domingo, outubro 10, 2004

A Próxima Vítima: a jornada do segredo que não podia ser perdido!

Muito antes do tempo em que os flamingos comiam criancinhas ao jantar, na altura em que o poder dos flamingos de se transfigurar, ainda iludia civilizações inteiras, existia um grupo de jovens que possuíam dentro de si, algo que se manifestava numa enorme coragem, acompanhada de enormes ataques de soluços, para fazerem a diferença e a mudança neste mundo cruel. E não era um fígado que se parecia com um estômago. Refiro-me à atitude! Esses quatro jovens, não eram mais do que: Midd, Neoclipse, Rumba e SSS, e não faziam menos do que exprimir a sua atitude Anti-Ursos para onde quer que fossem, a alto e bom som.
Certo dia, os quatro heróis nem estavam em nenhum local especial, nem tinham manifestado a referida atitude assim tão ruidosamente (é claro que estavam a manifestá-la, pensando baixinho), o jovem instável de nome Neoclipse, pôs-se em cima de uma mesa, gritando para todos os lados para que lhe trouxessem o queque encantado. Nesse preciso momento, eis que aparece do nada um francês chamado Cristophero Colombo e começou a olhar para todos os lados à procura de algo. Quando nos viu disse:

Cris: Ah! AH! Índios!
Midd: Índios? Quem és tu e o que procuras?
Cris: Eu sou Cristophero Colombo! E procuro os Índios!
SSS: Indianos!
Cris: Indianos? Na Índia não deviam existir índios?
Rumba: Por acaso nós parecemo-nos com índios?
Cris: também não se parecem com indianos, excepto aquele sujeito além – disse apontando para o Neoclipse – aquele até faz lembrar um muçulmano.
Neo: Isso é mentira, seu, seu filho de Shaitan, adorador de Iblis, inimigo de Alá e do profeta Maomé! – disse Neoclipse enquanto guardava o Corão na algibeira – Eu não sou muçulmano! Agora tu! Ah! O teu apelido em espanhol é Colón!

Instantaneamente, os quatro jovens começam a apontar para Colón e a rir histericamente!

Midd: Ok, isto foi estúpido..
Neo: ..e desnecessário..
Rumba: .. e parvo..
SSS: Não! Parvo sou eu!

Instantaneamente, o Colón começa a apontar para o SSS e a rir histericamente, mas como ninguém lhe seguiu o exemplo, ficando toda a gente a olhar para ele, acabou por parar ao fim das primeiras gargalhadas.

Cris: Na realidade, eu não sou o Colombo, sou só o Cristophe, mas o narrador tinha de gozar com o facto de a professora de português dele ter-lhe chamado muçulmano, só porque ele usa sempre mangas compridas. Aproveitou e escondeu o meu verdadeiro nome.
SSS: Ah! ‘Tá explicado! Então andas à procura do quê?
Cris: Da minha Biatch!
Neo: Andas atrás do Monte-Carlos para quê?
Cris: Não sei, mas como ele anda sempre atrás de mim e eu atrás dele.. acho que estou com saudades dele.. além disso, acho que lhe tenho de contar um certo segredo, um importantíssimo que tem passado de geração em geração através de uma organização secreta!
Rumba: Aposto que é uma receita de BA-CA-LHAU!
Midd: Não é nada! Deve ter a ver com a história da maneira como o Laika Da Vinci escondeu o segredo do Graal da vista dos Monty Python!
Cris: Por acaso não.. tem mais a ver com o San--

Nisto, e perante os olhos dos jovens, o Cristophero transforma-se no Monte-Carlos, o Glorioso! E fica a olhar para nós com cara de caso.

Midd: Conta-nos o segredo oh.. transfigurador que muito recentemente era um homem que não distinguia a América da Índia ou da Atlântida.
Glorioso: Atlântida? Isso é um bar?
SSS: Não! Atlântida é a lenda inventada pelo Platão num dia de chuva, em que um tal de Cabrera se pôs a brincar com umas pedrinhas para explicar os trans--
Glorioso: Estás a chamar Cabrera a quem hein?
SSS: Cabrera era o nome do homem!
Glorioso: Estás a dizer que eu não sou homem, é?
SSS: Eu não disse nada disso!
Glorioso: Estás a dizer que eu não ouço bem, é?
SSS: Não
Glorioso: Então insistes que eu não sou homem!
SSS: Se algum de nós os quatro achar que não és homem, que apareça aqui o Célsio Rijo!

