segunda-feira, agosto 16, 2004

Crítica a tudo e a mais alguma coisa

Um post pseudo-sério escrito por alguém pseudo-furioso com o Mundo.

Crítica aos Evanescence
Enquanto os Dimmu Borgir estão repletos de fãs do sexo masculino de 13 anos (putos) que têm a mania que são satânicos, enquanto os Him dedicam as suas músicas a um público de mulheres e jovens adolescentes do sexo feminino na sua maioria góticas, enquanto os Linkin Park preocupam-se em agradar fãs de Rock e de Hip-Hop, enquanto os Limp Bizkit se ocupam a desiludir antigos fãs, a audiência alvo dos Evanescence são indivíduos do sexo feminino cuja idade está entre a infância e a adolescência, vulgo: pitas.
Falando da música tocada por esta banda, pode se considerar um Goth Rock inclinado para o Nu-Metal. Segundo duas pessoas, ao vivo esta banda torna-se mais pesada e o Nu-Metal “ranhoso” dá lugar a Thrash Metal. Ora, se não estou em erro Thrash Metal tem como características ser pesado e rápido. Chamem-me de estúpido e inculto, mas a música dos Evanescence por mais pesada que fique, jamais se poderá afirmar que é “rápida”. Portanto, hão de me desculpar, mas Thrash Metal aquilo não é! Quanto ao facto de ser mais pesada ou não, admito não ser a melhor pessoa para comentar, portanto vou transcrever as palavras de alguém que percebe mais do assunto: “Mais pesados ao vivo? Só se for na tua terra!”
Este grupo perdeu toda a dignidade que tinha quando tocou uma música dos Korn, no Rock in Rio. Eh pá, desculpem-me lá, mas Korn?! Podia ter sido uma outra música dos Smashing Pumpkins, podia ter sido uma música de Rock antiga, podia até ter sido uma música de Death Metal convertida, mas Korn?! Que mau gosto! Jamais pensei que a Amy Lee tivesse coragem de cantar isto:
“I wanna kill and rape you the way you raped me And I'll pull the trigger And you're down, down, down”
Tipo, ela matar e violar alguém da maneira que essa pessoa a violou… Ridículo!

Crítica ao Despertai de 8 de Julho de 2004
“Como enfrentar os problemas da adolescência” é o título de uma das revistas cristãs mais idiotas que li. Segundo as Testemunhas de Jeová, uma pessoa só é bem sucedida na adolescência se:
Tirar tempo para ler a Palavra de Deus (Bíblia);
Participar activamente no ministério;
Evitar más companhias.

Que deus me perdoe, pois eu não sei o que faço ao criticar os seus seguidores “engravatados”.
Quanto ao primeiro conselho:
Folheando a Bíblia e lendo textos ao acaso, poderá se encontrar coisas como: “Apoderou-se então dele o espírito do Senhor e desceu a Ascalon. Matou ali trinta homens, tirando-lhes os vestidos, que depois deu aos que tinham decifrado o seu enigma” (Juízes, capítulo 14, versículo 19).
"Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém ao Senhor" (Colossenses, capítulo 3, versículo 18).
Portanto, jovens adolescentes, para serem felizes têm de ler e não questionar o Senhor, que nas suas Escrituras Sagradas demonstra injustiça, violência, assassínios desnecessários e puro machismo. Os desígnios de deus são indubitavelmente imperscrutáveis!
Quanto ao segundo conselho:
Participar num “ministério” de uma religião contribui para a felicidade e para o desenvolvimento de uma pessoa durante a adolescência? Em quê? Eu não queria ser muito conspirativo, mas acho que uma “cantilena” parecida era utilizada por um amigo de uma personagem usada recentemente num dos posts do Goth: “Olha, Zé, anda comigo ali a uma casa. Estão lá uns senhores importantes, sabes? Eles vão te ajudar a ultrapassares a fase da adolescência em troca de uns “favores”. Até te dão dinheiro no final, vê lá a sorte que tens?”
Quanto ao terceiro conselho:
Aqui, devo admitir que não contive a exclamação: “Más companhias?!”. Ainda não consegui entender o que as pessoas entendem por “más companhias”. Será que as más companhias são os vândalos? Ou serão os fumadores e/ ou drogados? Ou, como isto é uma revista cristã, será que se referem aos satânicos?
Enfim, podem me acusar de ser um idiota e de estar redondamente enganado, mas na minha opinião é assim: não existem más companhias! Existem pessoas que têm os seus defeitos e as suas virtudes, como todos. Porém, para a nossa sociedade se dentro dos defeitos de alguém está um instinto violento, ideias diferentes e perigosas e sofrer de toxicodependência já é considerada má companhia! O que o Mundo não vê é que até o pior dos assassinos é uma pessoa como as outras e também tem as suas virtudes e características e valores que até podem influenciar beneficamente os demais, tal como um pacifista cristão também terá os seus defeitos que poderão ser um mau exemplo aos que o rodeiam.
Sinceramente, o que o autor do artigo queria dizer era: Não te metas com pessoal que não acredita no nosso deus, pois podem te “desencaminhar” e nós estamos a perder cada vez mais fiéis adolescentes.

