domingo, janeiro 16, 2005

O pequeno legado da Carina - Uma historia pouco ou quase nada vampiresca

Numa antiga e longínqua terra chamada baixo Alentejo, á muito, muito tempo, mais propriamente uma semana e dois dias existia um culto de vampiras que dominava um dos seus afamados montes alentejanos, esse grupo era bastante conhecido pela terra pois no seu monte eram feitos todos os tipos de rituais de sangue e de sacrifícios, eram um grupo tenebroso que espalhava morte e caos por aquela terra uma vez pacifica.
Uma noite esse grupo caminhava pelos caminhos dessa terra, pelos vastos montes da planície alentejana, lideradas pela temível Carina, uma vampira cruel, maligna e com um alto conhecimento de moda, ela era acompanhada por Raquelina, a sua mais temível tenente.

Carina: então onde está aquela nova recruta?
Raquelina: essa ficou em casa, disse que tinha de fazer umas contas.
Carina: contas?
Raquelina: ela era contabilista, ou talvez matemática…
Carina: tu só me arranjas recrutas ocupadas, elas estão sempre a dizer “ai que eu acredito que vampiros existe, quero ser uma vampira, ai mordam-me” depois quando é para se iniciarem, já vistes o que acontece?
Raquelina: Sempre é melhor do que aquela caçadora de vampiros que deixastes entrar para o nosso culto?
Carina: nesse caso eu tive razões! Ela fez uma proposta que não podia recusar!
Raquelina: já sei, aquele saco de caramelos era uma tentação para qualquer uma!
Carina: e sabes o que é melhor!
Raquelina: o que?
Carina: Não engordamos porque já estamos mortas

Ao dizer isso tanto as duas vampiras começam a rir-se maquiavélica mente enquanto o resto do seu grupo olha para elas com um ar assustado, ao verem a sua figura ridícula as duas lideres param imediatamente o riso e começam com uma conversa completamente diferente:

Carina: eu acho que o nosso negócio no pacífico sul vai por agua abaixo
Raquelina: não, a bolsa tem estado em baixo ainda por cima com os avanços tecnológicos, ela não pode ir para mais lado nenhum sem ser não subir
Carina: interessante.
Raquelina: de facto.

As vampiras continuam a olhar com um ar assustado e a recuar lentamente, até uma cai no chão e começa a arrastar-se para traz a afastar-se delas, mas o seu pânico tinha sido interrompido pelo aparecimento dos seus temíveis adversários o gang do Xico Manel, os seus guerreiros armados com os típicos cajados de empalação, o típico chapéu negro, e os casacos próprios dos alentejanos do monte, ao aproximarem-se lentamente com um rebanho de ovelhas atrás, aproximarem-se muito lentamente, elas fazem aquela coisa que degenera os vampiros em todo o mundo que é aquele ruído com a boca que faz lembrar uma cobra mostrando os seus caninos com bocados de carne do almoço e a ocasional hortaliça, eles dirigem a palavra as vampiras:

Xico: Olha as cachopas dos dentes afiados.
Carina: o que vocês querem seus alentejanos de meia tigela?
Xico: nós? Nós só queremos ir para aquele chaparro que está nesse monte ai para descansarmos.
Carina: ah! Mas para isso vão ter de passar por nós!
Xico: olha lá, você até é uma bela mocinha, por isso podia deixar-nos passar.
Raquelina (intrometendo-se): não vão passar, nem pensar, nós não os deixaremos fazer os vossos planos negros!
Xico: planos negros? Nós só queremos cantar a sombra do chaparro.
Carina: vocês? Cantar?! Não nos façam rir!
Xico (enquanto as duas vampiras se riam freneticamente): Ai querem ver, força rapazes!
Gang do Xico Manel: eu ouvi um passarinho! As quatro da madrugada, Cantava uma canção, a porta da minha amaAaAada!
Raquelina: chamam a isso uma canção!
Carina: vocês não prestam mesmo! São mesmo incompetentes
Xico: oh cachopa vá dar banho ao cão, está bem?
Carina: estás a gozar connosco?
Xico: e se estiver?

