segunda-feira, fevereiro 05, 2007

E ficámos animais assim...

Talvez fosse a hora de vos revelar como me tornei numa gazela...
Nós imperialistas sempre combatemos os ursos com muita paixão, assim como eles nunca perdem uma oportunidade de nos atacar.

Certo dia, estávamos todos a passar férias na Arca de Noé, que fazia um “cruzeiro” pelas ilhas Galápagos, quando um flagelo aconteceu provocado pelos nossos inimigos de sempre…

Eu, fazia animadamente o relato da viagem na minha máquina de filmar tirando algumas notas ao mesmo tempo, enquanto os outros imperialistas obrigados por uma valente birra feita por mim recolhiam amostras e animais como tentilhões e tartarugas.
Eu estava a elaborar um estudo detalhado sobre os diversos fenótipos, se tal acontecia devido a diferenças causadas por causa dos variados nichos ecológicos em que os animais viviam ou se por outro lado tinham sido modificados geneticamente pelo professor Porta-Velha, que era meu professor na faculdade.
Suspeitava que este me espiava e estava também intrigada que ele pertencia à máfia dos ursos. Ele era resultado de uma transformação genética de macaco para homem.

Esta experiência genética tinha sido realizada pela sua chefe, a flaminga Priscila. A Priscila, era uma flaminga que tinha pisado fezes de ursos e se tinha transformado num urso.
Na sua adolescência tinha se apaixonado pelo Rumba, sem que tivesse sido correspondida.
Ela tinha tentado chamar à sua atenção e também integrar-se na sociedade humana usando argolas com um raio de meio metro, pintando os olhos de azul e usando roupas de “dama”, mas o máximo que tinha conseguido tinha sido um emprego na “Natura” para ficar à porta de língua de fora.
Mal amada e de orgulho ferido (sentimentos mais temíveis numa fêmea), depois de não ter conseguido o amor do Rumba jurou vingança aos humanos, ao Imperialium e especialmente aos imperialistas.
Não sei, se ela é a manda-chuva dos ursos que tanto mal querem ao nosso amado Imperialium, pois este ser vil nunca deixou qualquer rasto, mas consegui apurar depois de uma investigação inconsciente de anos que ela fazia parte do grupo de cientistas malvados com pêlo em pé que trabalhavam para o crime dos ursos.

O Prof. Porta-Velha era seu aprendiz e experiência que lhe havia valido um prémio Nobel dos ursos da medicina malvada.
Ela havia destinado o Prof. Porta-Velha a seguir-me e a infernizar-me na faculdade (mesmo quando eu ia baldar-me às aulas e fugia pelas escadas, ele ia pelas escadas em vez de ir pelo elevador só para me apanhar em flagrante). A grande missão dele seria controlar as minhas investidas contra os ursos através de uma torre de controlo que eu tinha instalado no 15º andar da ESSCVP. Ali, eu fingia tirar o curso de enfermagem de forma a manter as aparências de uma pessoa normal e camuflar a minha profissão de agente secreta imperialista.
Cansada de aturar aquele macaquinho sempre atrás de mim, de mudar fraldas dos utentes nos hospitais e de aturar o Sr. Pombo (Auxiliar de acção escolar) sempre a dizer: “Os alunos não podem estar nas salas depois das aulas acabarem, muito menos no 15º andar”, arruinando por completo as horas extraordinárias que o Zé me pagava, decidi tirar férias com os outros imperialistas que estavam igualmente cansados de combater ursos!
O Zé, vendo-nos cansados ofereceu-nos umas férias na Arca de Noé às ilhas Galápagos com o subsidio das férias grandes adiantado.

Será que afinal não era bem uma viagem de férias? E que aquela birra toda que eu tinha feito quando estávamos a discutir o nosso destino de férias tinha sido através de um controlo de mente feito pelo Zé?
Nah… não questionemos o nosso guardião!
Tinha sido um “Ai Jesus” para impingir este destino de férias aos outros imperialistas, que exigiam Wireless e electricidade para irem à internet…
Anuket: Preciso de manipular as vossas mentes ou aceitam isto de uma vez?
Eles lá cederam porque se lembraram que eu era velhota e teria de aproveitar os menos 365 dias de vida que tinha em relação a eles... de qualquer forma era mãe deles quase todos. Por isso, aturaram-me com as manias de imperialista ambientalista e ajudaram na recolha de provas que confirmassem a presença de ursos naquelas bandas.
Eu sei que eram férias, mas apanhar ursos é quase tão irresistível como discutir com o Nerzhul…Eu sentia realmente o meu sentido de imperialista activo naquela zona e obriguei os meus companheiros que queriam bronzear-se um pouco a trabalharem também...
Construímos um laboratório improvisado a bordo da Arca de Noé e descobrimos que a variabilidade de fenótipos por ali, não era devida aos diferentes nichos ecológicos onde se encontravam aqueles animais, como dizia Charles Darwin na sua teoria, mas sim porque Ursulina pretendia conquistar o mundo humano, imperialista e vingar-se de nós, como vocês já sabem. Ela andava a fazer modificações genéticas naqueles animais como testes de uma experiência que seria futuramente aplicada em nós imperialistas.