Crítica aos “Mansonites”
Já lá vai o tempo em que eu pensava que todos os que gostavam de MM eram pessoas de “mente aberta”. Para se gostar ou ter respeito por um artista deste género é preciso, no mínimo, ter uma mentalidade anti-dogmática. Mas, tal como existem fanáticos religiosos tarados ao ponto de se suicidarem pela entidade que veneram, tal como existem racistas extremistas que não suportam pessoas de outra etnia, também existem fãs extremistas do artista em questão, que são pessoas incapazes de admitir que o seu ídolo erra, incapazes de compreender que outras pessoas não o suportem ou que não gostem dele, e capazes de dizerem coisas tão tolas como: “Eu dava a minha vida por ti!”
De certo modo, estas pessoas abriram os olhos, ouviram MM, tornaram-se fãs dele e mais tarde “fecharam a mente” ao resto. É como se para elas nada, para além dele, valha a pena ouvir e apreciar, pois jamais ultrapassará o pior álbum dele.
Eh pá, se alguma dessas pessoas estiver a ler isto, fiquem a saber que o auto-considerado “Fucking work of art”, tal como toda a restante arte, é perfeitamente discutível e depende dos gostos de cada um, portanto ele, mesmo tendo grande criatividade ou opinião revolucionária, não passa de um comum artista que não vale mais que os outros.
Se algum fã desse senhor estiver com ideias de comentar, dizendo algo como “Tu deves gostar é de boys bands!” saiba que entre os meus artistas favoritos estão o próprio, os Metallica, os Dimmu Borgir, os Cradle of Filth e o Mortiis.
Eu podia acabar por aqui esta crítica, mas gostava de vos mostrar a opinião da rapariga mais irritantemente tarada pelo MM que existe no nosso país:
“mas ke merda fdx se n gostam de Marilyn Manson n venham para aki falar mal dele pk se teem mau gosto eskondam-se i n deem opiniao pk gente estupida ,lerda,burra,i completamente inculta n tem opiniao minimamente credivel..por ixo fodam.se todos os ke n gostam de marilyn manson .....pk eu amo-o i so sei uma koiza

Marilyn Manson = the best !”
Pelos vistos, a inteligência de uma pessoa depende dos gostos da mesma…

Crítica ao Anúncio das Passadeiras
O mais provável é eu ser a primeira pessoa neste país a criticar isto, mas eu sou assim, que é que se pode fazer…
A ideia deste projecto é realmente boa: apelar à sensibilidade das pessoas para estas terem mais atenção ao atravessar uma estrada, mesmo estando numa passadeira. Mas, aquela senhora, cujo filho morreu a caminho da escola de artes marciais, já me começa a irritar. Começa-me a irritar tanto que, quando tiver carro e a carta tirada, atropelarei o maior número de pessoas possíveis por dia para ver se esses gajos se aventurarão a fazer um anúncio para cada “vítima”! Palavra de Anti-escuteiros!! É este o extremo que acções humanitárias poderão provocar, portanto parem de tentar salvar o Mundo antes que alguém se enerve e o destrua de uma vez!

Crítica aos Éme Ésse Énicotários
Ok, eu admito ser um dos indivíduos que goza com o pessoal através do MSN, processem-me se quiserem, mas a verdade é que é genial a forma como certas pessoas deixam-se enganar. Por exemplo:
Ela: Quem és tu?
Eu: Oi! Eu sou o Zé Mosca.
Aqui podem reconhecer o nome, se isso acontecer respondem-me da seguinte maneira:
Ela: Ah! És tu! Porque é que não disseste logo?
Também poderá ocorrer a seguinte situação:
Ela: Quem? O Zé Manuel?
Eu (aproveitando-me claramente da situação): Yá, eu mesmo! Então tudo bem contigo?

