domingo, fevereiro 04, 2007

Proposta de Videogame


Ultimamente, em vez de me dedicar como deve ser ao projecto GEA, tenho andado entretido a jogar clássicos de 8 e 16 bits (que são as consolas que estão por aqui no Paraíso na moda). Então decidi ir para um Cyber-Café escrever no Imperialium as minhas ideias para um possível vídeo-game de qualidade que me veio à cabeça… Aqui vai:

Coiso e tal (leiam antes os dois posts debaixo deste... olhem que eu lia)

Um bom vídeo-jogo que poderia trazer muito sucesso seria um beat ‘em up (ao estilo de Double Dragon) com o Ghandi e o Dalai Lama como personagens principais.

Toda a gente sabe que este tipo de jogos foi um sucesso nas décadas de 80 e 90 e com certeza que seria actualmente, se ainda fossem criados. Agora um jogo deste calibre, com duas personagens históricas conhecidas pelos seus feitos sem recorrerem à violência, seria não só divertido mas também lúdico e didáctico, pois haveria a hipótese em aberto de não se atacar uma única vez o seu oponente e passar o jogo.

Pensem bem nestes dois pacifistas! Agora imaginem-nos como dois irmãos gémeos que combatem gangues de criminosos, pela rua, chefiadas por organizações fascistas e capitalistas. Que tal?

Ataques

Os seus ataques poderiam ser um misto de artes marciais, dando a hipótese do jogador recorrer a um ataque especial pacifista (cá está!) em que cada vilão que batesse na sua personagem morria instantaneamente, apesar do seu dano ser válido.

Os botões necessários para os combates seriam os seguintes:

A – Ataque especial básico: Um carro com uma metralhadora de fita a ser controlada por o Che Guevara aparece e dispara sobre todos os gangsters no ecrã. Só se pode usar uma vez por nível e é aconselhado para matar vários inimigos de uma só vez quando se está em apuros (ou para tirar uma quantidade enorme de HP ao Boss de cada nível);

B – Ataque físico básico: À medida que se vai carregando, a personagem executa uma série de movimentos, entre eles murros e pontapés, e finaliza com um golpe mais forte fazendo o adversário tombar. Combinando o botão de ataque físico (B) com o de ataque especial (A), o Ghandi ou o Dalai Lama fazem o ataque pacifista referido acima. Combinando, por sua vez, com o botão de salto (C) a personagem faz o super-ataque físico. Um rotativo ou qualquer coisa assim.

C – Salto. Carregando se duas vezes seguidas, o herói dá uma cambalhota ao estilo ninja o que fará que ainda se eleve mais no ar. Carregando no B, enquanto se está no ar, faz com que o herói execute um pontapé voador. Carregando no A, durante o salto, irá fazer aparecer o Hitler, no lugar do Che Guevara, que disparará sobre as personagens boas: Dalai Lama, Ghandi e civis.

Start – Para escolher a personagem, opções e tal… Não há cá pausas! O que garantiu o sucesso do Mortal Kombat na Mega Drive foi não haverem pausas! Um jogo frenético e imparável! É isso que este vai ser!

Níveis

1 – Rua durante a noite: Os principais inimigos são punks pugilistas, skaters que atiram com granadas e motoqueiras ora montadas na sua moto, ora desmontadas e prontas para um confronto corpo a corpo. Por lá também estão espalhados civis que, assim que são salvos dos seus agressores, fogem, ocasionalmente deixando comida para trás (latas de ervilhas ou uma ervilha gigante) o que faz recuperar o HP da personagem, caso se coma. Há sempre a opção de não usar estes itens, deixando-os no chão. No caso de se estar a jogar com o Ghandi, ele recebe um bónus pela comida que não ingere na pontuação final. E em que é que a pontuação ajuda durante o jogo? A dar vidas à personagem! De cada X em X pontos ganha-se uma vida!

O Boss deste nível é o terrível Mussolini montado num cavalo robot voador que dispara raios laser pelos olhos.

2 – Discoteca: Os maus são robots, dançarinos punks e rappers de ambos os sexos com bastões de cricket. Os bastões de cricket, depois de caírem, podem ser usados. Quantos menos forem usados, maior o bónus na pontuação. Há civis que poderão oferecer comida assim que forem salvos, ou dinheiro (que aumenta a pontuação total). O Boss é o Bin Laden como “barman” a atirar com canecas de cerveja cheias e vazias.

