está perdoado.

Quanto ao resto da banda, gosto de ver que estão-se a sair tecnicamente perfeitos, apesar das diferenças entre todos:
A rapariguinha é gira, toca bem, sabe o que nós queremos para este projecto, mas aquela rivalidade com o Flahur já começa a tornar-se irritante.
O Staeb é emo e o Torturer um mariquinhas. Estes dois só cá estão pela técnica… Pronto, as anedotas do Torturer também ajudaram-me a escolhê-lo como baixista.
O Colossus é um monstro (de 1,4 metros) no tremolo picking e nos solos psicadélicos! Eu tenho impressão que apenas ele e eu sabemos exactamente como os God’s Evil Army deviam soar.


E você, caro leitor? O que pensa deste post? Aproveite e comente a dizer o que pensou dele.

Imperialium: A quebra

Como todos sabem, o Imperialium é um blog gerido principalmente por três pessoas.
Essas três pessoas canalizam toda a sua Inspiração para um reservatório de loucura, ao qual gostam de chamar “Depósito Pitoresco”. É lá que é armazenada a criatividade utilizada para conceber os melhores posts da história da blogosfera portuguesa. Acontece que, da última vez que lá fui, o Depósito estava completamente vazio, com a excepção de uns quantos ratos que lá tinham construído uma metrópole.


Fui então investigar as razões para esta falta de Inspiração que atingiu o Imperialium.

Segundo o Flahur, é sem dúvida um excesso de afazeres profissionais.
De acordo com o Midd, deve-se à falta de humor e ao excesso de preguiça.
Na minha opinião, a culpa é sem dúvida das beterrabas eloquentes que roubam ideias aos Imperialistas sem que estes se apercebam.

Apesar desta discórdia, estamos de acordo num aspecto. A Inspiração que costumava provir naturalmente do quotidiano, está a sofrer oscilações que resultam numa crónica ausência de posts, que é, na opinião de todos, o maior defeito deste blog.

Foi aí que eu percebi que como o Cruzado do Imperialium, eu, um Demon-Buster reconhecido pela “Ordem Portuguesa de Demon-Busters”, tinha de completar a minha missão de expurgar o blog deste mal que o atormenta.

Procurei Inspiração junto da Bíblia Sagrada, onde li “Eis os milagres que acompanharão aqueles que acreditarem: Em Meu nome expulsarão os demónios, falarão línguas novas” (S. Marcos, 16:17). Pelo sim, pelo não, resolvi dar uma vista de olhos pela gramática japonesa e, quando terminei, dei início à minha missão.



Antes de mais, tinha de compreender de onde vinha a Inspiração e o que estava por trás da quebra do seu fornecimento.

Resolvi procurar na wikipédia por Inspiração, e descobri que “A inspiração é o processo de sugar o ar para dentro do organismo, para depois liberá-lo para fora do corpo através da expiração.”

Após inspirar várias vezes seguidas, abri o Imperialium para ver se tinham aparecido lá posts novos mais geniais do que nunca, mas o blog encontrava-se parado na mesma. Não era essa a causa do problema.

Percebi que se queria resolver o problema teria de recorrer aos meus companheiros da BAU e perguntar-lhes a sua opinião. “De onde é que a Inspiração vem?”, foi a minha questão.

Segundo o Midd, a Inspiração origina de uma glândula alcoólica que os Imperialistas possuem.
De acordo com o Flahur, a Inspiração é uma dádiva dos deuses criadores do Imperialium.


Era bastante óbvio que neste momento eu tinha duas hipóteses. Ou visitava um médico e lhe perguntava a razão pela qual as pujantes e robustas glândulas dos Imperialistas tinham parado de segregar Inspiração, ou, por outro lado, ia direito ao Deus que, segundo apurei, criara todos os Imperialistas. Certamente, o nosso Deus saberia algo sobre as glândulas e também algo acerca da sua Inspiração divina que ultimamente anda fugida de nós.