Se uma destas situações ocorrer começam-me a falar como se me conhecessem há anos e até me pedem favores ou fazem confidências, ignorando que eu sou um estranho. Mas se por acaso não forem na cantiga do Zé Mosca perguntam-me:
Ela: Onde é que arranjaste o meu e-mail?
Eu não vou responder com certeza que o descobri num mail em corrente em que o pessoal se esquece de meter os contactos em “Cco”, portanto invento que alguém mo deu, de preferência a mesma pessoa que mandou o tal mail para ela, ou então, como costumo fazer na maior parte das vezes, digo que foi “ele” e convido o suposto “ele” que também é alguém com vontade de gozar. A partir desse momento a conversa começa a “descambar” e o Zé perde a credibilidade toda. Se a pessoa gozada for minimamente inteligente dirá o seguinte e em seguida bloquear-me-á:
Ela: Vão dar uma volta! Vocês ‘tão é a gozar comigo!
Mas, inacreditavelmente, muitas vezes as vítimas éme ésse énicas são parvas ao ponto de acreditarem no que nós dizemos, mesmo que digamos que andamos em rituais satânicos cujos utensílios variam entre o alicate e a serra, mesmo que digamos que somos hackers maus como as cobras, mesmo que digamos ser escritores ou futebolistas famosos e mesmo que admitamos uma paixão por “ela” sem sequer demonstrar provas que a conhecemos.
Podem não acreditar, mas estas conversas, que no momento em que ocorreram me puseram a chorar de rir, aconteceram mesmo. Talvez um dia, quando não tiver ideias ou inspiração para inventar histórias, “poste” aqui um Best Of dessas conversas.
Mas não fiquem a pensar que eu sou o único a fazer isto. Existem, pelo menos, mais duas pessoas a dar gozo a desconhecidos através do MSN. Pessoas essas que colaboraram em muitas conversas minhas.