3 – Continuação da rua durante o amanhecer: Bombistas suicidas e helicópteros fazem de henchmen do cruel Boss Staline, neste nível complicado. Staline está dentro de um tanque que dispara Donuts sem buraco.

4 – Selva: O jogador terá de passar por entre amazonas e homens-leopardo. É neste nível onde é justificada a escolha de Dalai Lama em vez de Ghandi. Para equilibrarmos um pouco as coisas, neste nível há a oportunidade de escolher dois caminhos a uma certa parte: um por cima e um em frente. O Dalai Lama, que é o que tem o melhor salto entre os dois heróis, é o único que consegue alcançar a plataforma de cima e seguir por aquele caminho facilitado. Também é oferecido um bónus chorudo nesta escolha. Não há civis na selva, logo não há hipóteses de a personagem receber pontos através de dinheiro. Se bem que se pode recuperar HP ao comer frutos de algumas árvores. O Sub-Boss é o chefe das amazonas e o Boss final do nível o Rei da Selva Pinto da Costa, que anda a baloiçar numa liana e a mandar manadas de elefantes atropelar o herói.

5 – Vulcão: Não há vilões menores neste nível. O verdadeiro conflito até chegar ao chefe de nível final, será saltar por algumas plataformas sem cair a um lago de magma e ver a vida a descer gradualmente quando se está perto dele. Vencendo um Sub-Boss opcional dará acesso a uma fonte de água onde se recupera toda a energia perdida, de modo a lutar-se contra o último adversário deste nível: o recém falecido Saddam Hussein! Disparos de metralhadora, mísseis a caírem do céu e batatas vampiras a saltarem do chão serão os seus ataques.

6 – Laboratório: O laboratório final é a ninhada de todo o mal no mundo, neste momento (na história do jogo, claro). Lá o jogador terá de enfrentar Ursos piratas, Ursos militares russos com AK 47 e Ursos vestidos de Ananás que disparam ananases. Não há maneira de adquirir vida ou bónus extra para a pontuação através de itens. As personagens, porém, poderão usar as armas que os seus adversários deixam cair: Cimitarras pirata, metralhadoras soviéticas e bolsas cheias de ananases. O último inimigo será o Urso Ernesto tendo como guarda-costas o Duque Rodolfo II. Ambos os bosses têm apenas ataques físicos, mas a sua agilidade e elevado HP fazem deles o maior desafio que o jogador tem de passar.

Final

No final, antes da mostragem de créditos, é contada a história da vida real de Ghandi e Dalai Lama. Se o jogo for passado no nível de dificuldade mais difícil, o jogador ganhará a hipótese de poder escolher a Madre Teresa de Calcutá quando quiser recomeçar o jogo.

E pronto, esta foi a minha proposta para vídeo-jogo. Peço desculpa pelo final foleiro, mas escrever isto tudo assim de seguida sugou-me a mente.

P.S.: Braaaaaains… Nuts! And vegetables!

P.P.S.: Agradecimentos ao Neopenguin e ao Skor pelas ideias principalmente no nível final.

2 comentários:

Vargtid disse...

Isto seria um daqueles jogos que eu jogaria até começar a espumar da boca devido a varias doenças que iria ganhar em não comer durante semanas a fio e a falta de higiene também. Especialmente pelo cheiro a streets of rage que todo ele tem, isto seria dar porrada (ou não dar) até os meus dedos ganharem bolhas, especialmente com aquela personagem para desbloquear.

Noutro tópico, boa semana de volta ao paraíso e espero que voltes em força.

Bons bloganços

Nerzhul disse...

Que bestseller que este jogo seria!!

Bastava juntar pelo meio dos níveis uma tonelada de sketches hilariantes com humor imperialista e não só ficávamos ricos com as receitas, como conseguíamos converter o mundo todo à doutrina anti-ursa!

Tínhamos era de arranjar uma boa forma de anti-pirataria ou então só íamos conseguir o segundo e não o primeiro... e depois não havia dinheiro para comprar instrumentos musicais em exagero como os músicos vanguardistas habitantes numa sociedade de consumismo que nos tornaríamos.

Bom post!