sábado, abril 10, 2004

CÉLCIU HARD TO KILL

Testes de consulta por 121 páginas em que é requerido um conhecimento superior sobre uma matéria que nunca chegou a ser dada por um professor que suscita dúvidas sobre o seu currículo, critérios de avaliação perfeitamente questionáveis e fórmulas de cálculo de avaliação inexistentes e ilógicas. São assim as aulas dadas pelo stôr Célciu Hard, resumidas em poucas linhas.
No entanto, há uma explicação menos concisa e mais esclarecedora. Cá vai:


Vocês devem estar a pensar que eu fiz este post para servir de "desculpa" sobre a minha possível má nota. O objectivo não foi demonstrar a injustiça cometida na atribuição da minha nota, mas sim nas notas de todos. Eu nem considero a minha nota motivo suficiente para fazer um post sobre isso, pois foram cometidas injustiças piores sobre outros colegas.
Para demonstrar a minha opinião, irei dividir o texto que se segue em partes distintas.

A matéria dada nas aulas

Quem é aluno do stôr Célciu deve estar a pensar que me enganei no título ou que estou a ser realmente irónico, porque, é tão simples como isto: ele não dá metade (metade já é muito!) da matéria que sai nos testes. Mas se ao menos a que desse, a explicasse de modo a que entendêssemos, mas não! Para quê? Em vez disso, ele limita-se a passar acetatos dizendo simplesmente que aquele título é aquilo mesmo, e que o outro esquema significa o que tem a significar, manda-nos para os computadores sem nos dar nada para fazer de concreto, ou então, mandando-nos pesquisar uma sigla qualquer. Se por acaso alguém interrompe a sua (pseudo)explicação, pára de explicar replicando que a turma toda é faladora, que não temos piada e que não dá mais a matéria, dizendo que nos "amanhemos". Metade das aulas chega atrasado a outra metade não vem, ficando nós a perceber "bastante" sobre a matéria. Depois manda-nos "sacá-la" no seu portal na net, para fazermos o teste. Quando uma pessoa olha para uma resma de folhas de matéria, que sabemos que nem démos um quarto do que está lá escrito, torna-se assustador.

O teste e a sua correcção

Ao receber o meu teste fiquei chocado. O Célciu avisou que só havia quatro positivas mas, como o teste tinha me corrido relativamente bem, pensava que teria um 15 ou um 16. Porém um 10,4 foi um autêntico balde de água fria. E o que custava mais a crer era o facto de o teste estar quase todo certo, apenas com alguns incompletos. Enervado vi a correcção do teste, onde o stôr não dizia outra coisa senão: "Nesta acertaram mais ou menos todos...". Ao ouvir isto só me dava vontade de dizer "Acertaram todos, mas só quatro tiveram positiva! MAS QUE MERDA DE CRITÉRIOS SÃO ESSES!?". Controlei a minha raiva até chegar ao momento em que reparei que uma questão não estava corrigida. Pensei para comigo "Tu queres ver que o gajo esqueceu-se de corrigir esta? Nah! Deve se ter esquecido só de pôr o certo ou errado, mas deve ter cotado, claro". Pelo sim, pelo não decidi perguntar se tinha aquela certa e não É QUE AQUELE FILHO DA PUTA SE TINHA ESQUECIDO MESMO DE A COTAR! Eu estava com ânsias de esganar o sacana, mas contive-me. E lá me subiu a nota para um 12,5.

A "indubitávelmente justa" fórmula

A nota da pauta é calculada através de uma fórmula que só o próprio é que tinha conhecimento da sua existência. Porém, ao longo dos anos os seus antigos alunos tentaram descobrir a tão misteriosa fórmula. Muitos deles chegaram à conclusão que a fórmula não existia e que o homem dava as notas ao acaso ou como lhe parecia melhor, mas estudos lógicos e matemáticos levados a cabo por mim e pela minha equipa especializada (Boris Dimitri Kalitri, Ívan Shevchenko, Cármen Liconfócita, Ezequiel Zorga, Teodoro Lombarda e Ivo Especulino) demonstraram que a tal fórmula existe. Soubemos da sua existência através de duas notas que não achei pessoalmente justas: a descida de um 18 para um 14 de um colega meu (que permanecerá em anonimato, pois não sei se ele quer que eu divulgue o nome dele) e a minha nota estar entre o 13 e o 14 enquanto que no período passado tive 13. Ambos tivemos a mesma nota no teste (12,5 valores) e nos trabalhos, penso eu. No comportamento e atitudes o meu colega ganha-me. Mas é estranho termos notas idênticas, quando ele teve um 18 no primeiro período e eu um 13. Intrigado iniciei os estudos mal entrei em férias, com a minha equipa. Antes de ontem descobrimos finalmente a fórmula tão misteriosa. Consiste no seguinte: (nota 1 + nota 2)/2, se a nota 2 < nota 1, nota 1 = nota 2.
Agora irei relacionar com as notas que falei anteriormente.
Minha nota: nota 1 = 13; nota 2 = 14; nota 2 > nota1; (13+14)/2 = 13,5
Nota do outro jovem: nota 1 = 18; nota 2 = 14; nota 2 < nota 1 então nota 1 = nota 2; (14+14)/2 = 14
Se por acaso pensam que inventei a fórmula, que estava a ser irónico e que o stôr Célciu dá notas ao acaso... têm toda a razão!

O aproveitamento das aulas

O dia da auto-avaliação foi um bom reflexo do aproveitamento que o stôr Célciu faz das aulas. Nunca vi ninguém tão (mal) organizado. Como prova do que digo, irei vos demonstrar por ordem o que ele faz depois de entrar na sala:
1- Diz "Vão para os computadores", enquanto vai para a secretária ligar o portátil e jogar "Flaite Saíu-me o Leite!" ou passa uns acetatos enquanto "explica" a matéria de uma maneira "esclarecedora";
2- Se estivermos nos computadores manda-nos pesquisar e retirar informação sobre algo que lhe venha à cabeça ou então nem nos manda fazer nada (que é o mais provável);
3- Quando faltam 5 minutos para a aula acabar lembra-se de fazer as coisas importantes, como fez no dia da auto-avaliação, ocupando o intervalo em vez de ter feito o que tinha a fazer durante a aula. Muitos de nós querem ir ao intervalo! Uns porque estão fartos das aulas, outros porque querem ir "estudar" na biblioteca, mas todos nós queremos! Não se faz!

Conclusão

Acho que consegui demonstrar que o Célciu não é, de facto, um bom professor. Penso, inclusivamente, que alguém contractou "Snipers" especializados para o matarem, mas só que ele conseguiu sobreviver. Devido aos ferimentos graves esteve retido durante umas semanas, adiando o nosso teste durante bastante tempo. Ou então não lhe apeteceu vir para não ter de fazer outro teste ou porque o "Flaite Saíu-me o Leite!" exigia mais tempo para ser passado.

Ass.: SSS

P.S.: Peço desculpa por ter demorado bastante tempo a acabar este post, mas tenho estado ocupado a estudar (COF COF!!!).

1 comentários:

Nerzhul disse...

Isto sim eram aulas a sério!

Que bons velhos tempos...