Crítica ao Livro “Atlântida Civilização Desaparecida” de Philippe Aziz
Na realidade esta crítica não é feita ao escritor do livro em questão, mas sim aos pontos de vistas e supostas provas reunidas por bastantes pessoas, pois Philippe Aziz limitou-se a transcrevê-las.
1º Otário
“Escuta, Sócrates, esta história…”
, foi com estas palavras que a lenda da Atlântida iniciou, palavras essas proferidas por Platão, um dos maiores sábios da Antiguidade. Podemos encontrar este famoso discurso (entre Platão e Sócrates) no livro “Timeu”, escrito em 380 a.C. Provavelmente, se fosse eu, ou uma outra pessoa qualquer que não tivesse fama de sábio ou de filósofo, ninguém acreditaria na lenda da Atlântida. Na minha sincera opinião, Platão inventou esta história num dia de chuva enquanto não tinha nada para fazer e depois deve ter pensado: “Quantos cromos é que acreditarão em tamanho disparate?”. Se ele soubesse que bastantes séculos depois ainda existiriam idiotas à procura e a questionarem-se sobre a existência do continente supostamente desaparecido, ter-se-ia rido às gargalhadas.
No “Timeu”, e mais tarde no “Crítias”, foi escrito que Sólon, um parente e amigo do bisavô de Platão visitou o Egipto e lá descobriu que Atenas tinha vencido o exército Atlante, que pertencia a um continente (ou país) situado no meio do Oceano Atlântico. Esse continente, mais tarde, terá sucumbido perante uma enorme catástrofe, deixando então de existir. Sim senhor, história bonita! Pena que não haja documentos escritos credíveis, ou relatos históricos que provem a existência de Atlântida e o relato da tal batalha contra os atenienses.
2º Otário
Doutor Cabrera, uma das personalidades mais marcantes da elite científica do Peru, diz ter uma colecção de pedras que provam a existência de uma civilização superior à nossa há milénios atrás. Nessas pedras, também conhecidas por “pedras de Ica”, estão desenhos gravados que têm por objectivo divulgar a ciência incalculavelmente adiantada dos Atlantes. Segundo este senhor, em muitas pedras estão gravuras em que se vê cesarianas, transplantações de diversos órgãos, incluindo a do coração e a do cérebro. O mais engraçado é que a transplantação do coração e a cesariana estão descritas pormenorizadamente por Cabrera, enquanto a do Cérebro é uma descrição mais simples e abreviada. Será que ele inventou a história das transplantações e como não sabia como é que a do cérebro é feita inventou? Será que as pedras de Ica são uma invenção idiota e descabida de um homem com uma elevada imaginação?
3º Otário
Edgar Cayce, um fotógrafo de talento razoável, um milagreiro barato, um homem que durante a hipnose tornava-se vidente, um idiota que tem a mania que é “pai dele”!
Eu ri-me bastante ao ler esta parte do livro. É que dá quase para acreditar que o homenzinho tinha poderes sobrenaturais, pois a maneira como está descrita a história dele e as suas previsões faz nos pensar que é irrefutável esta história pois coincide sempre com a verdade. No entanto não foi preciso eu meditar sobre o assunto para descobrir o “calcanhar de Aquiles” deste falso bruxo, pois chega a uma certa parte do livro onde vemos escrito o seguinte:
“ – 1976: uma actividade vulcânica intensa provocará abalos telúricos, desaparecimentos de terras e reaparecimentos de ilhas que pertenceram ao continente atlante, em pleno Atlântico.
(…)
– 1978/ 79: Poseida (capital atlante) ressurgirá das águas, trazendo uma prova gritante da existência da Atlântida.
(…)
A partir de 1990, os cataclismos vão suceder-se, alterando totalmente a geografia terrestre. (…) “
Cayce pode ter enganado muitas boas pessoas no tempo dele, mas dificilmente enganará alguém que tenha nascido depois de 76.
4º Otário
Spanuth, um pastor (da pequena cidade de Bordelum) alemão, contra todas as teses defendidas até então, vai situar a Atlântida no norte da Europa. Ele defende, também, que o continente submerso terá sido o berço do arianismo. Para iniciar a sua investigação ele ignora literalmente todas as datas referidas por Platão e diz que as teses defendidas no Timeu e no Crítias não passam de pura ficção. Através de pesquisas e de estudos efectuados, Spanuth deduziu que os atlantes nórdicos eram uma civilização evoluidíssima para a sua época e que a sua terra foi destruída através de cataclismos naturais. Também, em certas expressões os chama de Urvolk (povo original) e afirma que “cada membro deste povo de eleição é uma parcela divina e não aceita o cruzamento com outros elementos mortais”.
Ora bem, se a Atlântida não se situasse no meio do Oceano Atlântico, nunca teria tal nome. E além do mais, o próprio escritor, Philippe Aziz, critica Spanuth, dizendo que as teorias dele “não passam de uma tentativa desajeitada de dar uma base pseudo-histórica ou pseudo-científica aos delírios irracionais de Rosenberg, o autor de “O Mito do Século XX”, a bíblia “histórica” e ideologia nazi.” Ámen!
O que não posso criticar acerca do livro
Não posso criticar a teoria de ter existido algo que permitisse o contacto entre a civilização Egípcia e os Maias, pois a semelhança entre as pirâmides e os zigurates das zonas ocupadas por estes povos é impressionante. Portanto, admito que poderá ter existido alguma maneira de África contactar com a América do Sul. Também não posso criticar a teoria que defende que poderá ter havido uma confusão entre a Atlântida e a Creta Minóica.

Crítica a Mim
Sou uma pessoa que não luta pelo que quer, sou distante, antipático, orgulhoso, maldoso e um vândalo idiota! Sou uma pessoa com alguma criatividade, mas irei com certeza morrer sem ter criado metade das coisas que imagino, sem ter demonstrado ao Mundo o que vai dentro da minha mente. Os meus sonhos nunca são concretizados quando eles dependem de mim. Sou alguém sem força de vontade, sem prazer de viver, de amar, sem esperança. Sou insuportável, parvo, não dou valor a nada, nem sequer à vida humana! Para mim não existem coisas sagradas, nem valores, odeio o quotidiano, odeio o caos, odeio a passividade e a calma! Em momentos de crise sou a última pessoa com quem vocês gostariam de estar, sou alguém que não consegue ser sério, sou um misantropo que anseia por companhia, sou paradoxal e contraditório, sou um ponto infimo no Universo, eu sou nada!!

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