segunda-feira, março 31, 2008

Barcos, Pés e Nespereiras

“I get the sense of it, I just don’t understand it”, Nigel Tufnel

Eu sou preguiçoso. Muito preguiçoso. Vou me aproveitar do facto de ter sonhos absurdos para fazer uma série de posts.
E eles não vão ser cómicos, antes pelo contrário, serão dramáticos! Pois, é dramático ver o quão cheché eu sou para a minha mente criar coisas destas, mesmo que seja durante o sono.

Fica aqui já o aviso, se quiserem algo com lógica, nem que seja muito pouca, não encontrarão neste post. Senão, sejam bem-vindos aos Sonhos de Um Lunático!


Sonho de 25 para 26 de Março

Não me lembro de como este começou exactamente, mas sei que a dada altura fui dar comigo num cais, pois lembro me de estarem lá barcos atracados.
Depois, por um motivo qualquer, comecei a afastar-me dali com a companhia de duas personagens estranhas.

Uma, que caminhava uns dois passos mais à frente, era uma mulher de meia-idade. Não a consigo descrever muito bem, pois também não lhe prestei grande atenção, com a excepção dos seus pés e já vou explicar porquê.

A outra personagem, que caminhava a meu lado, era nem mais nem menos que o Clint Eastwood! Este tinha uma caçadeira em sua posse e, quando já nos tínhamos afastado do cais e entrado numa espécie de deserto, começou a disparar em direcção dos pés da tal mulher.
Não me pareceu que ele quisesse que ela andasse mais depressa, (se assim fosse, também não o teria conseguido) mas sim testar a sua pontaria ao tentar rasar o mais possível os pés da mulher, sem a ferir.

Quanto à reacção dela, parecia estar a ignorar o que se passava, ou então a não dar importância alguma, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Houve, porém, o curioso pormenor de ela hesitar dar um passo, a dado momento.

Após isto, não sei o que aconteceu. Imaginem que se sucederam batalhas épicas contra Ursos Sioux em Álcacer-Quibir, pronto.

Para o fim, recordo-me de estar envolvido num tipo de ritual estranho, que envolvia uma refeição… Ou isso ou uma pausa a meio para o lanche.
Seja como for, era um tipo de ritual diário, e tenho a impressão que metia soldados de brincar (daqueles pequeninos) com tanques e tudo.

Quem também fazia parte desse ritual era uma mulher de meia-idade, outra que não a dos pés quase-alvejados. É ela a protagonista do final deste sonho (e daí...).
Tudo começou numa conversa, a qual não me ficou gravada na memória. Mas lembro-me que, de repente, ela compara o assunto de que falávamos a um episódio da vida do seu pai, em que ele tinha sido alvo de inveja dos vizinhos.

E porquê? Porque todos os outros não conseguiram arranjar um meio de evitar com que as suas nespereiras caíssem (devido a um problema gravitacional na zona, ou assim...), excepto o pai da dita mulher, que a tinha mantido erecta com o auxílio de uns arames fixados aos muros de casa.

- Ele conseguiu-o com a ajuda de 4 ou 5 homens e, mesmo assim, demorou um dia inteiro! – diz o meu pai, entrando no sonho, de repente, e atropelando todas as suas personagens, pondo-se em fuga logo de seguida.

E assim acabou o meu primeiro sonho.


O próximo post “Pelo Tibete!” será publicado quarta-feira, dia 2 de Abril, a menos que o Universo imploda.

sexta-feira, março 28, 2008

Saga da Lua

Gritos de Loucura

- Olá lobinho.

Se eu não estivesse gelado de frio e de medo, os meus membros e músculos paralisados com terror do que poderia acontecer, eu teria me derretido completamente com o calor e a sensualidade da sua voz.

- Ora, ora, não tenhas medo, estou aqui para te ajudar…

Ao acabar de dizer isso ela levantou-se. O som dos seus sapatos a tocar no chão rebentava com os meus tímpanos, enquanto que o seu rosto não largava o meu e com correntes invisíveis me aprisionava o olhar no dela. Ou isso ou chocolate, porque eu gosto muito de chocolate e poderia ser facilmente atraído por chocolate, se calhar ela poderia ser feita totalmente de chocolate, o que seria bom se nos próximos instantes ela me pedisse para eu come-la... coisa que não aconteceu.