Foi assim que fui falar com o Francisco, cujo e-mail não posso revelar, mas começa por “Fran” e acaba em “@UBERleetGODLYmail.com”

Neoclipse says:
Divino Francisco! Peço permissão para falar com vossa excelência!
Francisco says:
Permissão concedida. Quem sois vós?
Neoclipse says:
Sou um vosso fiel súbdito. Orgulhoso Imperialista criado pela Deusa Rita!
Francisco says:
Referes-te à Rita que me sacava bicos naquela versão do Génesis do Middnight?
Neoclipse says:
Exactamente. Como é que ela tem passado?

Francisco sends:
Jeitosa.jpg

Francisco says:
aceita

You have successfully received "jeitosa.jpg" from Francisco.


Neoclipse ajoelha-se perante a criadora

Francisco says:
Como vês, está mais magra. Acho que teve a ver com o facto de eu a ter arremessado em chamas. Perdeu umas calorias e ficou com o cabelo vermelho.
Neoclipse says:
“Oh my…yes!”. Estou a ver que sim.
Francisco says:
Então e o que te trouxe a falar comigo?
Francisco says:
Estás aí?
Francisco says:
Oi?
Francisco says:
Neo dos clipeeeeeeeeees??
Francisco says:
???????????
Francisco says:
??????????????????????
Francisco says:
??????????????????????????????????????????
Francisco says:
????????????????????????????????????????????????????????
Francisco says:
HELLLLLLOOOO?
Francisco says:
Ok.. já que não vens... vou cantar
Francisco says:
Esta é a história de um bacano afectado
Francisco says:
que gostava do rabo da RITA!

Francisco faz headbang

Francisco says:
gostava de atum e carapau enlatado
Francisco says:
juntamente co rabo da RITA!
Neoclipse says:
back
Francisco says:
estava a ver que não. que andaste a fazer?
Neoclipse says:
Fui.. erm.. acabar de fazer o jantar..
Francisco says:
jantar à meia-noite?
Neoclipse says:
sim...
Francisco says:
Hmm... está bem... diz-me o que queres então. Como teu mestre supremo, concedo-te 5 desejos.
Neoclipse says:
Ena! Logo cinco?
Francisco says:
Costumavam ser mais, mas a recessão económica toca a todos. Agora fala rápido, pois tempo é dinheiro.
Neoclipse says:
Muito bem, quero que ponhas as glândulas alcoólicas dos Imperialistas a funcionar de novo! Quero que a Inspiração Divina reine novamente no melhor blog de sempre! Quero de volta as teorias e histórias fantásticas que fui habituado a ler e a escrever.. embora mais a ler do que a escrever.. Quero aprender a rir novamente! Resumindo, quero o espírito Imperialium de volta!
Neoclipse says:
...
Neoclipse says:
?
Francisco says:
Podias ir ao Multibanco levantar-me dinheiro?
Neoclipse says:
?!?!!
Francisco says:
.......grrr...... por favor?
Neoclipse says:
!!
Francisco says:
Sim, já vi que já dominas a pontuação ortográfica, agora pega no meu mastercard e vai lá buscar-me 200 euros
Neoclipse says:
Mas, mas, mas..
Francisco says:
Despacha-te lá senão eu esmago-te com a minha fervorosa ira.

Francisco left the conversation and went to a godly maison de tolérance.


Abandonei o computador sentindo-me ultrajado e descrente. Saí de casa.

“A tua sorte é eu ter umas piadas estúpidas de multibancos para escrever mais à frente neste post, porque se não tivesse ias ver!! Eu dizia-te onde podias enfiar este mastercard! Ai dizia, dizia! Sim, porque eu sou muito mau!! Até dei uma sova no Middnight a jogar Warcrap3 e só precisei da minha saia rendada favorita e de uns quantos dragões que cospem gelo! E sabem que mais? Sabem? Sabem?”, perguntei eu às pessoas que passeavam na rua incrédulas, “Cá está um parágrafo completamente alienado no qual as beterrabas eloquentes vindas da Lua jamais colocarão as patas em cima!! É bem feito suas vegetais, aprendam a comer feijão-verde!! AHAH!.............. AHAHAH!”

