terça-feira, abril 22, 2008

Lunático Enfrenta Monstros da Nª Dimensão

Sonho de 15 para 16 de Abril

As coisas não estavam a correr nada bem neste primeiro dia de aulas, no que parecia ser um regresso à secundária.

Primeiro, a professora tinha ficado com má impressão minha. Uma colega contou-me que ela tinha-me feito umas perguntas sem que eu respondesse. Não a estava a ignorar! Estava simplesmente distraído a montar uma caneta que se tinha desmanchado, ao cair ao chão.

Depois, toca o alarme de incêndio. Não era, porém, de fogo que se tratava. Assim que saímos do pavilhão, seguindo o plano de evacuação ordeiramente, fomos atacados por cobras gigantes! Aqueles verdadeiros leviatãs saltavam de um lago, que estava no centro do átrio, e abocanhavam alunos, professores e funcionários arrastando-os para dentro de água.

Tal como aos outros, a minha primeira reacção foi entrar em pânico. Mas comecei-me a sentir um cobarde por nada fazer para ajudar. Fui, então, tentar puxar da água os pobres coitados que tinham sido apanhados pelos enormes répteis. Muitos já tinham sido levados para as profundezas, mas os que resistiam aos puxões, à superfície, podiam ainda ser salvos!

Consegui arrastar para terra uns três ou quatro, entre eles a colega que referi anteriormente. As cobras ainda os tentaram recuperar, saltando cá para fora e atirando-se à gente, mas conseguimos-lhes escapar!
Fechámo-nos no pavilhão de onde tínhamos saído inicialmente e onde toda a escola, ou os sobreviventes digamos, agora se encontravam.

Não foi com espanto que reparei que o seu interior estava totalmente mudado (este tipo de coisas acontece habitualmente nos meus sonhos). Portanto, em vez de uma divisão cuja única mobília era uma mesa e uma cadeirinha para a contínua, estava um celeiro com montes de palha e tudo. Mais adiante, no que antes seria o bar, devia estar um estábulo pois ouvia-se, de vez em quando, o relinchar de cavalos vindo de lá.

Entre toda aquela gente, um careca vestido de branco, como um cientista, chamou-me à atenção. Ele andava de um lado para o outro e parecia estar a chorar. A dado momento, solta um grito:
- Aaaaaaaai! A culpa foi minha!

Ficámos todos a olhar para ele, à espera que se descosesse.

- Se não tives-- Agora não interessa! Temos de fazer algo! Tu! – diz, apontando para mim.
- Eu?
- Sim, tu! Vem comigo! Com a tua ajuda conseguirei avisar a velha das cabras!

Avisar a velha das cabras? Não entendi o que ele queria dizer com aquilo, mas tive a certeza que envolvia destruir aquelas cobras demoníacas. Portanto, alinhei.
Fomos ao estábulo e, depois de cada um de nós ter montado num cavalo, saímos dali a galope. Os monstros marinhos nem nos tentaram atacar. Àquela velocidade também não teriam grandes hipóteses de o conseguir. Fora da escola, em vez de estrada, carros etc., estava uma densa floresta.

Vi lá alguns colegas do secundário, entre eles membros da BAU, a combaterem ferozmente basiliscos e outros monstros. Nos céus voavam enormes pterodáctilos. De vez em quando, um descia a pique apanhando uma vaca de uma manada que ali pastava.

Chegámos a uma casa cujos muros não estavam rebocados, vendo-se os tijolos.
- Oh velha!! – chama o mal-educado do careca.
Mas, em vez da velha, aparece o *TAN-TUN-TAN-NUN-NAAAAAAN* Barata montado num caracol gigante (eu sei, para quem já jogou Golden Axe isto não é nada de novo)!

Travou-se um imenso combate! O Barata ataca-nos com o seu caracol, que disparava raios eléctricos das antenas. O cavalo do careca leva logo com um e cai inanimado no chão. Mas o “dono” levanta-se de imediato e, agora com uma espada nas mãos, ataca o gigante molusco!
Tudo isto enquanto que o nosso velho conhecido Barata cantava a plenos pulmões:
- Caracol é um bicho! Que desliza no orvalho!...

Por entre a cantilena do nosso adversário, o careca grita-me:
- Vai chamar a velha das cabras! Despacha-te antes que seja tarde demais!

Obedeci, mas não se encontrava ninguém dentro de casa. E devo dizer que, por dentro, até que era bastante luxuosa. Um verdadeiro palacete, quem diria! Havia um estranho pormenor, porém. De dentro de uma porta fechada à chave emanava uma luz branca. Estava decidido a abrir aquela porta e descobrir o que era aquilo! Talvez a mulher lá estivesse.

Fui à janela para avisar o cientista, mas já lá não se encontrava. Nem ele, nem o B. e nem as montadas! Que estranho… O céu escurecia rapidamente. Uma sinistra nuvem negra aproximava-se cada vez mais… Esperem! Não era uma nuvem… Mas sim…
Milhões de cobras aladas com cara de poucos amigos!! E pareciam ser aquelas que nos tinham atormentado na escola!

Compreendi que a minha única hipótese era abrir aquela porta! Mas como? Da janela reparei que a espada, com que o carecovsky lutava, tinha ali ficado. Fui lá buscá-la e regressei rapidamente! Após umas quantas cacetadas, consegui quebrar a maçaneta. Com a porta aberta, sai da tal divisão um exército de cabras bípedes armadas com variados tipos de machados!

Uma grande batalha se sucede entre os lagartos voadores e os caprinos! Os últimos saem vencedores e regressam a casa visivelmente contentes, cantarolando o Hino da Alegria em vários tons de “beeé” e “baaaá”.
Nem um único monstro tinha sobrevivido naquele combate final! Missão cumprida! Tinha salvo o Mundo de Slumberland! O final perfeito para este sonho seria eu regressar à escola e pregar um beijo na miúda mais gira que me aparecesse à frente!

Pena não se ter passado assim… Fui corrido pela dona da tal casa à vassourada, que entretanto tinha chegado das compras.

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