De repente, começam-se a ouvir gritos vindos do firmamento, enquanto quatro Célsios Rijos caíam a toda a velocidade do céu, estatelando-se no chão, em volta do Glorioso. Para quem não sabe, Célsio Rijo e Glorioso no mesmo sítio, é como misturar água e frâncio no mesmo recipiente..
O Glorioso acabou por ficar todo ensanguentado no chão, por isso cada um dos Célsios pegou no seu portátil e foi para trás do refeitório ver sites pornográficos, excepto o quarto, que pousou o portátil no chão e arrastou o Carlos para a casa-de-banho mais próxima, dizendo que quem tocasse no portátil era executado com uma espingarda especial, que dispara fórmulas de calibre 24,5 cm, em vez das vulgares balas de 9 mm.

Escusado será dizer, que assim que o Célsio desapareceu da nossa vista, o Rumba pousou a sua Bíblia e lançou-se ao portátil como um abutre a uma carcaça morta. Por falar em Abutre, se calhar já está na hora de ele aparecer aqui na história.. cá vai..
Estava o Rumba a tentar adivinhar a nova password do site do Célsio, quando o Abutre apareceu junto de nós, com as calças manchadas.

Abutre: Ah! Sabem.. acabei agora de estar com a Croma. Ela é uma não-Rita, e depois é nisto que dá – disse, apontando para as calças.
Midd: Estiveram onde? – perguntou o Midd com cara de rebarbado, enquanto tirava notas sobre o que o Abutre ia dizendo – Eh eh eh! Conta, conta!
Abutre: Ah! Estivemos na casa-de-banho. Ainda tentei disfarçar as manchas limpando as calças, mas não adiantou – disse, enquanto estendia a mão para cumprimentar Rumba.

Rumba (olhando de lado): Lavaste as mãos depois disso?
Abutre: Lavei sim.
Malukita: Lavey? Onde ‘tá ele? Onde? Onde?
SSS: De onde apareceu esta?
Rumba: Saíste de dentro da drive das disquetes do portátil do Célsio?
Malukita: Não sei. Sei que alguém falou no Lavey!
Neo: Foi o Abutre. Mas calma que tu ainda não devias ter aparecido na história. Só quando a Sara meter as culpas em cima de ti.
Abutre: Qual Sara?

O narrador tirano mete a Malukita dentro do portátil novamente.

Neo: Nada, Abutre. Continua a contar ao Midd os pormenores.
Midd: Eheheh! “Good! Good!”
Abutre: Então pronto. Estava eu na casa-de-banho quando, de repente, aparece lá o Célsio, o homem da testa grande, a arrastar o Glorioso pelos colarinhos. Depois começaram-se a ouvir sons esquisitos vindos da casa-de-banho do lado.
Midd: Passa isso à frente. Ninguém quer saber disso no meu próximo post.
Abutre: Ah!....... ah ok! Seja como for, estava a ser embicado enquanto o Monte-Carlos estava a ser violado pelo Célsio, e comecei a ouvir o Carlos a gritar sobre um segredo importantíssimo que o Cristophero lhe tinha contado.
Midd: Já te disse para passares isso à frente!
Abutre: Pah, não posso! Senão o narrador parte-me este telemóvel também! Depois já não tenho maneira de engatar gajas como a Gorrozinho Vermelho ou a professora Eva Conde.

Ficou toda a gente a olhar de boca aberta para o Abutre. Ouviu-se o som de vómitos vindo de dentro do portátil.

Abutre: Estava no gozo, yah?

Toda a gente suspirou de alívio.

Abutre: Só ando atrás da mãe dela.

A história vai parar por aqui um bocado, porque o narrador também ficou com náuseas, e vai ali à casa-de-banho deitar fora as pizzas do jantar...........

Abutre: Estávamos a falar do quê?
Neo: Do segredo do Glorioso...
Abutre: Ah! Sim, estava o Monte-Carlos a dizer que sabia quem tinha sido o transmissor da informação sobre a localização de um sítio sagrado, informação importantíssima que tem vindo a ser passada de geração em geração até aos tempos actuais, através de uma sociedade secreta.
SSS: Ele disse que informação era?
Rumba (que ainda estava de volta do portátil): Acabei de receber um e-mail do narrador a dizer que o Abutre só deve revelar o segredo assim que a Sara estiver presente. Só que ela apanhou trânsito à entrada da ponte, e vai demorar a chegar cá.
Abutre: Ok, a gente espera.

Enquanto esperavam, por eles passou um carro funerário com uma grande faixa em volta dela, onde se podia ler: “Aqui jaz Cristophero “Colón” Colombo, vítima de enfarte e ataque epiléptico no apendicite que removeu há 10 anos atrás.”