- Eu sei que vinhas aqui procurando esclarecimento, um caminho, ou talvez… o que outrora eras…
- Xana, eu suponho… - Consegui falar tentando não ser prostrado por as forças que me invadiam. Ao que ela respondeu com uma sonora gargalhada.
- Vejo que já te falaram de mim. – Ela aproximou-se de mim e agarrou-me o focinho e aproximo-o da sua cara, eu tremi ao sentir a sua respiração tocar no seu pêlo. – Tu és tão fofo. Não consegues sequer imaginar o quanto eu desejo aprisionar-te aqui e seres meu para sempre…
- Skor! – O grito de Kaly ecoou pela caverna e eu senti o poder que a mulher exercia sobre mim a soltar-se e apenas por uns segundos consegui sobrepor a minha vontade á sua. Olhei para a entrar, conseguindo ver a Kaly apontando a sua besta e lançar uma flecha contra a minha opressora. Indo contra todas as minhas esperanças o seu ataque falhou, pois antes de chegar perto de Xana, a flecha congelou e caiu no chão como um bloco pesado de gelo. O olhar glacial virou-se para Kaly, projectando-a para trás como se tivesse sido atingida por uma tempestade e em seguida voltou a focar-se em mim continuando com a voz melosa e sedutora.
- No entanto, como eu ia a dizer antes daquela intrometida se intrometer com as suas… intrometidices, as minhas irmãs, não querem que eu me divirta e querem que simplesmente te ajude. – Ela suspirou soprando para afastar a franja ruiva dos seus lábios. – E eu não quero que as minhas maninhas andem a atazanar-me o juízo porque eu não acredito têr sanidade suficiente para aguentar com as retóricas delas e as leis e… enfim.

No momento em que ela disse enfim eu senti-me desorientado, como se estivesse á muito tempo sem me pôr sobre as minhas patas e agora que me punham no chão ele estava coberto de cascas de banana e pastilhas elásticas, o que seria desagradável se eu caísse mas que parecia ser a única hipótese. Até que, como se nada o fizesse esperar, senti-me bem não havia vertigens não havia submissão, não havia a estranha sensação que cheirava uma loba com o cio… sim eu estava a sentir isso… sou um animal! Dê-me crédito!... Continuando…

- Olha para mim lobo. – Ordenou a mulher mas com uma voz muito mais inocente do que com a que me tinha falado antes. A minha cabeça ergueu-se para lhe olhar nos olhos e então reparei que ao contrário de todo o resto do seu corpo, os olhos eram azuis como o gelo que nos rodeava e possuíam uma simpatia única.
- O que é que tu estás a tentar tramar. – Inquiri eu. É claro que não me ia deixar enganar pela simpatia que eu sentia vinda dela, só podia ser uma manipulação qualquer imposta por ela. No entanto ela limitou-se a sorrir. – Eu não entendo o que se passa aqui!
- Somos quatro irmãs. Cada uma governa o seu espaço no céu e cada uma tem o seu tempo em cuidar do mundo abaixo de nós.
- Vocês… Deusas? – Perguntei com algum temor da resposta. Ela gargalhou um pouco antes de me responder
- Não lobinho, se fossemos Deusas não nos teríamos de preocupar com o mundo. Mas isso são outros assuntos que não são importantes para aqui. O que importa é que… - antes de continuar ela ajoelhou-se á minha frente e passou-me a mão pela cabeça acariciando-me o pêlo. Soube extremamente bem para alem que até á minutos pensava que me ia matar… e até á mais uns minutos pensei que era feita de chocolate. – … Precisamos de pegar em ti e pôr-te como eras…
- Como eu era? Tu sabes como eu era? Tu sabes sobre o meu passado?
- Oh sim. Soube-se muito de ti quando saiste na Caras e na Maria… e noutras revistas de interesse quando os tiranos do mundo estavam na moda. Por acaso foste bem classificado, normalmente em segundo ou terceiro. – Ela mostrou-me um sorriso brilhante e caloroso enquanto me coçava atrás da orelha – Nem queiras saber o quanto fiquei orgulhosa.

Tentei falar-lhe, questionar-lhe sobre o que ela dizia. O que ela queria dizer sobre tirano, as palavras dela faziam crescer o meu medo em lembrar-me do que eu era… e se eu fosse um ser maligno… e… se o que eu era não fosse compatível com o que sou agora, nunca conseguiria viver comigo mesmo com as atrocidades que teria feito.
O caos destruía a minha cabeça com as questões que surgiam mas eu não conseguia reagir, conforme a mão dela acariciava-me o pêlo, eu sentia as minhas energias a desvanecer. Era ela quem fazia isto? Não tive tempo para saber a resposta, os meus olhos fecharam e a ultima coisa que senti foi o seu abraço.

Depois… escuridão.

