sábado, fevereiro 10, 2007

Stress pós-exame (um disfarçado remake do Let The Games Begin!)

(este post é a continuação/resposta a um post da Anuket que pode ser encontrado aqui.)

A noite já durava há vários dias quando decidi que estava na hora de voltar para casa. Peguei na bicicleta da minha irmã e lá fui eu a pedalar, desde o Egipto até à Sobreda, amaldiçoando a múmia bolorenta que me deixou pendurado na Núbia, no seu último post.

Perdido no meio do deserto, dei de caras com uma raposa bem feia e bem vermelha, que me reconheceu instantaneamente.

Raposa bem feia e bem vermelha: Olha quem é ele!
neo: Tu? Aqui?

Percebi claramente que para uma personagem como aquela estar a entrar nesta história, certamente alguém na festa me tinha colocado uma substância qualquer na mousse de chocolate, que me estava a provocar um grave caso de obstipação intelectual e criativa.

Raposa: É mesmo. Que fazes?
neo: Pedalo... e tenho sede. Estou de regresso da festa mais secante de sempre. E tu? Que fazes por cá?
Raposa: Foi um tal de Zé Manel das Iscas que me telefonou. Disse que tinha uma missão para mim.
neo: Então anda lá, que eu dou-te boleia. Ele está alojado em minha casa.
Raposa: Nesse caso é melhor eu dar-te boleia a ti. Tenho aqui a minha sardinha voadora.
neo: Ok! Calha bem, porque não estou inspirado o suficiente para relatar uma luta com aqueles cactos mutantes que estão ali adiante.

Subimos para a sardinha, apertámos os cintos e tomámos a direcção de uma recta que possuía um vector director ortogonal ao plano formado pela areia e pelas rochas. Foi então que a Raposa bateu violentamente na sardinha com uma iguana até que a segunda derivada da posição desta fosse superior a zero, fazendo-nos levantar voo.
Pelo caminho, fomos perseguidos por uma nuvem rota a quem eu me esqueci de pagar uns servicinhos especiais. Só a conseguimos despistar a meio do Mediterrâneo, quando esta foi atropelada pelo Hot Wheels do Anjo da Morte, que andava a erradicar os pecadores da face da Terra desde que a Anuket fora ressuscitada. Porquê no Mediterrâneo, perguntam vocês? Ora essa, os carapaus também pecam... já dizia o Santo António.

Quando cheguei a casa, tinha duas aves raras à minha espera.

neo: Abutre!? Como é possível teres chegado aqui primeiro que eu, se ainda estavas na festa quando saí?
Abutre: Simples. Entrei no Portal para o mundo Imperialium que existe perto do Nilo. Quando lá cheguei, fui a pé até à base da BAU e a partir de lá apanhei o portal para a Sobreda. Poupei umas 6 horas de viagem. Como vieste tu?
neo (irritado por não se ter lembrado daquilo): Eu.. ahm.. também vim assim, mas.. parei várias vezes pelo caminho para apertar os atacadores.
Abutre: Ah, ok. Olha lá, tenho uma dúvida. Como é que anteontem descobriste que aquele Pelicano era o Padre Zé Manel das Iscas se nunca o tinhas visto antes?
neo: Sei lá... tenho poderes.
Abutre: E aquela história do tsunami.. eu pensei que o mundo estava às escuras. Não achas que tu--
neo: Não, não acho.
Abutre: Mas a sério, a única coisa que gostei nesta história toda foi quando começaste a dançar a macarena lá na festa, todo enfeitado de cor-de-rosa. Não achas que devias--
neo: Por falar nisso... Padre Iscas, a Joaninha Mecânica que eu programei para se declarar àquela feiticeira sua prisioneira já regressou?
ZMdI: Já sim. Está estacionada na garagem e voltou sem as antenas, conforme planeado.
neo (esfregando as mãos com um sorriso “béda evil”): Eheh..
Abutre: Até a Joaninha Mecânica foi mais esperta e chegou primeiro que o neo? Ehh.. como isto anda...
neo: É pá! Estou a ficar farto de te aturar a criticar os meus posts!! Não devias andar a comer chouriças?
Abutre: Calma jovem! Com tanto stress daqui a pouco viras zombie..
neo: Grr!! Eu devia era--

Nisto, tocam à campainha da casa do neopinguim, criando silêncio nos momentos seguintes.

Abutre: Como é que podem tocar à campainha se não há electricidade?
ZMdI: Cala a boca!!!........... irmão! Faça-se silêncio para o plano correr como combinado.

O neopinguim foi espreitar pela janela para ver quem era. Lá fora estava uma rapariga mascarada de plesiossauro, fazendo lembrar a monstra de Loch Ness, com um chapéu de aniversariante na cabeça e uma “batatinha” vermelha no nariz.

neo (pelo intercomunicador): Quem é?
Anuket vestida de Nessie (perdida de riso): Ohhh neeeeoooooo! Esqueceste-te das tuas antenazinhas cor-de-rosa tããããããão fófinhaaaaaaaaaas!! Hahahaha!
neo (fazendo sinal à "Raposa Vermelha" que brincava com um regador): É agora, Matrix! Rapta-a e leva-a para o teu planeta!

E o marciano Matrix, um descendente de Ozzy Osbourne de quem já poucos se lembravam, assim fez. Anuket estava paralisada com medo e nem sequer reagiu. Matrix agarrou-a pelos cabelos e levou-a para Marte na sua sardinha voadora, fazendo-a bater com a cabeça em várias estrelas que estavam espalhadas pelo céu.


No dia seguinte, o Sol voltou a nascer e tudo voltou à normalidade. O mundo estava salvo, por enquanto.


Anuket (berrando quando chegava a Marte): Maldito sejas neeeeeoooooooo!! Vou fazer queixa à Mariaaaaaaanaaaaaaaaaaaaaaaa!!!


neop.X

PS: Os créditos pelo título (a parte não entre parêntesis) vão para o 4oRbIdd3N.

2 comentários:

Anuket disse...

Essa do "stress pós-exame" é uma treta para justificares o facto de postares tarde e a más horas, porque com uma nota daquelas ninguem stressa...és muito falso...
POSER!

Lunático disse...

Mais um twist à história da vossa rivalidade. Gostei bastante do sentido de humor aqui presente, bem como do regresso do Matrix e das grandes deixas do Abutre. Bom post.