Midd: Menos um..
Rumba: Que Deus tenha piedade da alma dele..
Neo: *Alá!
SSS: Hein?
Neo: Esqueçam..

Eis que aparece a Sara, com um daqueles chapéus de aniversário, e o Abutre começa a contar o segredo.

Abutre: Reza a história, que existe um local mágico, onde as pessoas que lá tocam vivem eternamente, como na fonte da juventude, mas como é tocar em vez de beber, chamemos-lhe a “textura da juventude”!

Os cinco jovens encontravam-se num círculo à volta da mesa, aproximando-se à medida que o sexto e o sétimo jovem continuava a contar a sua história.

Abutre: Esse mitológico local chama-se clítoris e fica........ não vão acreditar......... fica na..........
Voz debaixo da mesa: Fica onde? ONDE??????
Abutre: És tu aí em baixo Filipa?
Voz debaixo da mesa: Não.. diz lá onde é que fica!
Abutre: Nuxa? Rita? Susana? Tina? Andreia? Bárbara? Ou alguma outra gaja que eu tenha tentado comer e que me tenha dado uma barra monumental?
Voz debaixo da mesa: Não, sou El Conquistadoré!
Abutre: Ah! É o Sandro! A Filipa diz que este gajo é um cromo!
Sandro: Diz o quê? Cromo? Eu dou-te o cromo!

Agora, eu, como narrador, podia fazer aparecer a gótica estúpida ao pé do Sandro e haveria espancamento mútuo e muita “desconversação”. Mas optei por pegar no Sandro e metê-lo em cima do telheiro, na outra ponta da escola. Como o 007 não está cá para não ir buscar a escada, o Sandro deverá ficar lá até que eu, ou outro narrador deste blog, decida tirá-lo de lá. É necessário referir também que enquanto o Sandro estava a choramingar para que o tirassem do telheiro, passa uma outra carrinha funerária com o cadáver do Glorioso, perante o olhar chocado dos jovens.

Midd: Menos outro..
Neo: Acontece..
Rumba: És um cavalo, Abutre! Toda a gente sabe onde fica o clítoris!
Abutre: Sabe? Olha pois sabe.. mas nem toda a gente sabe quem é que não sabe onde ele fica!
Sara: Essa é a 3ª questão... eu sei uma, eu sei uma!!! É o Sandro!
Abutre: Ahm.. pelos vistos sabem.. raios..
SSS: Há alguma coisa que o Glorioso tenha dito que nós não saibamos?
Abutre: Penso que não.. a única coisa que ele disse mais é que se alguém eventualmente disser ao Sandro onde fica o clítoris, ou se ele descobrir por si próprio, o que é improvável, desencadeia-se o Apocalipse, como descrito na sagrada Bíblia que o Rumba acaba de se esquecer na mesa da esplanada.

Mal o Abutre tinha acabado de proferir aquelas palavras, já estava o Rumba a correr desalmadamente para a esplanada, à procura da sua Bíblia.

Abutre: Diz-se que quem sabe o segredo, ou não passa o segredo e morre, ou passa o segredo, mas morre também. É um bocado incómodo.. confesso. Mas foi a Sara que inventou esta história.
Sara: Não, não fui! Foi a Malukita. E também foi ela que disse aquilo do Sandro!

Nisto, aparece a Malukita saída de dentro do portátil, trazendo consigo a sua tarântula.

Abutre: Argh! Eu tenho aracnofobia! – disse o Abutre e saiu a voar em direcção ao céu.
Sara: Bem pessoal, eu tenho de ir, que ainda tenho de recolher algumas prendas das pessoas que estão na minha festa de anos.

Assim que a Sara se levantou do seu assento, viu-se um enorme pássaro careca a cair do céu. Quase ao mesmo tempo, aparece o quarto Célsio Rijo com uma caçadeira na mão.

Midd: “Déjà vu.”
4º Célsio: YES! Matei o Boi! BOOOOOOOOOOOOOOOOI! Agora vou levar o seu cadáver para analisar no meu laboratório mega-avançado, onde se faz todo o tipo de experiências atrozes e desumanas, incluindo testes estúpidos, e sites que não funcionam.
Neo: É de mim ou toda a gente que ouviu falar do segredo está mesmo a acabar por morrer? Já morreu o Cristophero, o Carlos e agora o Abutre. Se nós morrermos também é muito chato..
Malukita: Bem, eu vou indo para ver se me escapo a morrer por causa disso, vou para casa matar mosquitos e treinar para anti-crista. Façam de conta que eu não estive aqui, e que não ouvi o tal segredo, pode ser que tenha sorte e escape.