Não havia nada. Não havia sons, não havia calor ou frio, não havia medo, não havia conforto. Gradualmente comecei a sentir calor, como se duas mãos passassem em cima de mim e me fossem acariciando com uma energia sobrenatural, após esse calor desvanecer apenas havia dor. Uma dor imensa que fazia a minha mente gritar em agonia, numa sôfrega tentativa de me manter ligado a este estado negro de consciência. Minutos passaram mais parecendo horas, o calor desvanecia completamente do meu corpo mas por outro lado a dor também desvanecia e de repente outra vez o nada. Passou mais tempo, não sei dizer o quanto. Só existia escuridão, não havia medo, sensação, nada! Talvez tenha visto uma fila de esquilos a correr á minha frente, ou talvez isso fosse simplesmente culpa da Kaly, mas nada parecia mudar. Até que o calor voltou, temi mais dor mas fui completamente envolvido por ele. Sentia o total do meu corpo e sentia-me estranho como se já não fosse eu.
A luz voltou aos meus olhos como se o sol brilhasse directamente em cima deles. Senti-me confuso e desorientado tentei mexer o meu corpo mas não consegui. Conforme a sensação voltou ao meu corpo, consegui sentir que algo me agarrava, um braço e uma perna cobriam-me enquanto que outro braço passava por baixo do meu pescoço, mas a sensação era tão estranha que não conseguia retirar o pânico da minha mente. O meu olhar começou a focar o mundo que me rodeava e a primeira imagem que a minha mente viu, ainda que desfocada, foi a cara de Xana. O seu sorriso que eu me arriscava a caracterizar de carinhoso, o seu olhar gelado mas que neste momento me transmitia ternura, o seu cabelo vermelho caía por cima de um pêlo negro que nos cobria o chão, o que era algo estranho, pois aquele pêlo era algo parecido ao meu. Gritei de horror e saltei desastrosamente para trás, notei de imediato que a minha voz se encontrava mais aguda, a segunda coisa que reparei foi que algo amarelo apossou-se da minha vista. Após uma tentativa frustrada de retirar essa coisa de perto de mim constatei dolorosamente que estava agarrado a mim, foi então que me apercebi do que era: Cabelo.
O choque inicial quebrou o que restava da minha calma e gritei com todo o ar que tinha nos pulmões durante um bom bocado. Quando a minha voz deu lugar ao silencio observei tremulamente as minhas mãos, delicadas e suaves tremiam perante os meus olhos, tinha braços e pernas em vez de patas e o pêlo que cobria os nossos corpos nesta sala de gelo era nada mais do que o pêlo que outrora fora meu, em cima dele Xana continuava deitada observando-me deliciada com a minha reacção e passando com a sua mão pelo seu corpo.

- O que é que me fizeste? – Gritei, tremendo como um galho verde.
- Precisavas de ajuda, esta é a ajuda e eu disse que te iria dar. – Respondeu-me ainda com o mesmo sorriso na cara.
- Mas… Mas o que tu me fizeste…
- Vê por ti mesma. – Cortou ela erguendo a mão.

Engoli a seco só de ouvir o último comentário por ela feito. Á minha frente ergueu-se uma parede de gelo que tomou uma textura reflectiva e por fim podia ver como me tinha tornado. Tinha uma estatura alta e esguia, com longos e finos braços, tinha olhos azuis e gelados como os de Xana, lábios finos e um nariz bem feito. O meu peito era bastante simples e modesto, enquanto que as minhas ancas podiam parir um exército.

- Eu… - Gaguejei.
- Estás linda. – Continuou Xana espreitando por detrás do espelho.
- Eu era um lobo! – Corrigi-lhe com alguma fúria. – Não uma loba!
- As revelações do físico e as suas linhas nem sempre são claras minha linda. - Respondeu-me ela gargalhando. – Mas se quiseres posso retirar-te esse corpo.
- Não! – Entrevi eu rapidamente antes que ela tomasse uma decisão. Para dizer a verdade estava algo fascinado (se calhar devesse dizer fascinada afinal) – Eu… agradeço.

A Xana veio para perto de mim carregando o meu pêlo nos braços. Sacudiu-o e depois colocou-o em volta dos meus ombros, surpreendi-me ao sentir o pêlo a moldar-se ao meu corpo e transformando-se ao fim de segundos em roupa para me cobrir o corpo todo. O negro agora da minha roupa contrastava com a luminosidade das minhas feições e envolta naquele casaco de pêlo negro o meu porte era algo intimidador e quase irreal. Tremi ao observar-me e por um instante, senti que me conhecia.

terça-feira, março 25, 2008

Fotocopias - Um problema ambiental

(Ler com uma voz grave de actor de filme americano prestes a combater zombies)

Fotocopias….

Fotocopias….

Ai as fotocopias… quantos de vocês têm uma fotocopia à mão!?

Olhem para ela… sintam-na, cheiram-na e ponham-na de lado….

Uma fotocopia hoje em dia custa mais ou menos entre 2 e 3 cêntimos… e já pararam para pensar no que é preciso esses três cêntimos pagarem!?

Esses três cêntimos terão de servir para pagar a mulher ou monhé que tirou a fotocopia, terá de pagar a própria folha, a tinta da maquina fotocopiadora, a electricidade utilizada para tirar a fotocopiadora e o homem que repara a maquina fotocopiadora.

Vamos então analisar caso por caso.

1º - A mulher ou o monhé: este é o mero empregado, esta personagem passa o dia a tirar fotocopias e quando pensa que são estas coisas que custam 3 cêntimos que lhe vão dar o ordenado começa a entrar em stress, por entrar em stress mexe-se mais e consequentemente os músculos precisam de mais oxigénio, logo, há uma diminuição do oxigénio e um aumento de dióxido de carbono na atmosfera logo… mais poluição.

2º - A folha – De onde é que vêm as folhas!? Ah pois é… vêm das arvores logo… mais folhas dão menos arvores o que faz com que haja mais dióxido de carbono e menos oxigénio no ambiente logo… TCHARAMMMMMMMM POLUIÇÃO!!!