No entanto, ela nunca imaginava que iríamos passar férias justamente para o local do seu laboratório experimental, e por isso seguia testando em animais dali conseguindo alterações bem notórias e rindo-se maleficamente todos os dias quando nos imaginava como tentilhões ou tartarugas alheios a tudo.
Quando a malvada Priscila soube pelo Porta-Velha que eu estava de férias precisamente em cima do seu laboratório subterrâneo, não pensou duas vezes e lançou um gás que nos pôs todos a dormir. Graças aos poderes imperialistas das nossas células cerebrais, estas bloquearam o efeito maléfico das injecções que nos foram dadas, ocorrendo apenas alguns casos de amnésia e somente a nossa aparência sofreu alterações.Também tivemos sorte, porque não fomos puncionados com o produto final dado que a má da fita não tinha ainda concluído as suas investigações.
Nós imperialistas, temos também uma protecção de emergência que é activada por um dos secretários do Zé em casos de emergência, que nos teleporta para a base nº1 da BAU caso estejamos nas mãos dos ursos.No entanto, este é um processo complicado e raramente funciona…O máximo que o secretário, o Sr. Gracindo, conseguiu foi tirar-nos da ilha…

Ocorreu uma falha e desaparecemos todos dos radares do Imperialium, assim como fomos todos espalhados pelo planeta Terra em lugar incerto...
Eu lembro-me de acordar meio atordoada e com febres altas na savana africana, não me conseguindo levantar e por isso arrastei-me durante km até encontrar água. Ia beber e…
Anuket: AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!! Mas…Mas…Eu não tinha encarnado num corpo humano, gigante, gordinho e meio careca???
Tentei comunicar com os outros imperialistas, mas os botões do inter-comunicador que tínhamos implantados na epiderme eram muito pequenos e os meus cascos não conseguiam carregar nos botões.

Fui tentando salvar a minha vida, como podia com o choque de ter perdido a minha aparência humana mas a certeza que o espírito imperialista permanecia bem vivo!


Anuket*

(esperem pela continuação...)







7 comentários:

Vargtid disse...

"No entanto, este é um processo complicado e raramente funciona"

isto é tão típico! Malditas compras de hardware ultra secreto nos bazares chineses! nós bem tentamos avisar o zé, mas ele ouve-nos? não! acho que o trabalho de guardião subiu-lhe á cabeça...

No entanto, epah boa teoria e inicio de historia, espero que continues rapidamente que eu estou farto de escrever, quero é ler!

Bom post, e bom bloganço

Nerzhul disse...

Ainda bem que fiquei em casa a dormir quando vocês estavam nas Galápagos. Que seca que teria sido.

Post foleiro!

Anuket disse...

Oh neo, olha que tu também foste!Tu eras aquele que carregava o material...

Nerzhul disse...

Ah! Sim! Já me lembro!

Enquanto isso tu estiveste sentada num sofá o tempo todo enquanto comias todo o tipo de porcarias.

Já percebeste porque é que eu carreguei o material?

Anuket disse...

sim percebi, as pessoas inteligentes ficam no sofá a pensar em estratégias e planos, e as menos inteligentes ou quase nada mesmo fazem o trabalho pesado...

Nerzhul disse...

Não percebeste.

Eu vou ficar em forma primeiro que tu. Isso sim.

Lunático disse...

Aqui está! Isto é mesmo um post à Imperialista! O começo de uma série que parece que promete, mas de repente a gente scrolla para ver mais e TCHARAAAAN! Não há continuação até agora.

Isto estava a ser realmente interessante, portanto vê se te apressas a escrever a sequela!
E pronto, gostei de tudo excepto talvez daquela referência ao estereótipo de "female dréde".

Bom post.