E foi assim que a Malukita foi-se embora, e pouco depois, chegou o Rumba com a Bíblia na mão.

Rumba: Ah, afinal a Bíblia estava na mochila do Neoclipse. Como será que ela foi lá parar?
Neo: err.. acho que a confundi com o queque que nunca mais me trazem! Que é do QUEQUE???
Mordomo Stuart: Tem aqui o seu queque.
Neo: Ena! Teve de vir o mordomo directamente do Blog Imperialium para me trazer o raio do queque! Já não era sem tempo!

Após o Neoclipse dar a primeira dentada no queque, o mordomo Stuart transforma-se numa rapariguinha vestida com uma camisola cor-de-rosa, também chamada de Flaminga, que começou a dizer “Ólha!” várias vezes seguidas.

Flaminga: “Ólha!” “Ólha!” “Ólha!” “Ólha!” “Ólha!” onde é que compraste esses ténis?
SSS: Junto ao teu cabeleireiro!
Flaminga: Com essa resposta até pareces menos adolescente do que eu!
Neo: Ele É menos adolescente do que tu.
Flaminga: Eu falei contigo por acaso?
Neo: Quem te disse que eu estava a falar contigo?
Flaminga: Eu sei que tu estavas a falar comigo, porque eu sou inteligente e tenho um cérebro maior! Tu és Bêrru! Epah.. Bêrru!
Midd (preparando-se para lançar uma praga): DOOIS!
Flaminga: Dois? Três!
Midd (visivelmente afectado): Argh.. esta criatura possui um poder incrível.
Flamiga: Ah pois! E só por causa disso vou-vos insultar! Tu, Neoclipse, és um gajo que não é feio, nem é gótico, mas tem a mania. Tu, Rumba, não tens a mania, nem és gótico, mas és feio. Tu, SSS não tens a mania, nem és gótico, mas és mais do que feio. E tu Midd, és gótico, o que significa que és feio, mais do que feio e também tens a mania! E agora, se não querem que eu vos atire uma lata de 7UP para os pés, é favor dizerem aquele segredo sobre o Sandro a outra pessoa.

O Rumba, que foi quem ficou menos ferido após a fala anterior da Flaminga, pegou no portátil do Célsio e mandou um mail para “pope@vatican.va”, numa tentativa de passar a mensagem a outra pessoa. Resolveu passar a mensagem ao Papa, para Sua Santidade se tornar na próxima vítima a sucumbir à implacável fúria dos Flamingos.

Epílogo:

Número de baixas:

Cristophero: Morreu com apendicite ou algo semelhante.
Glorioso: Morreu de enfarte durante a violação na casa-de-banho.
Abutre: Abatido com a caçadeira de fórmulas do Célsio.
Célsio: Morreu após a contaminação pelos vestígios de sémen nas calças do Abutre.
Malukita: Morreu durante uma investida de um exército de formigas aladas.
Neoclipse: Morreu após a ingestão de um queque envenenado.
SSS: Morreu à fome, pois resolveu passar a comer só fritos e deixar as maçãs.
Midd: Morreu dentro de uma máquina de lavar a roupa, enquanto esta centrifugava.
Rumba: Morreu com uma espinha de bacalhau presa nas amígdalas.

A Sara não morreu, pois alguém tinha de sobreviver (como no Final Destination). Para além disso é o aniversário dela, e era chato para os convidados se ela batesse a bota a meio da festa.

Quanto ao Papa, será ele quem provará a verosimilitude desta história quando morrer, pois nessa altura terá visto finalmente o e-mail que o Rumba lhe mandou.

Moral da história:Se alguém disser ao Sandro o que é um clítoris, o Apocalipse começará. Se por acaso acabaste de ler a frase anterior, é bom que digas isso a alguém, porque senão as Flamingas vêm atrás de ti insultar-te, e isso é só o começo de uma fastidiosa tortura interminável.

O narrador,
Nerzhul

PS: Parabéns Sara pelo teu aniversário e obrigado pelas ideias e título para este post.
PPS: Obrigado aos BAU e ao fantástico Imperialium, que vai no caminho de ascensão para o melhor blog português. Obrigado ao Sandro por proporcionar o material para este post e pela fonte de inspiração ambulante que ele representa. Obrigado ao Célsio Rijo, ao Monte-Carlos Glorioso e ao Cristophero Colombo por terem tido a amabilidade de entrar neste post. Obrigado ao Abutre, à Malukita e ao excepcional 007. Obrigado às flamingas pelos insultos que delas brotavam, como flores num jardim primaveril. Finalmente, obrigado a todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram ou influenciaram este post, e que não foram referidos acima.

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