3º - A tinta da maquina fotocopiadora – Ahm não me pronuncio sobre este tema pois a tinta da maquina tem uma composição que me é desconhecida mas deve envolver qualquer coisa como turcos fritos na chapa com uma pitada de pimenta e manjericão doce utilizando carvão virgem LOGO MAIS CARVAO, MENOS ARVORES, MAIS POLUIÇÃO!

4º - A electricidade – Só tenho uma coisa a dizer! De onde vem a electricidade!? DO PETROLEO! (sim não façam perguntas parvas vem sim) logo mais refinaria menos Ozono BAM! POLUIÇÃO!

5º - O homem que repara a maquina – Não há muito para dizer: Homem que repara é igual a rego a mostra, rego a mostra é igual a uma maior libertação de gases logo MAIS POLUIÇÃO

Agora junta-se estes cinco factores e o que é que tem!? Um aumento da temperatura global devido ao efeito de estufa que vai provocar um derretimento nos pólos o que fará com que o primeiro país a ir a vida seja as… Maldivas (sniff) os rios vão aumentar, os países vão começar a derreter, os ursos polares ficam sem gelo e vêm a nadar até aos nossos países e vão formar sociedade com os ursos que já cá existem e vão começar a atacar-nos é então aqui que temos de agarrar nos nossos caramelos e mastiga-los bem, para podermos ir até ao frigorifico agarrar no leite encher um copo e bebe-lo, depois o nosso cão começa a uivar e agente começa a cantar: foi na loja do mestre André que comprei o pirolito, ai ó é, ai ó á, foi na loja do mestre André e eis que um urso bate a porta! Agarramos numa delícia do mar ainda congelada, acabada de tirar da arca frigorífica e enfiamo-la no nariz do urso que começa a gritar ATUM ATUM, ai ai se a quimioterapia me constipar tas tramado comigo, isto tudo porque as delicias do mar provocam cancro. Por trás de nós aparece o avô cantigas que logo desaparece e não serviu de nada e é então que aparecem mais ursos e nós fugimos para a Alemanha. Lá enfiamo-nos num dos bunkers do Hitler e encontramos um bloco de gelo mas como bons humanos que somos tratamos logo de o derreter e o que descobrimos!? Que Hitler estava a ser conservado ali naquele bloco de gelo e quando ele acordar diz algo assim do género: “Mein claine Heinz ketchup sfreikens sshumotz weille Zeu nein gostein de urseins” e nós vamos perceber que ele diz algo como: “Meu caro, dele é o ketchup, se vens cais, somos velas e eu nem gosto de ursos!” e aí então vamos perceber que o Ketchup será uma boa arma contra urso e vamos tentar… mas logo descobrimos que afinal não é assim tão boa arma e voltamos a fugir outra vez, mas desta vez, levamos alguém que saiba alemão connosco, e vamos falar com o Hitler que nos diz assim: “Sequereitens maitens leitz dein Berains you masteins finanzdienstleistugen(…)” e mais qualquer coisa assim que basicamente será traduzido para: se querem matar os ursos têm de financiar uns campos de concentração que agente queima-los para fazer paté de marmelos. E nos dissemos: ta bem! Então vamos às casas que tiram fotocopias buscar dinheiro e pagamos os campos de concentração. Começamos a gritar “xé dama, vamo lá po teu cubíco, dar um chance! Dá um chance dama”, pomos no chão leds roxos e fotografias de carros caros todos “cheios do tunning” que os ursos não têm dinheiro para comprar e lá vão eles para a Alemanha. Queimamo-los a todos, fazemos paté de marmelo, damo-los a comer aos gajos da Etiópia e eis que aparece outra vez o avô cantigas que diz assim: eu bem disse que coiso.

Nós olhamos para ele com muito desprezo e por ser tão estúpido ainda damos-lhe com um carapau na testa que lhe crava uma escama até ao crânio infectando-o com salmonelas do futuro que o transformam num peixe gigante que começa de imediato a correr atrás de nós e nós dizemos assim: ora porra, agora é que nos dava jeito um urso para apanhar este peixe.

Eis que ao fundo ouve-se “Fraid not my friend”, olhamos para cima e lá vem o John West com uma lata de embalar gigante na qual enfia o avô cantigas recém transformado e nós exclamamos: Porra, que dia, o que eu comia mm agora era umas “ringles” e assim lá vamos nós até ao FIDLE comprar “ringles – hot and spicy”, sentamo-nos a comer enquanto vemos uns zombies a passar e fica tudo bem.

Notações finais:

Tenham sempre isto em mente quando forem tirar fotocopias e não comprem impressoras da HP pois não se desligam consumindo assim mais energia acelerando o aquecimento global e dando-nos este trabalho mais cedo.

E depois ainda dizem que os carros poluem muito!