Após várias linhas de calúnias, cheguei finalmente ao Multibanco.
Introduzi o cartão e o pin marcou-se automaticamente. Para meu espanto, no ecrã apareceu o Zé.

Zé: Então, Imperialista Descendente Da Primeira Ordem de Imperialistas Criados Por Mim e Pela Rita Após O Apedrejamento Da Leopoldina E O Consequente Encerramento Da Campanha De Natal Do Continente, como tens passado?
Neoclipse: Vou andando. Podes tratar-me por Neoclipse.
Zé: Só se tu me tratares por José Adão Oito Enos Cainã Maalaleelololol Jarede Inox Matusaqui Lameque Noé Sem Cama e Café. Combinado?
Neoclipse: Porquê esse nome gigante?
José etc: Porque Zé é a namorada do Abutre e eu não quero cá confusões. Para Imperialista homossexual já basta ele.
Neoclipse: Compreendo. Bem, o Francisco, teu avô, pediu-me para vir aqui levantar dinheiro.
José etc: Quanto precisas?
Neoclipse: 200 euros.
José etc: Então carrega aí no botão do 200! Pensas que eu sou teu criado?
Neoclipse: Peço desculpa. Já carreguei.
Multibanco: 200 euros? Não achas que isso é muito dinheiro para andares aí na rua?
Neoclipse: Não sei. Nem sequer é para mim.
Multibanco: Fazemos o seguinte: dou-te 50 de cada vez. Assim se fores assaltado a perda não é tão grande.
Neoclipse: Fazemos o seguinte: dás-me os 200 euros de uma vez e eu vou-me embora e não te dou porrada.
Midd: Lá está ele com a sua atitude. Aposto que vai vestir a saia rendada e despedaçar-te com dragões.
Neoclipse: Quem disse isso?
Multibanco: Toma lá os 50 euros. Até porque eu sei que se tu levares 200 vais desperdiçá-los. Assim só desperdiças 50.
Neoclipse: Sabes o que eu acho?
Multibanco: O quê?
Neoclipse: Que uma porcaria de uma máquina de Multibanco não consegue ensinar-me a gerir o dinheiro do Deus que me criou!
Multibanco: Achas mal. Eu fui programada pela Leopoldina herself!
José etc: Dá-lhe lá o resto do dinheiro, que ele tem de acabar o post até às 00h30.
Multibanco: *sniff* ok.

Agarrei nos 200 euros e vim-me embora. Voltei a falar com o Francisco.

Neoclipse says:
Oh seu Deus de meia tigela, tens aqui os 200 euros. Agora quero a inspiração de volta.
Francisco says:
Calma, primeiro resolvemos o problema das glândulas alcoólicas. Depois tratamos dos outros desejos. Pega nesse dinheiro e vai ao médico, que eu fico aqui à espera.

Neoclipse’s computer suddenly shuts down when he throws it against the wall.

Peguei no dinheiro e saí de casa em direcção ao consultório mais próximo. Quando lá cheguei, abriu-me a porta, nada mais, nada menos, que a Michelle, num justo fato de enfermeira com uma seringa numa mão e um chicote na outra.

Neoclipse: ........................ WHAT THE HELL?

Baixei a guarda por um instante, que foi suficiente para as MALDITAS BETERRABAS ELOQUENTES apagarem do meu cérebro e do meu disco rígido o resto deste post.




Reza a lenda que a partir desse dia, se observarem atentamente o céu em noites de lua nova, poderão ver as ignóbeis beterrabas nas profundezas da escuridão, com o seu sorriso malicioso, parodiando satiricamente com o Imperialium e com os Imperialistas.



































Midd: AH! LEVADO POR BETERRABAS! ÉS UMA MENINA! MENINA!


NZL