segunda-feira, fevereiro 02, 2004

O regresso da cafeína.. o post mais estranho da história do blogger..

Conclusão
“Life is stranger than death”.. Love is stranger than both..

Desenvolvimento
Ela voltou..
Uns ingerem-na maquinalmente todos os dias, Outros morrem antes de a provar.
Uns não conseguem viver sem ela. Outros não conseguem viver com ela..
Uns lidam com ela todos os dias.. Outros limitam-se a olhar para ela..
Uns conhecem todos os seus efeitos.. Para a chávena ela é um mistério..

A pergunta sem resposta que se faz é a seguinte:

Introdução
Qual a razão da dependência pela cafeína?

Desenvolvimento (continuação)
Na época em que a dependência do café pela chávena começou, na altura um dos mais bem guardados segredos dos Deuses, nada fazia prever os acontecimentos que se seguiriam.. de facto, aquela fria chávena não tinha tomado consciência, e até aos dias de hoje não tomou, do café que continha naquele tempo.. Qual cego que tacteia no escuro, a chávena procura ainda nos dias de hoje descobrir a origem desse café.. em vão.. pois os mesmos Deuses que detêm o segredo, também detêm o poder de azedar o café e partir chávenas..
Na altura em que o café foi retirado da chávena, retirado delicadamente o suficiente para agitar a chávena ao mínimo, tudo estava bem.. bem o suficiente para desconhecer que quando se lida desta forma com o amor, o que está bem não é senão uma ilusão, ocultando a ferida formada atrás da cortina. Atrás da cortina que distingue a realidade do fictício.. o concreto do imaginário.. a verdade da mentira.. o amor do ódio..
Após esse período, aconteceu o mais evidente.. mas também o mais impensável. A cortina rasgou-se e a chávena sentiu falta de algo inigualável. A falta de algo insubstituível. A falta daquilo que a aquecia sem esta saber.. A chávena sentiu falta do café..
A chávena toma lentamente consciência daquilo que se passou, sem saber o que se passa na mente do café.. sabe somente que foi feita para conter o café.. e este foi feito para cingir a existência da chávena.. numa crónica que está longe de acabar.. extremamente longe..

A chávena no conto,
NZL

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