Saga da Lua

Sementes de Melancolia (aka: Pasmassol)

No Sul, longe das montanhas cortadas pela incessante lava, na sombra das suas negras florestas de pinheiros, um guerreiro erguia a sua colossal espada para cortar mais um inimigo em dois. O impacto foi violento e sangrento, a força do colosso quase fez o solo tremer quando desfez o seu inimigo em dois e a sua espada embateu no chão. Ao seu lado, duas mulheres aladas, com as penas das suas asas tão negras como os seus cabelos moviam-se com a agilidade e graciosidade de pássaros a cruzar o céu e elas próprias livravam-se de outros dois adversários enquanto que os restantes corriam pelas suas vidas. Historias corriam pelo povoado do Paladino que Varg mantinha como seu conselheiro como um homem bom e generoso, mas nunca lhes passaria pela cabeça o quanto o contrario ele era em combate.
Após esta pequena batalha, o Paladino sentou-se ofegante, sentia-se a ficar demasiado velho para este tipo de vida, mas ao mesmo tempo não lhe conseguia virar as costas. Mas faltava algo e esse algo só podia ser achado com um grande sacrifício.

- Munin! – Chamou ele, logo de seguida uma das raparigas que o acompanhava aproximou-se dele
- Sim mestre? – Respondeu ela de imediato ao chamamento.
- Preciso que voes… detesto separar-te da tua irmã, mas preciso que voes, que procures o nosso rei.

Ela olhou para a sua gémea sem um único traço de pesar ou magoa, em seguida os seus olhos tornaram-se negro e o seu corpo tombou. Antes de sequer tocar no chão a rapariga tinha deixado de existir dando espaço para um majestoso corvo que se lançou aos céus.
- Bem… agora que a tua irmã se foi embora, tu sabes que nós podia…
Sem qualquer hipótese de acabar a frase o Paladino recebeu um valente estalo da gémea na face que o fez resmungar um pouco. Enquanto isso o corvo já se lançava ao norte, com a mente presa num objectivo e com o seu rumo traçado pelo destino.

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Depois de uma explicação longa e aborrecida sobre as origens dos trolls e dos bichos maus que andavam por ai, passamos ao que interessa. A Kandia começou a explicar-me os sonhos que tenho tido.

“Agora essa rapariga, é algo estranho, mas pelo que me contas ela é uma das quatro irmãs que habitam o monte da lua, diz-se serem antigos espíritos que protegem e olham pelo destino de todas as criaturas. Se elas pedem uma audiência contigo, não te deves demorar. Irei fornecer-te um mapa para encontrares o teu caminho no meio da floresta e algum músculo, pois os perigos são muitos e irás precisar de escolta.”

Nesse momento a troll foi vasculhar os seus armários repletos de objectos estranhos e começou a juntar pequenos frasquinhos junto de um caldeirão que tinha em cima de brasas. Quando se encontrava pronta começou a juntá-los proferindo os seus nomes, muitos deles diga-se de passagem bastante estranhos, como por exemplo: asa de morcego, cabeça de uma boneca de anime, cabelos de gótica e cds de evangencia. Uma mistura estranha mas que parece ter dado resultado, pois sem medo de ser queimada meteu as mãos dentro do caldeirão e retirou de lá um ovo enorme, de seguida lançou o ovo ao chão que se quebrou revelando no seu interior um rapaz. Esse rapaz levantou-se e começou a olhar tudo com um ar espantado dizendo repetidamente “Bring, Bring, Bring”

- Isso é suposto ser o músculo dele? Não passa de um puto. – Pronunciou-se Kaly.

A Troll olhou-a pensativa e acabou por se pronunciar em relação a isso com uma resposta que acabou por deixar Kaly sem saber o que dizer. – Se achas que é pouco, tu vais também com ele. Pois podes estar descansada que até tu o ajudares a acabar esta missão, eu própria não te ajudarei em nada Kaly. – O ambiente do compartimento ficou algo negro e parecia que as duas poderiam atirar-se á garganta uma da outra em poucos segundos por isso talvez fosse melhor intervir.
- Então e os mapas?
- Ah sim, os mapas, vais precisas deles. – Ela vasculhou mais um pouco mais pelos seus velhos armários até remover um pergaminho, soprou nele fazendo voar o que parecia ser uma bem grossa camada de pó. – Este mapa irá levar-vos aos caminhos da montanha. Mas de resto, eles terão de se abrir a vocês. Mantenham-se próximos uns dos outros pois se só um de vocês for escolhido pela montanha os outros não verão os seus caminhos a menos que se mantenham próximos

- Bring, bring, bring…
- O que é que este gajo tem de errado? – Gritou a Kaly apontando para o rapaz.
- Eu não tinha os ingredientes todos, veio com um problema de fala. – Defendeu a Troll.
- Deixem o rapaz em paz! – Entrevi. – Precisamos é de nos pôr a andar daqui para fora! Temos de salvar a Unga!

Ao proferir estas palavras a Kandia lançou-me um largo sorriso mostrando os seus caninos afiados com punhais, ou garras de esquilos. Aquela historia de ser descendente de uma tribo selvagem de Trolls não me parecia tão descabida quando ela sorria, havia um terrível brilho nos olhos que traria medo a qualquer um que não a conhecesse, no entanto, era uma troll carinhosa e cuidadosa, a única real preocupação, era o Jotun que se tinha se tinha erguido na sua cunhada.

- Vá, ponham-se a andar criaturas da magia do norte, o destino espera-vos.
- Antes de ir… porque foi que o seu irmão disse para seguir o cheiro da água? – Perguntei fazendo a Troll gargalhar.
- Ah, aquele velho filho de uma meia-ogre. – Deu mais uma gargalhada e inspirou no seu cachimbo. – Eu sou uma bruxa de água, acho que está explicado.