Nesse momento a vampira dá uma ordem de ataque e todas as outras vampiras avançam para atacar os guerreiros do Gang, a batalha dura por bastantes horas sem nenhum lado a ganhar até que a Raquelina pega numa arma que os repele, o poderosíssimo, telemóvel, ao ouvir o seu toque os membros do gang dispersam, deixando apenas as suas ovelhas a combater contra as vampiras. Por seu lado as vampiras acabam rapidamente com as ovelhas apesar destas darem ainda um bom combate e terem fortes armaduras de lã. Após as terem derrotado, as vampiras como o seu culto era anti sangue animal passam fome e muitas delas sofrem pela falta de sangue, elas não conseguem encontrar nenhuma vítima para se satisfazerem e algumas começam a sucumbir a falta de sangue. Mas do nada uma figura coberta em roupas negras, com a boca tapada aparece-lhes, as vampiras preparam-se para atacar mas a Carina aproxima-se dela e dirige-lhe a palavra:

Carina: não, tu não podes ser?!?!
Desconhecida: quem pensas que eu sou?
Carina: a tal! Aquela que nos vai levar a glória! – Dizendo isto as outras vampiras ficam todas espantadas e ouve-se uma galinha
Desconhecida: Claro que sou. Quem esperavas que fosse? Uma succubus que foi comprar pipocas mas perdeu-se pelo caminho, o carro ficou sem gasolina, foi interrogada por PJ’tas, e agora anda a pé a tentar encontrar o caminho para voltar para a casa da sua metade? Oh, isso é completamente ridículo.
Carina: mas eu não disse nada disso?!
Desconhecida: pois não dissestes! Não me vais dizer que és a louca que fugiu do manicómio?
Carina: peço desculpa Tal, mas não estas a fazer qualquer sentido
Desconhecida (pondo uma pose de toda poderosa): oiçam as minhas palavras! E encontrarão, gloria, riquezas e rios e rios de sangue!
Carina: ah, isso agora já é melhor!
Desconhecida: silencio! Eu estou a ter uma visão! Que é…é…ah estou-me a vir… ah.
Carina: o que disse???
Desconhecida: está-me a vir... Porque?
Carina: nada, parecia outra coisa.
Desconhecida: porra, para alem de louca a rapariga é rebarbada!
Carina: mas eu não…
Desconhecida: XIU! Deixa-me voltar para a visão… oh cá está ela, ela diz-me, é estranho, OH SIM OH! Ela diz… porra que o sol nunca mais aparece!
Carina: yah, estamos na rua a mais de um dia e o sol nunca mais aparece
Desconhecida: isso é mesmo esquisito, mas não faz mal vou ter que improvisar
Carina: uhh improvisar, é tipo hiptrop? Porque nós somos más e do dark e não gostamos disso, gostamos é de coisas tipo eraumainocência e libranoparque ou lambe-meobiscoito isso é que é coisas pesadas.
Desconhecida: errr… parecido

A desconhecida ergue os seus braços ao ar e por baixo do grupo de vampiras surge um pilar de chamas envolvendo-as todas em labaredas, enquanto as vampiras corriam em círculos a arder, a desconhecida ria-se as gargalhadas apenas interrompida quando depois das vampiras todas estarem no chão a desfazerem-se em pó, duas crianças de aspecto fantasma aproximam-se da desconhecida e dizem:

Crianças fantasma: Olá Cassandra. Vem brincar connosco, para sempre e sempre e sempre
Cassandra: sim, só trabalho e nenhuma brincadeira fazem da Cassandra uma menina chata. – Ela estende a mão em direcção as crianças e lança uma bola de fogo contra elas.

As crianças afinal não eram assim tão fantasmas e começam a gritar de dor e a correr sem sentido nenhum, a Cassandra começa a rir demoniacamente até começar a sentir algo a arrebentar no seu bolço e ao olhar para o bolço é atacada por pipocas que voam dele. Ao aperceber-se que o pacote de milho que tinha com ela, tinha acabado de rebentar devido ao calor lança-se de joelhos ao chão e abanando os punhos cerrados grita

Cassandra: PORQUEEEEEEEEEEEEEEEEEE? – Deixando cair a cabeça e os braços ela suspira – bem parece que vou ter de encontrar aquela loja outra vez

Fim

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