segunda-feira, março 15, 2004

POST ATÍPICO

Indo um pouco contra tudo o que tenho feito e com a imagem que construí de mim mesmo neste Blog, vou fazer um post diferente. No entanto, ele não será sério nem, tão pouco, conciso, o que quer dizer que diminui as probabilidades de a pessoa que me desafiou lêr o resto (se na realidade já leu até aqui). Porém, não irei desistir e escreverei até concluir este texto.

Ao desafiarem a minha cultura, pensei em escrever um texto filosófico onde eu tentasse descrever a arte de um modo dadaísta e que não se entendesse "peva". Mas de que serviria um texto assim e que piada teria? Pensei então depois em escrever sobre a Atlântida, continente desaparecido que, segundo "reza a lenda", era o mais evoluído no seu tempo e que chegou a espalhar características e construções suas entre as zonas Sul Americana e Africana (falo, nomeadamente, das pirâmides). Desisti, pois reparei que o tema não me iria inspirar o suficiente para desenvolver um argumento que eu próprio gostasse. Decidi então escrever algo sobre uma coisa que eu gostasse. Olhei em volta, para todos os livros que estavam perto de mim, mas desisti da ideia de escrever sobre, somente, um livro, pois transcrever algo sem dar a minha opinião vai contra o que eu penso e defendo. Podem criticar tudo em mim, menos a minha tentativa por ser mais criativo e original de post para post.

"Então, porque não falar de vampiros?", pensei eu. Achei boa ideia e foi assim que nasceu o texto que se segue:

Nosferatu (aka Suckers)

"Quando nisto se transformam, a transformação traz consigo a maldição da imortalidade; não podem morrer, e têm de continuar, século após século, a acrescentar novas vítimas e a multiplicar os demónios neste mundo; porque todo o que morre vítimado por um morto-vivo torna-se igual a ele e vitimará todos os da sua espécie" -> diz Van Helsing dos Vampiros, no romance Drácula, escrito por Bram Stocker. Este livro tem a curiosa particularidade de estar escrito em diários. Uma ideia original, mas cansativa "pra caraças", pois o facto de querermos saber o que se vai passar com Jonathan Harker, sabendo que depois esta parte será interrompida com os diários de Mina e do médico que trata do "cromo comedor de insectos", cortam-nos o interesse. De qualquer modo, é um bom livro mas não é tão original como dizem. Afinal o que Bram Stocker fez, foi criar uma história com base noutras histórias.

Falo, claro está, de Vlad Tepes. Este indivíduo, que era um cavaleiro da ordem de Dracul e era conhecido por Drácula, que na nossa línhua significa Dragão ou Demónio, matou nada mais nada menos, que trinta mil pessoas, tendo-as empalado de seguida. Rói-te de inveja condessa...!

Porém, nem só na história de Vlad, se inspirou Bram Stocker. Este transformou o seu vilão num Nosferatu. Segundo o folclore da Transylvania (ou como raio se chama aquela província Romena) Nosferatu's eram mortos-vivos que se alimentavam do sangue dos vivos, bebendo-lhes o líquido em questão durante o sono das suas vítimas. Por outras palavras, eram zombies, cadáveres ambulantes malcheirosos, e não aquelas criaturas que se assemelham com humanos, nos filmes de hoje me dia.

Este medo (dos mortos) nasceu de a morte inexplicável de certas pessoas. Portanto, havia então medo de que "os mortos viessem ter com os vivos, para os levarem com eles". Então, tudo o que fosse mortes de doenças (como pneumonia, por exemplo) era desculpa para haver uma "destruição" desses cadáveres. Essa destruição consistia em espetar uma estaca no coração e cortar a cabeça, não fosse o morto se levantar.

Dando a minha opnião sincera, eu acho esta maneira de pensar altamente estúpida. E as suas razões eram também ridículas. Diziam que as lápides (aquelas pedras no cimo das campas, se não for este o nome processem o Rumba) dos mortos-vivos estavam tortas e que também certos mortos suspiravam quando lhes espetavam a estaca. Boa teoria, o problema é que estão provados estes dois fenómenos desde o aparecimento da medicina e da receita do cosido de favas. As lápides podem facilmente "descaír" quando estão mal enterradas ou quando a terra está molhada e é feita alguma pressão sobre a lápide, quer do vento, quer de alguém que as empurre. O gemido do, suposto, vampiro acontece quando algum ar fica acumulado nos pulmões. Ora, se os homenzinhos espetam uma estaca no coração destes, hão de fazer "alguma" pressão no peito dos defuntos, libertando então o ar acumulado. Vouloir, as explicações estão dadas!

Falta apenas fazer referência aos filmes sobre vampiros. "Nosferatu", o primeiro filme de este género, que teve palco não na Inglaterra, nem nos E.U.A., mas sim na Alemanha. Porém, o filme que deu mais que falar foi o "Dracula" de Carl Laemmle. O papel principal foi dado a Bela Lugosi (HAIL LUGOSI!) que foi o actor que melhor representou a personagem (É O MAIOR!). No entanto, foi também um dos actores que menos representou o Drácula (E DEPOIS?? NÃO DEIXA DE SER O MAIOR POR ISSO!). Mas de uma coisa podemos ter a certeza: o conceito que temos do Drácula foi moldado por ele.

Bem, tirando estes filmes ainda há bastantes do género, mas sem o valor histórico destes. Ainda há o "Blackula", o "Bram Stocker's Dracula", "Dracula's Daughter", o "Blade", "Interview with the vampire", entre outros...

Conclusão

Eu, ao "postar" isto, tenho a certeza quase absoluta que muitas poucas pessoas o vão lêr todo. Não as censuro, porque é um bocado grande e dá a sensação de não ter piada alguma. Talvez dê essa sensação porque não tem mesmo humor.

Mas, o mais engraçado é que se não fosse eu a publicar isto e sim uma outra pessoa específica deste blog, haviam pelo menos três indivíduos que o leriam para o criticarem.

Chamemos-lhes Fulano, Beltrano e Cicrano. Fulano criticar-me-ia, se eu fosse a outra tal pessoa, acusando-me de ter um cérebro, perdão, CÉRBERO diminuto. Beltrano diria algo como "Escusas utilizares defesas mal-fundamentadas e enfranquecidas contra os meus ataques invulneráveis e poderosos, pois eu utilizo uma remessa de figuras de estilo que não lembram a ninguém e tu dás erros da primária, somente comparáveis aos do Meu Pipi". Cicrano, pelo contrário, diria: "Não respeitas a vida dos outros! Metes nojo! És anormal! E além disso não tens piada!".

Apesar de parecerem distintas, estas críticas têm todas o mesmo objectivo. Objectivo esse que também poderia ser demonstrado por uma criança invejosa: "A tua bicicleta pode ser da Ximano, mas a minha é maior, tem peseiras E TEM 21 MUDANÇAS!!!".
Enfim...

Ass.: O Parvo acusado de inculto

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