Com uma explicação estranha e varias preocupações em mente saio da pequena casa cravada no tronco acompanhado agora por dois estranhos companheiros. A floresta estendia-se perante nós com os seus perigos, armadilhas e doces escondidos (por ser Páscoa quando escrevi isto e já comi amêndoas amais) mas agora tínhamos um caminho e eu tinha uma missão e não a iria falhar por nada. Comecei a andar com um passo determinado seguido por Kaly e o rapaz do bring, bring atraz de mim. Reparei que Kaly retirara por debaixo da sua túnica massiva uma besta e que a carregava com uma flecha, mas o que estranhei mais foi que em vez de unhas tinhas garras grotescas feitas do próprio osso que saiam da sua carne, esta mulher tinha algo estranho, ainda não tinha entendido o que ela era realmente.
O tempo passou a correr, estava tão focado no que tinha de fazer que não tinha notado o quanto tínhamos andado sem sequer dizer uma palavra, para alem do incessante “Bring, bring, bring…”, até que a meio da caminhada a Kaly cortou o silencio.

- Um lobo que fala, interessante, nestes dias encontra-se tudo.
- Não propriamente um lobo. – Respondi.
- Não me vais dizer que és um lobo-troll…
- Não, não é isso. Apenas… acho que fui mais que um lobo
- Tipo, um esquilo?
- Ahmm? Porque raio seria um esquilo? – Interroguei eu algo perplexo
- Seria algo fora do normal, não achas?
- Sim, mas não… - Quedei-me em silencio ao ver algo estranho á minha frente, parecia que a floresta abria-se perante nós com mãos de raízes e ramos a afastar os arbustos e arvores do nosso caminho, engoli a seco e rodei a minha cabeça em direcção á Kaly. – Onde estamos?

Kaly segurava o mapa mas não conseguia olhar para ele, algo fazia-a olhar para a frente, muito provavelmente o mesmo que eu tinha visto.

- Es… estamos n… no fim do caminho…
- é o trilho magico Kaly! Encontramo-lo
- Bring, bring ,bring.
- Epah, mas este gajo não se cala com isto! – Resmungou Kaly mais uma vez.
- Já te disse para teres calma em relação a isso e para alem do mais estamos no caminho certo!

Olhei em frente e senti um cheiro doce, parecia que a montanha convidava-me a entrar pelos seus caminhos, a desbravar os seus mistérios e então corri como nunca antes o tinha feito a língua pendia-me da boca o meu pelo arrepiava-se com ansiedade. Ainda ouvi a Kaly a gritar para eu esperar mas não consegui estava embriagado pela emoção, corri e corri até que de repente algo rebentou debaixo das minhas patas e fui projectado para trás. Rebolei no chão e consegui ver uma silhueta.
Antes de me levantar reparei na Kaly e o rapaz a pararem ao meu lado ofegantes devido á corrida, eles olhavam para a frente em desafio, alguém nos desafiava e foi então que os meus olhos voltaram a ajustar-se.
Uma mulher loira estava perante nós, com o cabelo amarrado em dois totós num efeito estranho, longas pernas e uma mini-saia curta, tinha um bastão e uma fatiota á menina colegial e com um sorriso maquiavélico na cara. Entreolhamo-nos por uns instantes, mas assim que acabamos de recuperar o fôlego ela pronunciou-se com uma voz estridente e quase nociva á saúde pública.

- Vocês trespassam território sagrado criaturas malvadas, os caminhos do amor são para os puros, não para os negros de coração e as cornucópias da plenitude da paixão deviam ser bebidas por os sôfregos de sentimentos secos de virtudes…
- O que é que raio ela está a dizer? – Perguntou Kaly estática com o choque.
- Eu não sei, já me perdi.
- …Quando dos céus chover marmelada em forma de corações e os Deuses destruírem os maus, as vozes iram se erguer num pranto desesperado porque queriam manteiga de amendoim e pão-rico sem côdea em vez de broa de milho…
- Ela não se cala… - Comentei já um pouco assustado
- Bring, bring, bring…
- … pois os genes dos meus pais não eram assim tão puros, vou-vos fazer sofrer atrocidades com o meu poder de penas e em nome da Lua, vou castigar-vos!

