sábado, abril 12, 2008

Onde estará Wang?

Sonho de 9 para 10 de Abril

Estou a conduzir numa estrada deserta enquanto que, ao longe, o Sol se levanta para um novo dia na Slumberland. Farto do som monótono do motor, ligo o rádio e uma música em sintetizador, digna de um filme de suspense, ecoa dando ritmo a esta cena e às que se seguem.

A dado momento a estrada deixa de estar deserta pois, à minha direita, umas 20 pessoas acompanham o andamento do meu carro, umas correndo, outras rebolando.
Na faixa à esquerda aparece o Sonic a tentar me ultrapassar, mas não o deixei!

Competimos, ainda durante um bocado, a uma vertiginosa velocidade. E o malandro do ouriço-cacheiro azul, a certa altura, teria me ultrapassado porque apanhou aquele power up dos sapatos. Mas o azar bate-lhe à porta! Um camião aparece, a poucos metros, em sentido contrário. O seu condutor? Robotnik, é claro! A mascote da Sega teria perecido por baixo dos pneus daquela juguernauta mecânica (ou perdido os seus anéis), mas!

Mas! Vindo dos céus, o Barata, com uma hélice de helicóptero montada nas costas, agarra o Sonic e eleva-se no ar mesmo a tempo, salvando-o!
Robotnik ejecta-se do camião, numa cápsula voadora, e persegue os outros dois.

Trava-se uma batalha espectacular no céu! Batalha a que não pude assistir com atenção, porque, como sou bom condutor, nunca tiro os olhos da estrada!
Raramente. Houve aquela vez em que deixei uma velha esticada na passadeira…
Mas tirando isso!... Hum. Também já dei cabo de outras duas, entretanto… quatro aliás! Eram duas grávidas. Cinco mortes, em várias horas de viagem, até que nem é assim muito mau!
Se bem que também, numa vez, quando as crianças daquele infantário de Vale de Nespereira… A culpa não foi minha! Foi das encarregadas, caramba!

Bem, já chega de humor negro neste post. Continuando:
Durante alguns instantes, viajei calmamente. Reparei que o Sol parecia estar a ser descascado por uma faca invisível, como uma laranja. Depois da casca cair, o Sol torna-se na Lua e, de repente, anoitece.

A música em sintetizador acaba e dá lugar a uma orquestra maluca e desafinada. O carro acelera desenfreadamente, sem que eu tivesse algo a ver com isso! Aqui apercebo-me que estou num sonho e sei que irei acordar antes de me despistar ou bater. Mas não acordei! O carro despista-se mesmo, mas vai dar a outra estrada, entretanto. A música acaba e dá, novamente, lugar ao sintetizador do John Carpenter. Tudo tinha acalmado.

À minha frente, não muito longe, estava um cruzamento de estradas. No meio encontrava-se um homem, que parecia estar em trajes tradicionais chineses.
- É ele! – exclama um chinês, que estava sentado no banco de trás.
- Hei! D’onde é que tu vieste?! – perguntei, assustado.
- Olha mas é para a frente, para não te despistares outra vez.
Segui o seu conselho. Mas, o tipo que estava lá fora desapareceu e deu lugar a um polvo gigante! Ou isso ou transformou-se ele próprio no cefalópode!
Ponho-me então a subir, com o carro, por um dos tentáculos do invertebrado em questão e ele, chateado com isso suponho, atira-nos ao ar.

Não nos chegou a pôr em órbita, isto porque ultrapassámos a zona de maior influência gravitacional da Terra e seguimos em frente, pelo espaço fora.
Man! O espaço sucka! É uma seca, porque não se pode acelerar e temos de andar sempre naquele ritmo pachorrento. Para além do mais, só passa pimbalhada na rádio. Sigam este meu conselho: não saiam da Terra! Nem estações de serviço parece ter!

Irritado desliguei o rádio. O chinesola, lá atrás, abre a janela e começa a chamar pelo seu amigo ilusionista: “Wang! Wang! Onde estás?”.
Em resposta, começa-se a ouvir algo… Seria o tal de Wang? Hum. Não. Não parece uma voz humana. Parece mais… um baixo eléctrico? Sim. E interrompido de vez em quando por uma guitarra e pratos de choque. Afinal há Rock no espaço? Ou virá isto da Terra?

É da Terra que vem, sem dúvida. Mais especificamente do meu quarto. A aparelhagem toca, transportando-me para mais uma manhã no Mundo Real.


Não tenho sonhado desde então, portanto vou fazer uma pausa nesta série.
Vou ver se consigo arranjar qualquer coisinha para postar segunda, vamos ver.


P.S.: Kin-Fo, se é que lês o Imperialium, acho que vi o Wang para aqueles lados de Oríon.

P.P.S.: Já me esquecia: o Robotnik é derrotado com a ajuda de Francisco Louçã, que aparece numa Estrela da Morte e atira-lhe com as peças do Tetris em tamanho gigante.

1 comentários:

Wilson disse...

Les Tribulations d'un Chinois en Chine?