Ao acabar de dizer isto fez uma coreografia estranha, acabando por ficar a apontar para nós. Um momento de silencio surgiu na montanha até que o rapaz do bring bring bring começou a gritar freneticamente, a sua pele ficou verde e triplicou em tamanho perante os nossos olhos espantados. A criatura em que agora o rapaz se tinha transformado, berrou cuspindo vários litros de saliva, investido de seguida contra a rapariga misteriosa que tinha aparecido perante nós, agarrou nela pelas extremidades e estico-a tanto até se desfazer em duas por cima da sua cabeça onde ele se pode deliciar com os seus órgãos e sangue. Tudo aconteceu tão rápido que nem tive tempo para suster o vomito, não comia nada á algum tempo, portanto foi algo pior do que eu imaginava, quando voltei a olhar só restavam os restos da nossa desafiadora, cada um para o seu lado e o rapaz entre eles dormia sossegadamente.
Abanei a cabeça para me livrar da vertigem que esta imagem tenebrosa me tinha causado, gritei para a Kaly me acompanhar e então ambos corremos pelo caminho magico. Uma gruta apareceu perante nós, perdi todos os medos e duvidas e corri cada vez mais rápido. Ao entrar na gruta, deparei-me com um pequeníssimo corredor de gelo, tentei travar mas fui com o focinho ao chão, deslizando até à pequena sala onde o corredor acabava. Levantei-me com dificuldade devido ao chão gelado debaixo de mim mas os meus músculos congelaram muito para alem que o frio da caverna era capaz quando finalmente dei atenção ao que estava perante mim.
Num enorme trono de gelo, uma mulher. Uma mulher com um delicado vestido de seda vermelho, com as pernas cruzadas numa posição sensual. Uma mulher com um sorriso diabólico que não mostrava um ínfimo de bondade. Uma mulher com um cabelo vermelho como o próprio sangue. Uma mulher que tinha sido apresentada para mim, como Xana…

domingo, março 23, 2008

Algo brilhante

so para se recordarem:

http://imperialium.blogspot.com/2006/05/coisas-da-vida.html

eu escrevi isto MAS ha um promenor muito interessante! eu nao sei o k é um salpicão!! Mas pla minha conversa suponho que seja alguma especie de enchido!

ass: Rumba, turkunikovo ou No_Imagination

O que é o periodo fertil (e mais)

Então isto sem rodeios começa assim:

Numa aula em que se está a dar gravidezes e partos:

Aluna: Professora…. O que é o período fértil!?

Professora que não tinha qualquer tipo de preparação psicológica para ouvir uma pergunta destas feita por uma aluna sua que tem 20 e qualquer coisa anos: ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….(tempo de espera)…………………………………….Isto é um bocado grave… uma rapariga da sua idade não saber o que isso é… eu espero que pelo menos todos os outros saibam.

Seguido disto houve uma explicação, mas tendo em conta a pessoa que fez a pergunta decidi então fazer uma explicação baseada em factos e estudos científicos de maneira a que ela pudesse perceber melhor a resposta e então aqui vai:

Então é assim: tas a imaginar a tua barriga!? Por baixo do “imbigo”, lá dentro, tu tens um coelhinho (Cabeça do coelho: Útero; Orelhas coelho: Trompas de Falópio) e este coelhinho pela altura da pascoa, mete uns ovos, ovos estes que são recolhidos por uma cegonha que os leva até Paris, à casa do Pai Natal. O pai natal mete uma etiqueta no ovo e manda-o para os gnomos fazerem uma transformação genética nos mesmos. Ora, como existem muitas mulheres durante a pascoa, e como os gnomos são poucos, e o processo de transformação não é fácil, isto demora uma porrada de tempo.

É então pela altura do natal, quando os ovos já tão crescidos que o pai natal os mete no trenó e os leva até as casas das meninas que se portaram mal durante a pascoa esse ano… isto a menos que o pai natal tenha tido fome durante este tempo todo e tenha decidido fazer uma omeleta com os ovos e aí temos uma coisa chamada aborto. Mas isso é uma conversa à parte.

Portanto e para finalizar o período fértil é a pascoa…

Agora, factores científicos para provar o que estou a dizer:

1º O coelho mete ovos!

2º O pai natal existe.

3º Paris é uma cidade.

4º As cegonhas fazem ninhos nos postes das auto-estradas.

5º O Rudolfo tem o nariz vermelho

6º A primeira historia de pai natal nasceu em Paris

7º O pai natal veste-se de vermelho para manter os ovos no seu ambiente natural

8º O pai natal é gordo por comer tanta omeleta

9º O significado de “Pascoa” é passar por cima…..

10º O significado de “Natal” é nascimento

11º e a mais importante de todas que vem provar isto tudo: Da pascoa ao natal vão 9 meses.

P.s. Desculpem qualquer erro ortográfico mas não me apeteceu corrigir.

P.p.s Podem usar este estudo cientifico para explicar aos vossos filhos de onde vêm os bebés que eu deixo.

sexta-feira, março 21, 2008

21/12/2012

O dia nasceu frio e cinzento, com vagos tons de preto aqui e ali, e de cesariana.

As pessoas que corriam no meio da rua, apressadas para ir trabalhar, faziam os possíveis para evitar os inúmeros tyranossauros-rex de 3 metros, mutados a partir de osgas na última guerra biológica, que andavam a surripiar discretamente as carteiras e malas-de-senhora aos turistas e às velhinhas.

Apesar de o aquecimento global e a falta de água terem causado a ausência de precipitação durante os três anos anteriores a esta narrativa, o Inverno Nuclear era agora responsável pela chuva abundante não só de neve tóxica, mas também de carapaus, trotinetas, decorações de Natal e passarinhos extraterrestres. Os últimos emigravam oscilantemente pelo planeta em busca da sua única fonte de alimento, o milho geneticamente modificado, causando a extinção de várias formas de vida subdesenvolvidas que dele dependiam, como as amebas, os jogadores de futebol, os professores catedráticos e os políticos.

Um outro incómodo que essas pessoas sofriam era a ocasional aceleração ou desaceleração do planeta Terra, em busca da estabilidade axial. Isto causava regularmente um desequilíbrio em massa da população humana, sincronizada com o esmagamento de pequenos insectos dípteros. Foi, no entanto, uma melhoria significativa em relação a quem afirmava que essa alteração dar-se-ia em apenas algumas horas, aniquilando todos os seres-vivos. Pior do que a total extinção, as pessoas que corriam no meio da rua deixaram de poder usar andas para ir para o emprego, e o sindicato dos palhaços animadores de rua anunciou greves constantes até que a Terra decidisse deixar de rodar como uma anormal.

O cáustico nevoeiro espesso impedia, já há uns anos, as pessoas que corriam no meio da rua de correr também no meio do céu. Os aviões comerciais estavam por isso impedidos de voar, servindo agora como lares a Ursos ciborgues, que governavam grande parte do mundo usando os seus implantes biónicos. Estes implantes permitiam-lhes tocar música de discoteca aos altos berros sem a necessidade que os seus antepassados tinham de estar perto dos seus carros. Assim, eles andavam pelo meio das cidades a espalhar o infernal ruído, tornando-o na segunda causa de morte mais frequente, somente superada pelo rhinoHIV, uma mutação do vírus da sida altamente contagiosa.

Todos estes problemas surgiram com a tentativa de resolver um problema que afinal não era assim tão grave, nomeadamente o do aquecimento global. No entanto, percebeu-se tarde demais, que era pior a emenda que o soneto, ou seja, descobriu-se depois de se desenvolver artificialmente uma árvore inteligente que supostamente iria resolver o problema por produzir oxigénio por 50 árvores. Cultivaram-se em massa. Acontece que esta árvore cansou-se de trabalhar para a raça humana, que sujava tudo de mostarda durante os piqueniques, e não só não produzia oxigénio, como ainda desenvolveu hábitos maus como o de fumar e o de participar em corridas à noite. Hábitos que, somados ao frio que sentia no Inverno e que as levava a queimar árvores a sério, geravam um excesso de gases de estufa na atmosfera e contribuíam ainda mais para o aquecimento global.

Tanto aquecimento fez com que a Gronelândia derretesse, congelando a França, que também derreteu seguidamente, e o gelo de ambos fez com que 95% de Portugal fosse submerso e toda a população portuguesa fugiu para o Luxemburgo. Como nem toda a gente coube lá dentro, o estado português agora governado por professores auxiliares (a lei dita que, morrendo os políticos, quem sobe ao poder são os professores catedráticos, as amebas, em seguida os jogadores de futebol, e finalmente os professores auxiliares do ensino superior), decidiu com toda a sua justiça e equidade, que todas as pessoas cujo nome começasse por I, N, T, Q, X, G, Z, Y, K ou W, deveriam ser atiradas ao mar num ritual que visava apaziguar o Deus Neptuno, para assim se travar o aquecimento global. Como? Não sei. Sei que não adiantou muito, porque depois disso, os sobreviventes, ou seja as pessoas cujo nome começava por A, B, C, D, E, F, H, J, L, M, O, P, R, S, U, V ou que não tivessem nome, foram obrigadas a pagar uma Taxa de Sobrevivência, para além do IVA, no valor de 61% em todos os artigos que comprassem. E, pior ainda, umas horas depois, um supervulcão entrou em erupção e matou todos os restantes.

Todos, excepto os grandes, valentes, portentosos, valiosos e valorosos guerreiros e guerreira da Brigada Anti-Ursos. Eram eles: Varg, Flahur, Rumba, Neo e Anuket . Estes guerreiros lutavam há já 9 anos pela libertação da Terra e, nesses 9 anos, conseguiram imensos feitos, como engordar 50 kg por não fazerem nada a maioria desse tempo. Quando decidiram ir lutar contra os inimigos: os dinossauros, as velhinhas, as árvores poluidoras, o eixo da Terra, os pássaros, os políticos, os vulcões, a constipação venérea, os Ursos Ciborgues, o milho, a França e o aquecimento global; deu-lhes uma dor de reumático e ficaram ali a chorar e a chamar pelas suas mães.

Foi então que, do espesso nevoeiro cáustico, apareceu D. Sebastião que, olhando assim por alto, decidiu que seria o D. Duarte Pio e os seus filhos lamparinas, que deveriam prosseguir a espécie humana na Lua. Pegou neles e voou para lá com os seus sapatos-foguete. O que “O Desejado” não sabia, mas também não o podemos censurar por isso, pois não era algo do seu tempo, é que ao sair da Terra a alta velocidade é preciso ter cuidado para não se bater com a cabeça num satélite geostacionário. Infelizmente foi isso que aconteceu e, nesse mesmo dia, viram-se três estrelas cadentes num céu violeta de fim do mundo.


Hey, é um final mau, mas era isto ou havia incesto.



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